O conjuntivo em português e em castelhano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/3328 |
Resumo: | “Las preguntas que podemos hacernos sobre la selección modal son tan variadas como las que existen sobre cualquier cuestión gramatical, y hasta podría decirse que esa variedad no es muy diferente da la que uno puede encontrar en las diferentes actitudes que existen sobre otros aspectos de la vida misma. Busquemos una analogía sencilla. Los pacientes que visitamos al médico queremos saber exactamente cuántas cápsulas amarillas debemos tomar y en qué momento debemos hacerlo, y por lo general no tenemos el menor interés en saber más detalles en su composición química ni de los procesos bioquímicos que tendrán lugar cuando esos componentes pasen a la sangre. Ello es absolutamente lógico y natural. (…) es razonable, análogamente, que las preguntas que podamos hacernos sobre un determinado aspecto de la gramática dependan en buena parte de nuestra actitud hacia ella o de nuestros intereses como hablantes, como estudiantes de un idioma extranjero o como investigadores de una primera o segunda lengua” (Ignacio Bosque, 1990:13) A citação acima transcrita remete-nos para um aspecto muito complexo e que desperta muito pouco ao comum dos falantes, a gramática. Esta está intrinsecamente relacionada com as línguas pois pretende explicar as suas várias utilizações e aplicações. Mas esse é o aspecto que menos interessa ao comum dos falantes pois o que se pretende é apenas comunicar ideias. A linguagem torna-se, assim, um instrumento privilegiado da comunicação que serve de suporte os nossos pensamentos e ideias. A linguagem é, então, a capacidade que o ser humano tem de comunicar através das várias línguas existentes no planeta. E de língua também são inúmeras as definições que poderemos encontrar mas apenas vou referir a que é apontada por Martinet em Elementos de Linguística Geral que “uma língua é um instrumento de comunicação segundo o qual, de modo variável de comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana” (1984:14). O falante encara a língua como um precioso instrumento de integração e de socialização. No entanto, conhecer o seu funcionamento assim como todos os elementos que a compõem se articulam é um assunto deixado apenas para um grupo restrito, para aqueles que pretendem conhecer a sua língua materna ou uma língua estrangeira. No meu caso, a opção por este tema, conjuntivo, prendeu-se, primeiro, com a necessidade de escolher um assunto que tanto pudesse ser tratado numa perspectiva da língua portuguesa e na língua castelhana. Depois de alguma reflexão da minha parte, escolhi o conjuntivo um pouco por causa da experiência que tenho no ensino da língua portuguesa e por ter verificado que este conteúdo acaba por ser pouco abordado e tratado. Pode-se constatar que os alunos, embora utilizem os vários tempos do conjuntivo de forma inconsciente, mas com correcção, apresentam alguma dificuldade em os analisar nos enunciados e nos actos de fala. Um dos tempos verbais do conjuntivo (pretérito imperfeito do conjuntivo) é, muitas vezes, confundido com a conjugação pronominal reflexa (presente do indicativo). O Espanhol é, nos dias de hoje, matéria obrigatória nas escolas portuguesas e está a despertar grande interesse junto do público mais jovem e muito porque vêem no país vizinho uma possibilidade não só de prosseguimento de estudos como também de crescimento a nível profissional. A este segundo factor se deve a implementação do ensino da língua espanhola nas Escolas de Hotelaria e Turismo, escola onde lecciono a disciplina de língua estrangeira II - Espanhol. Quanto à língua castelhana, como este é apenas o meu segundo ano nesta aventura, o tema escolhido ainda não foi tratado por mim, mas depois de uma procura no manual, verifiquei que seria um tema a abordar mais para o final do ano lectivo. O meu interesse por este tema surgiu pela necessidade de um esclarecimento deste assunto, assim como da possibilidade de o poder estudar nas duas línguas: na língua materna (aquela que me foi transmitida pelos meus pais de forma inconsciente e que fui trabalhando ao longo do meu percurso escolar) e na língua estrangeira que é o castelhano (uma língua que também comecei por aprender de forma descontraída, vendo televisão, mas que depois aprofundei em contexto sala de aula). Desta forma, penso que o estudo me poderá ajudar na elaboração de materiais futuros sobre o tema em ambas as línguas. Este estudo foi realizado com algumas limitações. A primeira devido à excessiva carga horária deste ano lectivo, uma vez que tenho horário completo numa escola e tenho mais cinco horas da disciplina de Espanhol na referida Escola de Hotelaria. A segunda, a falta de estudos sobre o tema escolhido, o conjuntivo. No início da presente dissertação pretende-se apresentar algumas definições de modo e como este é abordado por algumas gramáticas. Além disso, tentar-se-á apresentar e analisar a perspectiva que também é apresentada na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, assim como a forma como é abordada em algumas gramáticas aplicadas no 3º ciclo, e ainda outros materiais que suscitem interesse para análise do tema. Noutro ponto, é intenção tentar perceber também em que situações da língua portuguesa e espanhola são utilizados os tempos do modo conjuntivo. Pretende-se focar a análise na morfologia e usos do modo verbal em ambas as línguas. Por conseguinte, procuraremos responder a questões consideradas pertinentes para a compreensão do uso do modo verbal conjuntivo. Além disso, será analisado um manual de língua portuguesa do 8º ano4 e a forma como é abordado o modo conjuntivo. A escolha deste ano prendeu-se com o facto de o ter leccionado no último ano em que desenvolvi a actividade docente a este nível, ensino normal (digo ensino normal porque me encontro num Centro Novas Oportunidades há quatro anos). Quanto à língua espanhola, será trabalhado o manual adoptado pela Escola de Hotelaria e Turismo que trabalha o nível A2 e B1 do Quadro Europeu Comum de Referência assim como também o manual de Espanhol das turmas do 8º ano da escola onde está sediado o Centro Novas Oportunidades, Escola João Franco, no Fundão. No entanto, antes de qualquer abordagem, para a elaboração desta dissertação foram investigados vários manuais de língua portuguesa de vários níveis assim como também vários manuais e gramáticas de língua castelhana. Tentou-se compreender se o sistema de exposição e de exploração deste tema era ou não semelhante. Paralelamente à pesquisa destes manuais, os conhecimentos foram aprofundados com a análise de algumas gramáticas, sendo que a mais ampla seja a de Celso Cunha e Lindley Cintra e foi analisada com algum cuidado a tese de doutoramento da Doutora Maria Joana de Almeida Vieira dos Santos. Há, assim, algumas questões que poderão nortear o nosso estudo: a) Recorrerão os autores portugueses e espanhóis ao mesmo método de análise e exposição? b) Será que a questão da subordinação do modo verbal é analisada da mesma forma? c) Será que o modo conjuntivo é utilizado com a mesma frequência em português e em castelhano? d) Por que recorremos e usamos o modo conjuntivo? A dissertação será apresentada em quatro capítulos. No primeiro, elaboraremos uma análise do modo conjuntivo em português. No segundo, o modo conjuntivo em português e em castelhano. No terceiro, as metodologias utilizadas nos manuais e a forma como é abordado. E por fim, no quarto, uma reflexão sobre o estágio da disciplina de Espanhol em que, além de descrever a escola onde este foi realizado, Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão e as turmas leccionadas, apresentaremos algumas actividades realizadas nas aulas supervisionadas e materiais recolhidos sobre o modo conjuntivo. |
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O conjuntivo em português e em castelhanoLíngua portuguesa - Verbos - ConjuntivoLíngua castelhana - Verbos - ConjuntivoLíngua portuguesa - Língua castelhana - Análise contrastiva“Las preguntas que podemos hacernos sobre la selección modal son tan variadas como las que existen sobre cualquier cuestión gramatical, y hasta podría decirse que esa variedad no es muy diferente da la que uno puede encontrar en las diferentes actitudes que existen sobre otros aspectos de la vida misma. Busquemos una analogía sencilla. Los pacientes que visitamos al médico queremos saber exactamente cuántas cápsulas amarillas debemos tomar y en qué momento debemos hacerlo, y por lo general no tenemos el menor interés en saber más detalles en su composición química ni de los procesos bioquímicos que tendrán lugar cuando esos componentes pasen a la sangre. Ello es absolutamente lógico y natural. (…) es razonable, análogamente, que las preguntas que podamos hacernos sobre un determinado aspecto de la gramática dependan en buena parte de nuestra actitud hacia ella o de nuestros intereses como hablantes, como estudiantes de un idioma extranjero o como investigadores de una primera o segunda lengua” (Ignacio Bosque, 1990:13) A citação acima transcrita remete-nos para um aspecto muito complexo e que desperta muito pouco ao comum dos falantes, a gramática. Esta está intrinsecamente relacionada com as línguas pois pretende explicar as suas várias utilizações e aplicações. Mas esse é o aspecto que menos interessa ao comum dos falantes pois o que se pretende é apenas comunicar ideias. A linguagem torna-se, assim, um instrumento privilegiado da comunicação que serve de suporte os nossos pensamentos e ideias. A linguagem é, então, a capacidade que o ser humano tem de comunicar através das várias línguas existentes no planeta. E de língua também são inúmeras as definições que poderemos encontrar mas apenas vou referir a que é apontada por Martinet em Elementos de Linguística Geral que “uma língua é um instrumento de comunicação segundo o qual, de modo variável de comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana” (1984:14). O falante encara a língua como um precioso instrumento de integração e de socialização. No entanto, conhecer o seu funcionamento assim como todos os elementos que a compõem se articulam é um assunto deixado apenas para um grupo restrito, para aqueles que pretendem conhecer a sua língua materna ou uma língua estrangeira. No meu caso, a opção por este tema, conjuntivo, prendeu-se, primeiro, com a necessidade de escolher um assunto que tanto pudesse ser tratado numa perspectiva da língua portuguesa e na língua castelhana. Depois de alguma reflexão da minha parte, escolhi o conjuntivo um pouco por causa da experiência que tenho no ensino da língua portuguesa e por ter verificado que este conteúdo acaba por ser pouco abordado e tratado. Pode-se constatar que os alunos, embora utilizem os vários tempos do conjuntivo de forma inconsciente, mas com correcção, apresentam alguma dificuldade em os analisar nos enunciados e nos actos de fala. Um dos tempos verbais do conjuntivo (pretérito imperfeito do conjuntivo) é, muitas vezes, confundido com a conjugação pronominal reflexa (presente do indicativo). O Espanhol é, nos dias de hoje, matéria obrigatória nas escolas portuguesas e está a despertar grande interesse junto do público mais jovem e muito porque vêem no país vizinho uma possibilidade não só de prosseguimento de estudos como também de crescimento a nível profissional. A este segundo factor se deve a implementação do ensino da língua espanhola nas Escolas de Hotelaria e Turismo, escola onde lecciono a disciplina de língua estrangeira II - Espanhol. Quanto à língua castelhana, como este é apenas o meu segundo ano nesta aventura, o tema escolhido ainda não foi tratado por mim, mas depois de uma procura no manual, verifiquei que seria um tema a abordar mais para o final do ano lectivo. O meu interesse por este tema surgiu pela necessidade de um esclarecimento deste assunto, assim como da possibilidade de o poder estudar nas duas línguas: na língua materna (aquela que me foi transmitida pelos meus pais de forma inconsciente e que fui trabalhando ao longo do meu percurso escolar) e na língua estrangeira que é o castelhano (uma língua que também comecei por aprender de forma descontraída, vendo televisão, mas que depois aprofundei em contexto sala de aula). Desta forma, penso que o estudo me poderá ajudar na elaboração de materiais futuros sobre o tema em ambas as línguas. Este estudo foi realizado com algumas limitações. A primeira devido à excessiva carga horária deste ano lectivo, uma vez que tenho horário completo numa escola e tenho mais cinco horas da disciplina de Espanhol na referida Escola de Hotelaria. A segunda, a falta de estudos sobre o tema escolhido, o conjuntivo. No início da presente dissertação pretende-se apresentar algumas definições de modo e como este é abordado por algumas gramáticas. Além disso, tentar-se-á apresentar e analisar a perspectiva que também é apresentada na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, assim como a forma como é abordada em algumas gramáticas aplicadas no 3º ciclo, e ainda outros materiais que suscitem interesse para análise do tema. Noutro ponto, é intenção tentar perceber também em que situações da língua portuguesa e espanhola são utilizados os tempos do modo conjuntivo. Pretende-se focar a análise na morfologia e usos do modo verbal em ambas as línguas. Por conseguinte, procuraremos responder a questões consideradas pertinentes para a compreensão do uso do modo verbal conjuntivo. Além disso, será analisado um manual de língua portuguesa do 8º ano4 e a forma como é abordado o modo conjuntivo. A escolha deste ano prendeu-se com o facto de o ter leccionado no último ano em que desenvolvi a actividade docente a este nível, ensino normal (digo ensino normal porque me encontro num Centro Novas Oportunidades há quatro anos). Quanto à língua espanhola, será trabalhado o manual adoptado pela Escola de Hotelaria e Turismo que trabalha o nível A2 e B1 do Quadro Europeu Comum de Referência assim como também o manual de Espanhol das turmas do 8º ano da escola onde está sediado o Centro Novas Oportunidades, Escola João Franco, no Fundão. No entanto, antes de qualquer abordagem, para a elaboração desta dissertação foram investigados vários manuais de língua portuguesa de vários níveis assim como também vários manuais e gramáticas de língua castelhana. Tentou-se compreender se o sistema de exposição e de exploração deste tema era ou não semelhante. Paralelamente à pesquisa destes manuais, os conhecimentos foram aprofundados com a análise de algumas gramáticas, sendo que a mais ampla seja a de Celso Cunha e Lindley Cintra e foi analisada com algum cuidado a tese de doutoramento da Doutora Maria Joana de Almeida Vieira dos Santos. Há, assim, algumas questões que poderão nortear o nosso estudo: a) Recorrerão os autores portugueses e espanhóis ao mesmo método de análise e exposição? b) Será que a questão da subordinação do modo verbal é analisada da mesma forma? c) Será que o modo conjuntivo é utilizado com a mesma frequência em português e em castelhano? d) Por que recorremos e usamos o modo conjuntivo? A dissertação será apresentada em quatro capítulos. No primeiro, elaboraremos uma análise do modo conjuntivo em português. No segundo, o modo conjuntivo em português e em castelhano. No terceiro, as metodologias utilizadas nos manuais e a forma como é abordado. E por fim, no quarto, uma reflexão sobre o estágio da disciplina de Espanhol em que, além de descrever a escola onde este foi realizado, Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão e as turmas leccionadas, apresentaremos algumas actividades realizadas nas aulas supervisionadas e materiais recolhidos sobre o modo conjuntivo.Osório, Paulo José Tente da Rocha SantosuBibliorumRocha, Carla Leonor Mesquita dos Santos2015-05-11T11:38:26Z20112011-062011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3328porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:55Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3328Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:47.950576Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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(…) es razonable, análogamente, que las preguntas que podamos hacernos sobre un determinado aspecto de la gramática dependan en buena parte de nuestra actitud hacia ella o de nuestros intereses como hablantes, como estudiantes de un idioma extranjero o como investigadores de una primera o segunda lengua” (Ignacio Bosque, 1990:13) A citação acima transcrita remete-nos para um aspecto muito complexo e que desperta muito pouco ao comum dos falantes, a gramática. Esta está intrinsecamente relacionada com as línguas pois pretende explicar as suas várias utilizações e aplicações. Mas esse é o aspecto que menos interessa ao comum dos falantes pois o que se pretende é apenas comunicar ideias. A linguagem torna-se, assim, um instrumento privilegiado da comunicação que serve de suporte os nossos pensamentos e ideias. A linguagem é, então, a capacidade que o ser humano tem de comunicar através das várias línguas existentes no planeta. E de língua também são inúmeras as definições que poderemos encontrar mas apenas vou referir a que é apontada por Martinet em Elementos de Linguística Geral que “uma língua é um instrumento de comunicação segundo o qual, de modo variável de comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana” (1984:14). O falante encara a língua como um precioso instrumento de integração e de socialização. No entanto, conhecer o seu funcionamento assim como todos os elementos que a compõem se articulam é um assunto deixado apenas para um grupo restrito, para aqueles que pretendem conhecer a sua língua materna ou uma língua estrangeira. No meu caso, a opção por este tema, conjuntivo, prendeu-se, primeiro, com a necessidade de escolher um assunto que tanto pudesse ser tratado numa perspectiva da língua portuguesa e na língua castelhana. Depois de alguma reflexão da minha parte, escolhi o conjuntivo um pouco por causa da experiência que tenho no ensino da língua portuguesa e por ter verificado que este conteúdo acaba por ser pouco abordado e tratado. Pode-se constatar que os alunos, embora utilizem os vários tempos do conjuntivo de forma inconsciente, mas com correcção, apresentam alguma dificuldade em os analisar nos enunciados e nos actos de fala. Um dos tempos verbais do conjuntivo (pretérito imperfeito do conjuntivo) é, muitas vezes, confundido com a conjugação pronominal reflexa (presente do indicativo). O Espanhol é, nos dias de hoje, matéria obrigatória nas escolas portuguesas e está a despertar grande interesse junto do público mais jovem e muito porque vêem no país vizinho uma possibilidade não só de prosseguimento de estudos como também de crescimento a nível profissional. A este segundo factor se deve a implementação do ensino da língua espanhola nas Escolas de Hotelaria e Turismo, escola onde lecciono a disciplina de língua estrangeira II - Espanhol. Quanto à língua castelhana, como este é apenas o meu segundo ano nesta aventura, o tema escolhido ainda não foi tratado por mim, mas depois de uma procura no manual, verifiquei que seria um tema a abordar mais para o final do ano lectivo. O meu interesse por este tema surgiu pela necessidade de um esclarecimento deste assunto, assim como da possibilidade de o poder estudar nas duas línguas: na língua materna (aquela que me foi transmitida pelos meus pais de forma inconsciente e que fui trabalhando ao longo do meu percurso escolar) e na língua estrangeira que é o castelhano (uma língua que também comecei por aprender de forma descontraída, vendo televisão, mas que depois aprofundei em contexto sala de aula). Desta forma, penso que o estudo me poderá ajudar na elaboração de materiais futuros sobre o tema em ambas as línguas. Este estudo foi realizado com algumas limitações. A primeira devido à excessiva carga horária deste ano lectivo, uma vez que tenho horário completo numa escola e tenho mais cinco horas da disciplina de Espanhol na referida Escola de Hotelaria. A segunda, a falta de estudos sobre o tema escolhido, o conjuntivo. No início da presente dissertação pretende-se apresentar algumas definições de modo e como este é abordado por algumas gramáticas. Além disso, tentar-se-á apresentar e analisar a perspectiva que também é apresentada na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, assim como a forma como é abordada em algumas gramáticas aplicadas no 3º ciclo, e ainda outros materiais que suscitem interesse para análise do tema. Noutro ponto, é intenção tentar perceber também em que situações da língua portuguesa e espanhola são utilizados os tempos do modo conjuntivo. Pretende-se focar a análise na morfologia e usos do modo verbal em ambas as línguas. Por conseguinte, procuraremos responder a questões consideradas pertinentes para a compreensão do uso do modo verbal conjuntivo. Além disso, será analisado um manual de língua portuguesa do 8º ano4 e a forma como é abordado o modo conjuntivo. A escolha deste ano prendeu-se com o facto de o ter leccionado no último ano em que desenvolvi a actividade docente a este nível, ensino normal (digo ensino normal porque me encontro num Centro Novas Oportunidades há quatro anos). Quanto à língua espanhola, será trabalhado o manual adoptado pela Escola de Hotelaria e Turismo que trabalha o nível A2 e B1 do Quadro Europeu Comum de Referência assim como também o manual de Espanhol das turmas do 8º ano da escola onde está sediado o Centro Novas Oportunidades, Escola João Franco, no Fundão. No entanto, antes de qualquer abordagem, para a elaboração desta dissertação foram investigados vários manuais de língua portuguesa de vários níveis assim como também vários manuais e gramáticas de língua castelhana. Tentou-se compreender se o sistema de exposição e de exploração deste tema era ou não semelhante. Paralelamente à pesquisa destes manuais, os conhecimentos foram aprofundados com a análise de algumas gramáticas, sendo que a mais ampla seja a de Celso Cunha e Lindley Cintra e foi analisada com algum cuidado a tese de doutoramento da Doutora Maria Joana de Almeida Vieira dos Santos. Há, assim, algumas questões que poderão nortear o nosso estudo: a) Recorrerão os autores portugueses e espanhóis ao mesmo método de análise e exposição? b) Será que a questão da subordinação do modo verbal é analisada da mesma forma? c) Será que o modo conjuntivo é utilizado com a mesma frequência em português e em castelhano? d) Por que recorremos e usamos o modo conjuntivo? A dissertação será apresentada em quatro capítulos. No primeiro, elaboraremos uma análise do modo conjuntivo em português. No segundo, o modo conjuntivo em português e em castelhano. No terceiro, as metodologias utilizadas nos manuais e a forma como é abordado. E por fim, no quarto, uma reflexão sobre o estágio da disciplina de Espanhol em que, além de descrever a escola onde este foi realizado, Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão e as turmas leccionadas, apresentaremos algumas actividades realizadas nas aulas supervisionadas e materiais recolhidos sobre o modo conjuntivo. |
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