Representatividade feminina na liderança das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas

• Autor(a) principal: Bernardo, Sílvia Constantina Cordeiro
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/48927
• topic: Igualdade de género; Liderança; Representatividade feminina; ROC; SROC

Apesar da maior consciência social para a igualdade de género, a sub-representação feminina é, ainda, uma realidade, principalmente, nos níveis hierárquicos mais elevados. E o mesmo se observa na profissão de Revisor Oficial de Contas (ROC) e nos órgãos de gestão das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas (SROC). Nesse sentido, este estudo teve como principais objetivos comprovar a sub-representação das mulheres na profissão de ROC e na liderança das SROC, bem como evidenciar alguns dos motivos que a potenciam. Para tal, numa primeira fase, foi efetuada uma extensa revisão da literatura de modo a perceber as razões que podem levar à sub-representação feminina em determinadas profissões. Numa segunda fase, foram analisados os dados constantes nas Listas de ROC e SROC disponibilizadas no sítio da Internet da OROC, nomeadamente, através do apuramento de rácios e construção de gráficos e, numa terceira fase, através da realização de entrevistas a uma amostra de dez ROC sócios e pertencentes ao órgão de gestão de SROC, selecionados através de amostra por conveniência com base em critérios previamente definidos. Os resultados obtidos no estudo realizado permitiram, então, comprovar a sub-representação feminina na profissão de ROC e, também, na liderança das SROC. Ao nível da profissão, as mulheres são cerca de 31%, o que além de outros fatores referidos, pode dever-se ao histórico masculino da profissão, que impacta no cálculo representatividade atual. Ao passo que, na liderança das SROC, o que mais contribui para suster as mulheres em níveis inferiores são as dificuldades de conjugar as exigências da vida profissional com a vida pessoal, com maior influência quando conjugado com a maternidade. Ainda que as conclusões do estudo não sejam extrapoláveis, acredita-se que este contribuiu para consciencializar e dar visibilidade à situação atual de desigualdade de género na profissão.