Prática de Ensino Supervisionada - Práticas de avaliação no 1.º Ciclo do Ensino Básico e em Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico - Do dizer ao fazer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Diana Rocha
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/23162
Resumo: O presente relatório final de estágio pretende refletir o trabalho desenvolvido no âmbito da Prática do Ensino Supervisionada (PES), inserida no Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e em Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, durante o ano letivo 2019/2020. A PES decorreu em duas instituições de ensino público em Bragança, numa turma do 3.º ano de escolaridade e em duas turmas de 6.º ano de escolaridade, nas áreas curriculares de Ciências Naturais e de Matemática. Para além de evidenciar a prática pedagógica desenvolvida nos dois contextos referidos, e de ilustrar a reflexão que essa prática desencadeou, uma outra finalidade deste relatório é dar um contributo para a resposta à questão: Quais as práticas de avaliação da aprendizagem mais utilizados no 1.º Ciclo do Ensino Básico e em Ciências Naturais e Matemática no 2.º Ciclo do Ensino Básico?, tentando também perceber, Qual a relação de (des)continuidade entre as conceções e as práticas de avaliação dos professores? Assim, trata-se de um relatório descritivo, narrando diferentes Experiências de Ensino Aprendizagem, mas também reflexivo, sobre a própria prática, e investigativo, focado nas práticas de avaliação da aprendizagem dos alunos, mas dando especial atenção às conceções de avaliação dos professores. A investigação foca-se na prática pedagógica e o interesse pelo tema surgiu pelo reconhecimento da influência que o processo de avaliação pode ter na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos, podendo interferir no seu envolvimento e motivação para aprender. É nessa perspetiva, de reflexão sobre a prática, e com base nos dados obtidos através da observação, da análise documental e de uma entrevista semiestruturada aos Professores Cooperantes que concluímos que, no 1.º CEB, a avaliação formativa foi a modalidade de avaliação mais utilizada e mais intensa, da qual era dado feedback imediato aos alunos, sendo que esse feedback também servia para o professor refletir sobre a sua própria prática. No 2.º CEB, ainda que a avaliação formativa fosse muito valorizada pelo professor, bem como o feedback que pode proporcionar ao aluno, a modalidade de avaliação com maior ênfase foi a sumativa, com fichas de avaliação, em que o professor previamente dispensava uma aula de revisões e posteriormente uma aula de correção. Assim, os dados permitem-nos, igualmente, concluir que, no 1.º CEB, se verificava uma relação de continuidade entre as conceções e as práticas de avaliação, ao passo que, no 2.º CEB, se verificava uma relação de alguma descontinuidade entre as conceções e as práticas de avaliação. Ou seja, ainda que o professor valorizasse essencialmente a avaliação formativa e o feedback que a mesma possibilita aos alunos, com claros benefícios para a aprendizagem, por constrangimentos variados, nomeadamente relacionados com a inevitabilidade de cumprimento de programas bastante extensos e com pouco tempo letivo para o fazer, bem como relacionados com a obrigatoriedade de uniformizar os procedimentos de avaliação com todos os outros docentes da mesma área disciplinar, a avaliação formativa passava para um plano secundário, enfatizando-se a avaliação sumativa.
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Para além de evidenciar a prática pedagógica desenvolvida nos dois contextos referidos, e de ilustrar a reflexão que essa prática desencadeou, uma outra finalidade deste relatório é dar um contributo para a resposta à questão: Quais as práticas de avaliação da aprendizagem mais utilizados no 1.º Ciclo do Ensino Básico e em Ciências Naturais e Matemática no 2.º Ciclo do Ensino Básico?, tentando também perceber, Qual a relação de (des)continuidade entre as conceções e as práticas de avaliação dos professores? Assim, trata-se de um relatório descritivo, narrando diferentes Experiências de Ensino Aprendizagem, mas também reflexivo, sobre a própria prática, e investigativo, focado nas práticas de avaliação da aprendizagem dos alunos, mas dando especial atenção às conceções de avaliação dos professores. A investigação foca-se na prática pedagógica e o interesse pelo tema surgiu pelo reconhecimento da influência que o processo de avaliação pode ter na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos, podendo interferir no seu envolvimento e motivação para aprender. É nessa perspetiva, de reflexão sobre a prática, e com base nos dados obtidos através da observação, da análise documental e de uma entrevista semiestruturada aos Professores Cooperantes que concluímos que, no 1.º CEB, a avaliação formativa foi a modalidade de avaliação mais utilizada e mais intensa, da qual era dado feedback imediato aos alunos, sendo que esse feedback também servia para o professor refletir sobre a sua própria prática. No 2.º CEB, ainda que a avaliação formativa fosse muito valorizada pelo professor, bem como o feedback que pode proporcionar ao aluno, a modalidade de avaliação com maior ênfase foi a sumativa, com fichas de avaliação, em que o professor previamente dispensava uma aula de revisões e posteriormente uma aula de correção. Assim, os dados permitem-nos, igualmente, concluir que, no 1.º CEB, se verificava uma relação de continuidade entre as conceções e as práticas de avaliação, ao passo que, no 2.º CEB, se verificava uma relação de alguma descontinuidade entre as conceções e as práticas de avaliação. Ou seja, ainda que o professor valorizasse essencialmente a avaliação formativa e o feedback que a mesma possibilita aos alunos, com claros benefícios para a aprendizagem, por constrangimentos variados, nomeadamente relacionados com a inevitabilidade de cumprimento de programas bastante extensos e com pouco tempo letivo para o fazer, bem como relacionados com a obrigatoriedade de uniformizar os procedimentos de avaliação com todos os outros docentes da mesma área disciplinar, a avaliação formativa passava para um plano secundário, enfatizando-se a avaliação sumativa.This final internship report intends to reflect the work developed under the Supervised Teaching Practice (PES), inserted in the Master in Teaching of the 1st Cycle of Basic Education and in Mathematics and Natural Sciences in the 2nd Cycle of Basic Education, from the Higher School of Education of the Polytechnic Institute of Bragança, during the academic year 2019/2020. PES took place in two public education institutions in Bragança, in a class of the 3rd year of schooling and in two classes of the 6th year of schooling, in the curricular areas of Natural Sciences and Mathematics. In addition to highlighting the pedagogical practice developed in the two referred contexts, and illustrating the reflection that this practice has triggered, another purpose of this report is to contribute to the answer to the question: What are the most used learning assessment practices in 1. º Cycle of Basic Education and in Natural Sciences and Mathematics in the 2nd Cycle of Basic Education?, also trying to understand, What is the relationship of (dis) continuity between the conceptions and practices of teachers' evaluation? Thus, it is a descriptive report, narrating different Teaching and Learning Experiences, but also reflective, about the practice itself, and investigative, focused on the students 'learning assessment practices, but paying special attention to the teachers' assessment concepts. The investigation focuses on pedagogical practice and the interest in the theme arose from the recognition of the influence that the evaluation process can have on students' learning and development, which may interfere with their involvement and motivation to learn. It is in this perspective, of reflection on practice, and based on the data obtained through observation, documentary analysis and a semi-structured interview with Cooperating Teachers, that we conclude that, in the 1st CEB, formative evaluation was the most important evaluation modality. used and more intense, from which immediate feedback was given to students, and this feedback also served for the teacher to reflect on his own practice. In the 2nd CEB, although the formative assessment was highly valued by the teacher, as well as the feedback it can provide to the student, the assessment mode with the greatest emphasis was the summative, with assessment sheets, in which the teacher previously dispensed with an assessment. revision class and later a correction class. Thus, the data also allow us to conclude that, in the 1st CEB, there was a continuity relationship between the conceptions and the evaluation practices, while in the 2nd CEB, there was a relationship of some discontinuity between conceptions and evaluation practices. In other words, even if the teacher essentially valued the formative assessment and the feedback that it provides to the students, with clear benefits for learning, due to various constraints, namely related to the inevitability of complying with quite extensive programs and with little teaching time. to do so, as well as related to the obligation to standardize the evaluation procedures with all other teachers in the same subject area, the formative evaluation moved to a secondary level, emphasizing the summative evaluation.Pires, DelminaBiblioteca Digital do IPBSilva, Diana Rocha2021-02-03T10:50:58Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/23162TID:202587312porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:51:48Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/23162Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:14:12.115316Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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