Princípio do Trato Sucessivo versus Princípio da Legitimação de Direitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Márcia Daniela Melo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/22294
Resumo: Sucintamente, o Registo Predial surgiu com os cosmógrafos do reino encarregados de organizar o primeiro cadastro nacional e mais tarde foi implementado no ordenamento jurídico nacional com a publicação da primeira Lei Hipotecária em 26 de outubro de 1836. Porém, e como é de esperar, sendo uma lei jovem e sem precedente, foi alvo de inúmeras críticas e foi substituída pela publicação de uma nova Lei Hipotecária no dia 1 de julho de 1863. Desde essa altura, o Registo Predial tem vindo a evoluir de forma a acompanhar a evolução da sociedade, de proporcionar maior segurança jurídica no comércio imobiliário, e consequentemente, proteger os direitos que pertencem ao respetivo proprietário. Atualmente, vigora o Código do Registo Predial aprovado pelo Decreto-Lei n.º 224/84, de 6 de julho, não obstante as inúmeras modificações entretanto introduzidas por diplomas avulsos, entre eles destacam-se o Decreto- Lei n.º 533/99 de 11 de dezembro, e o Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, que desencadeou uma grande reforma ao Registo Predial Português. Os princípios registais são extremamente importantes pois enformam o sistema do registo predial atual, criado para modernizar, dinamizar, simplificar e clarificar o comércio jurídico imobiliário, de forma a valorizar a fé pública registal, referindo em especial importância o princípio da Legitimação de Direitos e o princípio do Trato Sucessivo. O princípio do Trato Sucessivo e o princípio da Legitimação de Direitos são considerados uns dos princípios mais importantes do sistema registal. Por vezes, são confundíveis quanto ao seu conteúdo e na forma como são aplicáveis. Ambos funcionam de forma paralela, visto que o princípio da Legitimação de Direitos é dirigido a quem titula os atos, enquanto que o princípio do Trato Sucessivo é verificado pelo conservador, aquele que efetua o registo. No entanto, apesar de funcionar de forma paralela, possuem conexões, em qualquer dos casos, é necessário documento comprovativo registral para provar que o direito existe na esfera jurídica do titular do direito.
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Atualmente, vigora o Código do Registo Predial aprovado pelo Decreto-Lei n.º 224/84, de 6 de julho, não obstante as inúmeras modificações entretanto introduzidas por diplomas avulsos, entre eles destacam-se o Decreto- Lei n.º 533/99 de 11 de dezembro, e o Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, que desencadeou uma grande reforma ao Registo Predial Português. Os princípios registais são extremamente importantes pois enformam o sistema do registo predial atual, criado para modernizar, dinamizar, simplificar e clarificar o comércio jurídico imobiliário, de forma a valorizar a fé pública registal, referindo em especial importância o princípio da Legitimação de Direitos e o princípio do Trato Sucessivo. O princípio do Trato Sucessivo e o princípio da Legitimação de Direitos são considerados uns dos princípios mais importantes do sistema registal. Por vezes, são confundíveis quanto ao seu conteúdo e na forma como são aplicáveis. Ambos funcionam de forma paralela, visto que o princípio da Legitimação de Direitos é dirigido a quem titula os atos, enquanto que o princípio do Trato Sucessivo é verificado pelo conservador, aquele que efetua o registo. No entanto, apesar de funcionar de forma paralela, possuem conexões, em qualquer dos casos, é necessário documento comprovativo registral para provar que o direito existe na esfera jurídica do titular do direito.Briefly, the Land Registry came up with cographers of the kingdom in charge of organizing the first national registe and was later implemented in the national legal system with the publication of the first Mortgage Law on October 26, 1836. However, and as expected, being a young and unprecedented law, it was the subject of numerous criticisms and we was replaced by the publication of a new Mortgage Law on July 1, 1863. Since then, the Land Registry has been evolving in order to keep up with the evolution of society, to provide greater legal certainty in the real estate trade, and consequently to protect the rights that belong to its owner. Currenly, the Land Registry Code approved by Decree-Law nº224/84, of July 6, despite the numerous modifications introduced in the meantime by individual diplomas, among them the Decree-Law n.º 533/99 of December 11, and Decree-Law n.º 116/2008, of July 4, which triggered a major reform of the Land Registry. The registral principles are extremely important because the inform the system of the current land registry, created to modernise, boost, simplify and clarify the real estate legal trade in order to enhance the public registral faith, referring in particular to the importance of the principle of Legitimization of Rights and the principle of the Sucessive Treatment. The principle of successive treatment and the principle of legitimisation of rights are considered to be one of the most important principles of the registral system. Sometimes they are confounded as to their content and how they are applicable. Both work in parallel, since the principle of Legitimization of Rights is addressed to those who act, while the principle of the Successive Treatment is verified by the conservative, the one who registers. However, although they operate in parallel, they have connections, in either case, a registrant proof document is required to prove that the right exists in the legal sphere of the rightholder.Machado, Virgílio FélixRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoMachado, Márcia Daniela Melo2023-02-15T10:43:09Z202220222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/22294TID:203153774porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T13:18:56Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/22294Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:42:21.524121Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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