Custos sociais: Onde para o mercado?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/33447 https://doi.org/10.4000/rccs.4368 |
Resumo: | Os mercados constituem um poderoso mecanismo de coordenação económica. Ainda assim, as suas limitações não podem nem devem ser ignoradas. Os custos da mais diversa ordem com origem na atividade das empresas no quadro do capitalismo e externalizados, isto é, transferidos para outros agentes ou para a sociedade como um todo sem repercussão no mecanismo de preços, são um exemplo particularmente relevante dessas limitações. Neste artigo põem‑se em confronto as diferentes conceções sobre os custos sociais existentes na literatura económica, desde a identificação do problema como uma “falha do mercado” até à conceção mais heterodoxa (e também menos conhecida) de K. William Kapp, segundo a qual os custos sociais são um problema intrínseco e inevitável no contexto institucional do capitalismo. Num primeiro momento discute‑se a natureza do problema. Em seguida, apresentam‑se, se bem que de forma muito sumária, duas linhas fundamentais de fratura entre a abordagem convencional dominante e a abordagem heterodoxa de Kapp: o conceito de eficiência adotado e o modo como é vista a questão da valoração dos custos sociais. |
id |
RCAP_b3ef000328f6129016cb1cbb5ac2e0d1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:estudogeral.uc.pt:10316/33447 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Custos sociais: Onde para o mercado?Análise custo‑eficiênciaCustos sociaisExternalidadesFalhas de mercadoMercadoValor socialOs mercados constituem um poderoso mecanismo de coordenação económica. Ainda assim, as suas limitações não podem nem devem ser ignoradas. Os custos da mais diversa ordem com origem na atividade das empresas no quadro do capitalismo e externalizados, isto é, transferidos para outros agentes ou para a sociedade como um todo sem repercussão no mecanismo de preços, são um exemplo particularmente relevante dessas limitações. Neste artigo põem‑se em confronto as diferentes conceções sobre os custos sociais existentes na literatura económica, desde a identificação do problema como uma “falha do mercado” até à conceção mais heterodoxa (e também menos conhecida) de K. William Kapp, segundo a qual os custos sociais são um problema intrínseco e inevitável no contexto institucional do capitalismo. Num primeiro momento discute‑se a natureza do problema. Em seguida, apresentam‑se, se bem que de forma muito sumária, duas linhas fundamentais de fratura entre a abordagem convencional dominante e a abordagem heterodoxa de Kapp: o conceito de eficiência adotado e o modo como é vista a questão da valoração dos custos sociais.The markets represent a powerful economic coordination mechanism. Even so, their limitations cannot, and should not, be ignored. The wide range of costs originating from business activities within the framework of capitalism and subsequently externalised or, in other words, transferred to other agents or to society as a whole with no repercussions on price mechanisms, is one particularly striking example of these limitations. This article contrasts the different concepts of social costs existing in economics literature, ranging from the identification of the problem as a “market failure” to the more heterodox (and less well‑known) concept of K. William Kapp, according to whom social costs are an intrinsic and inevitable problem within the institutional context of capitalism. The nature of the problem is discussed initially, followed by a presentation, albeit brief, of two essentially diverging lines of argument in the prevailing conventional approach and the heterodox approach of Kapp: the concept of efficiency adopted and the way in which the question of valuation of social costs is viewed.Les marchés constituent un puissant mécanisme de coordination économique. Néanmoins, on ne peut ni ne doit ignorer ses limitations. Les coûts aux origines les plus diverses, découlant de l’activité des entreprises dans le cadre du capitalisme et externalisés, c’est à dire, transférés vers d’autres agents ou vers la société comme un tout sans répercussion sur le mécanisme des prix, sont un exemple particulièrement impressif de ces limitations. Dans cet article, nous mettons en exergue les différentes conceptions portant sur les coûts sociaux qui existent dans la littérature économique, qui vont de l’identification du problème comme étant une “défaillance du marché” à la conception plus hétérodoxe (et aussi moins connue) de K. William Kapp qui estime que les coûts sociaux sont un problème intrinsèque et inévitable dans le contexte institutionnel du capitalisme. Dans un premier temps, nous nous penchons sur la nature du problème. Ensuite, nous présentons, bien que fort sommairement, deux lignes fondamentales de fracture entre l’approche conventionnelle dominante et l’approche hétérodoxe de Kapp: le concept d’efficience adopté et la façon dont est perçue la question de l’évaluation des coûts sociaux.Centro de Estudos Sociais2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/33447http://hdl.handle.net/10316/33447https://doi.org/10.4000/rccs.4368por0254-11062182-7435http://rccs.revues.org/4368Neves, Vítorinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-25T06:54:00Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/33447Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:50:54.124227Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
title |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
spellingShingle |
Custos sociais: Onde para o mercado? Neves, Vítor Análise custo‑eficiência Custos sociais Externalidades Falhas de mercado Mercado Valor social |
title_short |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
title_full |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
title_fullStr |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
title_full_unstemmed |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
title_sort |
Custos sociais: Onde para o mercado? |
author |
Neves, Vítor |
author_facet |
Neves, Vítor |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Neves, Vítor |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Análise custo‑eficiência Custos sociais Externalidades Falhas de mercado Mercado Valor social |
topic |
Análise custo‑eficiência Custos sociais Externalidades Falhas de mercado Mercado Valor social |
description |
Os mercados constituem um poderoso mecanismo de coordenação económica. Ainda assim, as suas limitações não podem nem devem ser ignoradas. Os custos da mais diversa ordem com origem na atividade das empresas no quadro do capitalismo e externalizados, isto é, transferidos para outros agentes ou para a sociedade como um todo sem repercussão no mecanismo de preços, são um exemplo particularmente relevante dessas limitações. Neste artigo põem‑se em confronto as diferentes conceções sobre os custos sociais existentes na literatura económica, desde a identificação do problema como uma “falha do mercado” até à conceção mais heterodoxa (e também menos conhecida) de K. William Kapp, segundo a qual os custos sociais são um problema intrínseco e inevitável no contexto institucional do capitalismo. Num primeiro momento discute‑se a natureza do problema. Em seguida, apresentam‑se, se bem que de forma muito sumária, duas linhas fundamentais de fratura entre a abordagem convencional dominante e a abordagem heterodoxa de Kapp: o conceito de eficiência adotado e o modo como é vista a questão da valoração dos custos sociais. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10316/33447 http://hdl.handle.net/10316/33447 https://doi.org/10.4000/rccs.4368 |
url |
http://hdl.handle.net/10316/33447 https://doi.org/10.4000/rccs.4368 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
0254-1106 2182-7435 http://rccs.revues.org/4368 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Sociais |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Sociais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133789510696960 |