Orthorexia nervosa and risk factors in yoga practitioners

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domingues, Rita Isabel de Oliveira Soares Branco
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/13891
Resumo: Yoga has been increasingly used as a complementary practice for disordered eating. However, it is not clear whether yoga is effective in the prevention and treatment of eating disorders, as some studies show elevated levels of disordered eating behaviours, particularly orthorexia nervosa (ON), in yoga practitioners. Therefore, it is urgent to understand potential long-term effects of the practice, in order to guide yoga interventions and treatment recommendations. The main goal of this work was, thus, to analyse the occurrence of disordered eating, specifically ON, in seasoned yoga practitioners, and its relationship with potential risk factors (body and appearance-related variables, personality traits, yoga engagement). To accomplish this goal, we conducted two studies. The first was a systematic review that identified 12 cross-sectional studies on disordered eating behaviours and correlates in yoga practitioners. The second was a cross-sectional study; we developed an online questionnaire that was responded by 469 yoga practitioners. Results across studies identified in the review were inconsistent. Some studies suggested that yoga practice is associated with healthier eating behaviours, but others found a high prevalence of disordered eating and ON in yoga practitioners. Our cross-sectional study indicated a high prevalence of ON, predicted by a high drive for thinness and a healthy interest in diet. This suggests that, like in anorexia and bulimia, orthorexic individuals are also concerned about food quantity and physical appearance, rather than just food quality. Practitioners of Ashtanga Vinyasa showed slightly higher tendencies for ON and drive for thinness that practitioners of other yoga styles. Future work should focus on disordered eating symptomatology across yoga dosages and yoga styles, on the potential role of body, appearance and weight-related variables as mediators/moderators of ON, and the effect of the peer-pressure to eat clean on the development of orthorexic thinking in yoga practitioners.
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spelling Orthorexia nervosa and risk factors in yoga practitionersPerturbações alimentaresOrtorexia nervosaCorpoFatores de riscoYogaTerapias complementares.Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisYoga has been increasingly used as a complementary practice for disordered eating. However, it is not clear whether yoga is effective in the prevention and treatment of eating disorders, as some studies show elevated levels of disordered eating behaviours, particularly orthorexia nervosa (ON), in yoga practitioners. Therefore, it is urgent to understand potential long-term effects of the practice, in order to guide yoga interventions and treatment recommendations. The main goal of this work was, thus, to analyse the occurrence of disordered eating, specifically ON, in seasoned yoga practitioners, and its relationship with potential risk factors (body and appearance-related variables, personality traits, yoga engagement). To accomplish this goal, we conducted two studies. The first was a systematic review that identified 12 cross-sectional studies on disordered eating behaviours and correlates in yoga practitioners. The second was a cross-sectional study; we developed an online questionnaire that was responded by 469 yoga practitioners. Results across studies identified in the review were inconsistent. Some studies suggested that yoga practice is associated with healthier eating behaviours, but others found a high prevalence of disordered eating and ON in yoga practitioners. Our cross-sectional study indicated a high prevalence of ON, predicted by a high drive for thinness and a healthy interest in diet. This suggests that, like in anorexia and bulimia, orthorexic individuals are also concerned about food quantity and physical appearance, rather than just food quality. Practitioners of Ashtanga Vinyasa showed slightly higher tendencies for ON and drive for thinness that practitioners of other yoga styles. Future work should focus on disordered eating symptomatology across yoga dosages and yoga styles, on the potential role of body, appearance and weight-related variables as mediators/moderators of ON, and the effect of the peer-pressure to eat clean on the development of orthorexic thinking in yoga practitioners.Os comportamentos alimentares disfuncionais e as perturbações da alimentação e da ingestão (PAI) são sérios problemas de saúde pública devido à sua elevada prevalência e consequências físicas, sociais e psicológicas potencialmente nefastas. Os comportamentos alimentares disfuncionais podem ser subtis e aparentemente inócuos no início do seu aparecimento, mas ao longo do tempo podem evoluir e conduzir ao desenvolvimento de perturbações alimentares clinicamente relevantes. Apesar da diversidade de comportamentos alimentares disfuncionais, são três as perturbações da alimentação e da ingestão mais relevantes: anorexia nervosa, bulimia nervosa e a ingestão alimentar compulsiva. Observa-se também uma grande variedade de comportamentos alimentares disfuncionais que não são necessariamente clinicamente severos, mas podem afetar o bem-estar físico e psicológico do indivíduo, e acabar por evoluir para uma PAI clinicamente relevante. Neste contexto, várias perturbações alimentares “novas” têm sido descritas, mas a falta de dados tem impedido a sua inclusão nos manuais de classificação diagnóstica; destas novas perturbações, a ortorexia nervosa é o exemplo mais pertinente. A ortorexia nervosa caracteriza-se como uma obsessão patológica por alimentos considerados biologicamente puros, o que pode conduzir a limitações nutricionais, a pensamentos obsessivos acerca da comida, problemas emocionais e isolamento social. Vários fatores de risco têm sido associados à ortorexia nervosa, nomeadamente fatores relacionados com a dieta (vegetarianismo, veganismo), com o corpo, a aparência física e o peso (imagem corporal, tendência para a magreza, idealização do ideal magro, insatisfação corporal), com o estilo de vida (exposição às redes sociais, dependência do exercício físico, ocupações relacionadas com a saúde), com a personalidade (perfecionismo, autoestima, narcisismo, tendências obsessivo-compulsivas), entre outros. A prevalência de ortorexia nervosa é consistentemente elevada em indivíduos com profissões ou ocupações relacionadas com a saúde, como nutricionistas, atletas, frequentadores de ginásio, bailarinos e também praticantes de yoga. Apesar do grande interesse que a ortorexia nervosa tem suscitado na comunidade académica e médica, a sua etiologia, sintomatologia, características diagnósticas, epidemiologia, tratamento e prognóstico ainda não estão bem estabelecidos. Uma das terapias complementares que tem sido mais usada no tratamento e prevenção das perturbações alimentares é o yoga, devido à sua capacidade de aumentar a conexão com o corpo e, consequentemente, a sua aceitação. O yoga é percecionado tanto por pacientes como por clínicos como uma intervenção potencialmente positiva, mas a investigação acerca dos efeitos do yoga nas perturbações alimentares está ainda no seu início. Existem poucos ensaios clínicos randomizados controlados, a maioria dos estudos são transversais e as amostras estudadas são pequenas. Os resultados dos estudos são inconsistentes; no geral, os praticantes de yoga parecem ter um menor risco de desenvolver PAI, e a sintomatologia associada às PAI diminui ou não se altera após intervenções com yoga. Apesar do crescente interesse no yoga como terapia para as PAI, muita investigação é ainda necessária para estabelecer o yoga como uma prática eficaz e efetiva na prevenção e tratamento destas psicopatologias, incluindo revisões sistemáticas e meta-análises para sistematizar o estado do conhecimento e propor novos caminhos de investigação, estudos transversais e longitudinais com praticantes de yoga para avaliar a prevalência de PAI e a relação com potenciais fatores de risco, e ensaios clínicos randomizados controlados para testar os efeitos das intervenções com yoga na sintomatologia associada às PAI. Este trabalho foca-se na ortorexia nervosa em praticantes de yoga, uma vez que: estudos recentes sugerem que a prevalência de ON neste grupo é elevada; a maioria dos estudos aborda indivíduos com pouca ou nenhuma experiência de yoga; sendo o yoga cada vez mais usado como terapia para as PAI, é essencial compreender o efeito de uma prática de yoga continuada nos comportamentos e atitudes alimentares dos praticantes. Assim, este trabalho tem como objetivos: a) rever de forma sistemática a ocorrência de comportamentos alimentares disfuncionais, incluindo ortorexia nervosa, em praticantes de yoga; b) analisar as relações entre a ortorexia nervosa e potenciais fatores de risco, nomeadamente variáveis relacionadas com o corpo e a aparência (tendência para a magreza, crenças acerca da aparência), traços de personalidade (perfecionismo, autodisciplina), e compromisso com a prática (paixão, imersão), em praticantes experientes de yoga. Para tal, foram realizados dois estudos. O primeiro foi uma revisão sistemática da literatura usando as diretrizes do PRISMA. Foram identificados 12 artigos, todos transversais, e os resultados entre estudos foram inconsistentes. A prática de yoga está, de modo geral, associada a comportamentos alimentares mais saudáveis, a uma imagem corporal positiva e maior satisfação com o corpo, estando os praticantes em menor risco de desenvolver PAI. Porém, outros estudos indicam que uma maior dosagem de yoga está associada a uma maior prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, incluindo ortorexia nervosa. O segundo estudo baseou-se num questionário online que foi respondido por 469 praticantes experientes de yoga de várias nacionalidades. Os resultados indicam que os valores de ortorexia nervosa na amostra são elevados, e os principais preditores desta perturbação é a tendência para a magreza e a ortorexia saudável, ou seja, um interesse não disfuncional pela dieta. Estes resultados sugerem que, tal como na anorexia e na bulimia, os indivíduos com tendências ortoréxicas também estão preocupados com a aparência física e a quantidade da comida, e não apenas com a qualidade dos alimentos. Os praticantes de Ashtanga Vinyasa yoga pontuaram ligeiramente mais alto na ortorexia nervosa e tendência para a magreza que praticantes de outros estilos de yoga. Trabalhos futuros deverão focar-se nos comportamentos alimentares disfuncionais em praticantes com diferentes dosagens e estilos de yoga, no potencial papel das variáveis relacionadas com o corpo, a aparência e o peso como mediadoras/moderadoras da ortorexia nervosa, e nos efeitos da pressão dos pares na adoção de hábitos alimentares mais restritivos e no desenvolvimento do pensamento ortoréxico em praticantes de yoga.Carmo, CláudiaSapientiaDomingues, Rita Isabel de Oliveira Soares Branco2020-05-15T08:32:38Z2019-12-192019-12-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/13891TID:202466680enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:26:05Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/13891Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:04:59.811056Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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