Avaliação do Risco de Stresse Ocupacional e Qualidade de Vida: Trabalhadores do Setor Automóvel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bessa, Edmundo J S
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/4608
Resumo: O stresse ocupacional e o baixo nível de qualidade de vida constituem um problema laboral, com o qual se têm confrontado nas últimas décadas as organizações em todo o mundo. Esta situação pode comprometer o rendimento de trabalho, a sinistralidade laboral e, por conseguinte, os objetivos mensuráveis e tangíveis propostos nas empresas. Neste âmbito avaliou-se o risco de stresse ocupacional e qualidade de vida nos trabalhadores duma empresa do setor automóvel, bem como as taxas de sinistralidade verificadas nos últimos 3 anos. Delineou-se um estudo do tipo descritivo correlacional, com uma abordagem quantitativa suportado por um instrumento de colheita de dados distribuído aos trabalhadores entre maio e junho de 2017 tendo-se obtido 349 respostas válidas. Os resultados da análise do stresse ocupacional e qualidade de vida, revelaram que os trabalhadores que estão há mais tempo na empresa e na atual função percecionam pior qualidade vida e maior nível de stresse. Observou-se que o nível de stresse ocupacional em termos das condições de trabalho e excesso de trabalho se encontra entre níveis de moderado a bastante stresse, na maioria dos sectores de atividade. Verificou-se que os trabalhadores que estão mais satisfeitos com o seu posto de trabalho, percecionam uma melhor qualidade de vida e menores níveis de stresse. No entanto os trabalhadores muito insatisfeitos com o seu posto de trabalho, demonstram ter pior qualidade de vida e elevados níveis de stresse. Verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre a qualidade de vida dos trabalhadores e as relações sociais, aspeto físico, psicológico, ambiente, qualidade de vida em geral, grau de escolaridade, contrato de trabalho, idade dos trabalhadores e anos na empresa e atual função. Relativamente à sinistralidade laboral destaca-se a gravidade dos acidentes de trabalho, tendo-se observado que o índice de duração se agravou substancialmente no ano de 2016, com maior incidência nos setores da Vulcanização e Acabamentos. De sublinhar que nestes setores observaram-se dos piores resultados em termos de qualidade de vida e de stresse percecionado pelos trabalhadores. Com base nos resultados obtidos, apresentam-se sugestões de melhoria das medidas de controlo do risco laboral.
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