A tomada de decisão política sobre a participação no PISA : Portugal à procura de uma pertença global
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/13543 |
Resumo: | Neste artigo procuramos reconstituir o processo de decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), no arco temporal que mediou entre a tomada de posse do XIII Governo Constitucional, em 1995, e a divulgação, em 2001, dos resultados da primeira participação dos alunos portugueses neste inquérito internacional. Do ponto de vista metodológico, privilegiou-se uma abordagem qualitativa centrada na análise compreensiva de docu mentos de política educativa, incluindo textos legais (e.g., decretos-lei, decretos regulamentares, portarias), programa de governo, discursos de apresentação e debates parlamentares realizados em seu torno e, ainda, entrevistas em profundidade a atores políticos relevantes em cargos governamentais no período em estudo e a dirigentes envolvidos na coordenação da primeira participação portuguesa no PISA. Do ponto de vista teórico, mobilizaram-se contributos sobre, por um lado, a emergência, mobilização e disseminação das avaliações internacionais de larga escala e, por outro, sobre os fundamentos da participação dos países nessas avaliações. Os resultados da nossa análise sugerem que a decisão política sobre a participação de Portugal no PISA, que não foi unânime, terá sido tomada por emulação normativa e visou consolidar uma direção particular da agenda da política educativa nacional. |
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A tomada de decisão política sobre a participação no PISA : Portugal à procura de uma pertença globalEDUCAÇÃOPISA (PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS)DECISÃO POLÍTICAPOLÍTICA EDUCATIVAEMULAÇÃO NORMATIVAPORTUGALEDUCATIONPISA (PROGRAMME FOR INTERNATIONAL STUDENT ASSESSMENT)POLITICAL DECISIONEDUCATIONAL POLICYNORMATIVE EMULATIONPISANeste artigo procuramos reconstituir o processo de decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), no arco temporal que mediou entre a tomada de posse do XIII Governo Constitucional, em 1995, e a divulgação, em 2001, dos resultados da primeira participação dos alunos portugueses neste inquérito internacional. Do ponto de vista metodológico, privilegiou-se uma abordagem qualitativa centrada na análise compreensiva de docu mentos de política educativa, incluindo textos legais (e.g., decretos-lei, decretos regulamentares, portarias), programa de governo, discursos de apresentação e debates parlamentares realizados em seu torno e, ainda, entrevistas em profundidade a atores políticos relevantes em cargos governamentais no período em estudo e a dirigentes envolvidos na coordenação da primeira participação portuguesa no PISA. Do ponto de vista teórico, mobilizaram-se contributos sobre, por um lado, a emergência, mobilização e disseminação das avaliações internacionais de larga escala e, por outro, sobre os fundamentos da participação dos países nessas avaliações. Os resultados da nossa análise sugerem que a decisão política sobre a participação de Portugal no PISA, que não foi unânime, terá sido tomada por emulação normativa e visou consolidar uma direção particular da agenda da política educativa nacional.In this article we seek to reconstruct the decision-making process on Portugal’s entry into PISA (Programme for International Student Assessment), in the timeframe between the moment when the 13th Portuguese Constitutional Government took office, in 1995, and the disclosure, in 2001, of the results of the first participation of Portuguese students in this international survey. From a methodological point of view, the emphasis was laid on a qualitative approach centred on a comprehensive analysis of policy documents, including legal documents (e.g., decree-laws, regulatory decrees, Ministerial Orders), Government programmes, presentation speeches and par liamentary debates held around it, and, also, in-depth interviews with key actors with government positions in the timeframe under study, and with leaders involved in the coordination of the first Portuguese participation in PISA. From a theoretical point of view, contributions regarding, on the one hand, the rise, mobilization and dissemination of international large-scale assessments and, on the other hand, the rationales for countries’ participation in these as sessments were mobilized. The results of our analysis suggest that the decision to have Portugal participate in PISA, which was not unanimous, has been taken by normative emulation and aimed to consolidate a particular direction of the national educational policy agenda.Dans cet article, nous cherchons à reconstituer le processus de décision politique concernant l’entrée du Portugal au PISA (Programme international pour le suivi des acquis des élèves), dans la période comprise entre l’entrée en fonctions du 13ème gouvernement constitutionnel, en 1995, et la diffusion, en 2001, des résultats de la première participation des élèves portugais à cette enquête internationale. D’un point de vue méthodologique, l’approche qualitative s’est focalisée sur l’analyse compréhensive des documents de politique éducative y compris les dispositions législatives (p. ex. décrets-lois, décrets réglementaires, arrêtés), le programme du gouvernement, les discours et les débats parlementaires tenus autour de sa présentation et, aussi, des entretiens approfondis avec des acteurs gouvernementaux et avec des dirigeants impliqués dans la coordination de la première participation portu gaise au PISA. D’un point de vue théorique, les contributions ont porté, d’une part, sur l’émergence, la mobilisation et la diffusion des évaluations internationales à grande échelle et, d’autre part, sur les raisons de la participation des pays à ces évaluations. Les résultats de notre analyse suggèrent que la décision politique sur la participation du Portugal au PISA, qui n’était pas unanime, a été prise par émulation normative et visait à consolider une orientation particulière de l’agenda de la politique éducative nationale.En este artículo buscamos reconstituir el proceso de decisión política sobre la entrada de Portugal en el PISA (Programa para la Evaluación Internacional de Estudiantes), en el período comprendido entre la entrada en funciones del XIII Gobierno Constitucional, en 1995, y la divulgación, en 2001, de los resultados de la primera participación de los estudiantes portugueses en esto informe internacional. Desde el punto de vista metodológico, el enfoque cualitativo se centró en el análisis comprensivo de los documentos de política educativa, incluyendo textos legales (p.ej., decretos ley, decretos reglamentarios, ordenanzas), programa de gobierno, discursos de presentación y debates parlamentarios realizados en su entorno y, también, entrevistas en profundidad con actores políticos rel evantes en puestos de gobierno en el marco del período estudiado y con líderes implicados en la coordinación de la primera participación portuguesa en PISA. Desde un punto de vista teórico, se movilizaron contribuciones sobre, por un lado, el surgimiento, la movilización y la difusión de las evaluaciones internacionales a gran escala y, por otro lado, sobre los fundamentos de la participación de los países en estas evaluaciones. Los resultados de nuestro análisis sugieren que la decisión política sobre la participación de Portugal en el PISA, que no ha sido unánime, se ha tomado por emulación normativa y ha tenido el propósito de consolidar una determinada dirección de la agenda política educativa nacional.Edições Universitárias Lusófonas2023-01-31T11:34:36Z2022-01-01T00:00:00Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/13543por1645-7250Lopo, Teresa TeixeiraBorges, Leonor Calvãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-07T01:30:35Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/13543Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:16:41.292499Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Neste artigo procuramos reconstituir o processo de decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), no arco temporal que mediou entre a tomada de posse do XIII Governo Constitucional, em 1995, e a divulgação, em 2001, dos resultados da primeira participação dos alunos portugueses neste inquérito internacional. Do ponto de vista metodológico, privilegiou-se uma abordagem qualitativa centrada na análise compreensiva de docu mentos de política educativa, incluindo textos legais (e.g., decretos-lei, decretos regulamentares, portarias), programa de governo, discursos de apresentação e debates parlamentares realizados em seu torno e, ainda, entrevistas em profundidade a atores políticos relevantes em cargos governamentais no período em estudo e a dirigentes envolvidos na coordenação da primeira participação portuguesa no PISA. Do ponto de vista teórico, mobilizaram-se contributos sobre, por um lado, a emergência, mobilização e disseminação das avaliações internacionais de larga escala e, por outro, sobre os fundamentos da participação dos países nessas avaliações. Os resultados da nossa análise sugerem que a decisão política sobre a participação de Portugal no PISA, que não foi unânime, terá sido tomada por emulação normativa e visou consolidar uma direção particular da agenda da política educativa nacional. |
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