Acessibilidade e perceção de equidade nos cuidados de saúde primários no concelho de Vila Real
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/4679 |
Resumo: | Introdução: Os cuidados de saúde primários afiguram-se como a porta de entrada dos indivíduos no sistema de saúde, devendo ser universalmente acessíveis a todos. A evidência mostra que a implementação deste nível de cuidados de forma sólida permite a obtenção de melhores resultados em saúde, nomeadamente na redução das iniquidades em saúde. O desenvolvimento das iniquidades baseia-se na distribuição desigual do poder, dos rendimentos e dos bens, que se repercute nas condições de vida das pessoas e, por conseguinte, na sua acessibilidade aos cuidados de saúde e educação. A acessibilidade é um dos importantes determinantes da equidade no estado de saúde. Objetivos: Caracterizar a acessibilidade e a perceção de equidade nos cuidados de saúde primários, analisar os fatores que determinam a acessibilidade e a perceção de equidade e verificar se existe relação entre a acessibilidade e a perceção de equidade. Metodologia: Estudo de natureza quantitativa, de carácter transversal, correlacional-descritivo, realizado entre janeiro e junho de 2012, onde foi aplicado um questionário que avaliou as características sociodemográficas, a acessibilidade e a perceção de equidade nos cuidados de saúde primários, a uma amostra não probabilística intencional constituída por 2.087 sujeitos do concelho de Vila Real. Resultados: A maioria dos utentes não perceciona dificuldades de acesso aos cuidados de saúde primários (87,8%), demora até 15 minutos (50,1%) e gasta menos de 5 euros na deslocação (62,8%), tem médico de família (97,4%) e não tem enfermeiro de família (59,6%). A maior parte dos utentes considera que existe equidade no acesso aos cuidados de saúde (48,6%) e que a mesma é influenciada pelo distanciamento geográfico (44,6%) e pela idade (41,4%). Verificam-se relações estatisticamente significativas entre a perceção de equidade e o estado civil, a convivência familiar, o rendimento mensal, a unidade funcional, ter enfermeiro de família, tempo para conseguir consulta médica e de enfermagem e tempo de espera em sala de espera pelas consulta médica e de enfermagem. Conclusões: A presente investigação evidencia resultados favoráveis, ainda que seja também visível a pertinência da implementação de ações no sentido de melhoria da acessibilidade e equidade nos cuidados de saúde primários do concelho. |
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Acessibilidade e perceção de equidade nos cuidados de saúde primários no concelho de Vila RealEnfermagem em saúde comunitáriaAtenção primária à saúdeConcelho de Vila Real (Portugal)Equidade em saúdeAcesso aos serviços de saúdeIntrodução: Os cuidados de saúde primários afiguram-se como a porta de entrada dos indivíduos no sistema de saúde, devendo ser universalmente acessíveis a todos. A evidência mostra que a implementação deste nível de cuidados de forma sólida permite a obtenção de melhores resultados em saúde, nomeadamente na redução das iniquidades em saúde. O desenvolvimento das iniquidades baseia-se na distribuição desigual do poder, dos rendimentos e dos bens, que se repercute nas condições de vida das pessoas e, por conseguinte, na sua acessibilidade aos cuidados de saúde e educação. A acessibilidade é um dos importantes determinantes da equidade no estado de saúde. Objetivos: Caracterizar a acessibilidade e a perceção de equidade nos cuidados de saúde primários, analisar os fatores que determinam a acessibilidade e a perceção de equidade e verificar se existe relação entre a acessibilidade e a perceção de equidade. Metodologia: Estudo de natureza quantitativa, de carácter transversal, correlacional-descritivo, realizado entre janeiro e junho de 2012, onde foi aplicado um questionário que avaliou as características sociodemográficas, a acessibilidade e a perceção de equidade nos cuidados de saúde primários, a uma amostra não probabilística intencional constituída por 2.087 sujeitos do concelho de Vila Real. Resultados: A maioria dos utentes não perceciona dificuldades de acesso aos cuidados de saúde primários (87,8%), demora até 15 minutos (50,1%) e gasta menos de 5 euros na deslocação (62,8%), tem médico de família (97,4%) e não tem enfermeiro de família (59,6%). A maior parte dos utentes considera que existe equidade no acesso aos cuidados de saúde (48,6%) e que a mesma é influenciada pelo distanciamento geográfico (44,6%) e pela idade (41,4%). Verificam-se relações estatisticamente significativas entre a perceção de equidade e o estado civil, a convivência familiar, o rendimento mensal, a unidade funcional, ter enfermeiro de família, tempo para conseguir consulta médica e de enfermagem e tempo de espera em sala de espera pelas consulta médica e de enfermagem. Conclusões: A presente investigação evidencia resultados favoráveis, ainda que seja também visível a pertinência da implementação de ações no sentido de melhoria da acessibilidade e equidade nos cuidados de saúde primários do concelho.Introduction: The primary health care works as a gateway for individuals in the health system and should be universally accessible for all. The evidence shows that the implementation of this level of care strongly allows better health outcomes, specially the reduction of health inequities. The development of inequities is based on the unequal distribution of power, income, goods that affect the living conditions of people and consequently their accessibility to health care and education. Accessibility is one of the most important factors on equity in health status. Objectives: Characterize accessibility and perception in primary health care, analyze the factors that determine accessibility and equity perception and verify if there is a relationship between accessibility and equity perception. Methodology: A descriptive-correlational study, with a quantitative and cross-sectional approach, conducted between January and June 2012 with application of a survey that assessed the socio-economic characteristics, accessibility and equity perception in primary health care, in a non-probabilistic intentional sample with 2087 subjects in Vila Real’s Town Hall. Results: The majority of users do not perceive obstacles in accessing the primary health care (87.8%), it takes up to 15 minutes (50.1%) and spends less than 5 Euros for them to travel (62.8%), have family doctor (97.4%) and have no family nurse (59.6%). Most users consider that there is equity in access to health care (48.6%) and that it is influenced by geographic distance (44.6%) and age (41.4%). There were verified statistically significant relationships between the equity perception and marital status, family coexistence, monthly income, functional unit, having family nurse, time to get medical and nursing consultation and waiting time in the waiting room for medical and nursing consultation. Conclusions: The present study shows favorable results, although it is also visible the relevance of implementing actions to improve accessibility and equity in the town hall primary health care.2015-06-03T09:18:34Z2015-06-03T00:00:00Z2015-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/4679porMateus, Sónia Fidalgoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:40:18Zoai:repositorio.utad.pt:10348/4679Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:34.068092Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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