Ecografia Point-of-Care na Emergência Médica Pré-Hospitalar: Aplicações, Currículos e Perspetivas em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/12914 |
Resumo: | A ecografia ao serviço da medicina surgiu em meados do século XX e sofreu uma notória evolução até aos dias de hoje, permitindo o surgimento da ecografia à cabeceira do doente, a “Ecografia Point-of-Care” (EPOC). Esta consiste num exame de execução célere, que fornece informação em tempo real, respondendo a dúvidas clínicas diretas, e que permite uma maior acuidade diagnóstica e segurança procedimental. No sentido de a otimizar, foram desenvolvidos protocolos que orientam a avaliação perante uma determinada situação clínica. Dadas as suas caraterísticas, a EPOC tem um papel importante na abordagem de doentes agudos, pelo que tem sido tentada a sua transição para a emergência pré-hospitalar. Através desta revisão integrada da literatura, é possível perceber que a EPOC, na sua designação “Ecografia Pré-Hospitalar” (EPH), está já implementada em alguns serviços de emergência médica pré-hospitalar, principalmente em sistemas franco-germânicos, e que o interesse por esta tem vindo a aumentar, potenciando o desenvolvimento de inúmeros estudos acerca da sua aplicabilidade e benefícios. Os resultados apontam no sentido da EPH poder ser utilizada tanto por médicos como por outros profissionais, apesar de ser notória uma grande heterogeneidade na sua utilização, evidenciando-se a ausência de recomendações e regulamentação neste sentido, problema que sucede também quando são analisados os seus currículos. Portugal, por possuir um sistema de emergência pré-hospitalar com influência francogermânica, poderá estar numa posição privilegiada para a introdução desta tecnologia. A tal, alia-se a geografia do território, que marca grandes assimetrias nos tempos de socorro pré-hospitalar, pelo que dispor de um meio complementar de diagnóstico a bordo dos veículos de emergência médica poderá ser vantajoso. Em suma, pode afirmar-se que a EPH é possível e apresenta diversos benefícios, nomeadamente no diagnóstico precoce, realização de procedimentos com maior segurança, na reavaliação e orientação de doentes, preparação das equipas hospitalares, entre outros. Os maiores desafios à sua implementação relacionam-se com a ausência de orientações formativas acerca da mesma e os custos associados. Portugal não é exceção, e para avaliar a pertinência da EPH são necessários estudos que demonstrem diretamente os benefícios na morbimortalidade que advêm da sua utilização, assim como estudos de custo-benefício. Assim, faria sentido recolher informação acerca do interesse na aplicação desta tecnologia, bem como da formação dos médicos com papel ativo na emergência pré-hospitalar, com vista a estudar os potenciais benefícios da sua implementação neste contexto em Portugal. |
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Dadas as suas caraterísticas, a EPOC tem um papel importante na abordagem de doentes agudos, pelo que tem sido tentada a sua transição para a emergência pré-hospitalar. Através desta revisão integrada da literatura, é possível perceber que a EPOC, na sua designação “Ecografia Pré-Hospitalar” (EPH), está já implementada em alguns serviços de emergência médica pré-hospitalar, principalmente em sistemas franco-germânicos, e que o interesse por esta tem vindo a aumentar, potenciando o desenvolvimento de inúmeros estudos acerca da sua aplicabilidade e benefícios. Os resultados apontam no sentido da EPH poder ser utilizada tanto por médicos como por outros profissionais, apesar de ser notória uma grande heterogeneidade na sua utilização, evidenciando-se a ausência de recomendações e regulamentação neste sentido, problema que sucede também quando são analisados os seus currículos. Portugal, por possuir um sistema de emergência pré-hospitalar com influência francogermânica, poderá estar numa posição privilegiada para a introdução desta tecnologia. A tal, alia-se a geografia do território, que marca grandes assimetrias nos tempos de socorro pré-hospitalar, pelo que dispor de um meio complementar de diagnóstico a bordo dos veículos de emergência médica poderá ser vantajoso. Em suma, pode afirmar-se que a EPH é possível e apresenta diversos benefícios, nomeadamente no diagnóstico precoce, realização de procedimentos com maior segurança, na reavaliação e orientação de doentes, preparação das equipas hospitalares, entre outros. Os maiores desafios à sua implementação relacionam-se com a ausência de orientações formativas acerca da mesma e os custos associados. Portugal não é exceção, e para avaliar a pertinência da EPH são necessários estudos que demonstrem diretamente os benefícios na morbimortalidade que advêm da sua utilização, assim como estudos de custo-benefício. Assim, faria sentido recolher informação acerca do interesse na aplicação desta tecnologia, bem como da formação dos médicos com papel ativo na emergência pré-hospitalar, com vista a estudar os potenciais benefícios da sua implementação neste contexto em Portugal.Clinical Ultrasound emerged in the middle of the last century and has undergone a remarkable evolution until the present day, allowing the creation of the “Point-of-Care Ultrasound” – POCUS. POCUS is a fast-paced exam that provides real-time information, answers direct clinical questions, and allows greater diagnostic accuracy and greater procedural safety. To improve its effectiveness, protocols have been developed to guide the assessment in each clinical situation. Due to its features execution, POCUS plays a role in approaching acute patients, so its transition to the pre-hospital emergency has been attempted. Through this integrated literature review, it is possible to understand that POCUS, as “Pre Hospital Ultrasound” – PHUS, is already implemented in some pre-hospital medical emergency services, mainly Franco-Germanic systems, and that interest in it has been increasing, encouraging the development of many studies about its applicability and benefits. The results state that the EPH can be used both by physicians and other professionals, despite the great heterogeneity in its use, showing the absence of recommendations and regulations for its use, a problem that also occurs when their curricula are analyzed. Since Portugal has a Franco-Germanic-based pre-hospital emergency system, it can be in a privileged position for the introduction of this technology. This is combined with the geography of the territory, which marks great asymmetries in pre-hospital care times, so having a complementary means of diagnosis onboard emergency medical vehicles can be helpful. In essence, it can be said that EPH is possible and has several benefits in early diagnosis, performing procedures with greater safety, reassessment, and guidance of patients, and preparation of hospital teams, among others. The biggest challenges to its implementation are related to the absence of training guidelines and the associated costs. Portugal is no exception, and to assess the relevance of EPH, studies are needed that directly prove the benefits in morbidity and mortality that result from its use and cost-benefit studies. Thus, it would make sense to collect information about the interest in the application of this technology and the training of doctors with an active role in a pre-hospital emergency to study the potential benefits of its implementation in this context in Portugal.Lito, Pedro Filipe Roque MartinsAlmeida, Renato José Gonçalves deuBibliorumPais, João Luís Vicente2023-02-17T15:32:30Z2022-07-062022-05-042022-07-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/12914TID:203182880porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:56:17Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/12914Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:24.937951Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A ecografia ao serviço da medicina surgiu em meados do século XX e sofreu uma notória evolução até aos dias de hoje, permitindo o surgimento da ecografia à cabeceira do doente, a “Ecografia Point-of-Care” (EPOC). Esta consiste num exame de execução célere, que fornece informação em tempo real, respondendo a dúvidas clínicas diretas, e que permite uma maior acuidade diagnóstica e segurança procedimental. No sentido de a otimizar, foram desenvolvidos protocolos que orientam a avaliação perante uma determinada situação clínica. Dadas as suas caraterísticas, a EPOC tem um papel importante na abordagem de doentes agudos, pelo que tem sido tentada a sua transição para a emergência pré-hospitalar. Através desta revisão integrada da literatura, é possível perceber que a EPOC, na sua designação “Ecografia Pré-Hospitalar” (EPH), está já implementada em alguns serviços de emergência médica pré-hospitalar, principalmente em sistemas franco-germânicos, e que o interesse por esta tem vindo a aumentar, potenciando o desenvolvimento de inúmeros estudos acerca da sua aplicabilidade e benefícios. Os resultados apontam no sentido da EPH poder ser utilizada tanto por médicos como por outros profissionais, apesar de ser notória uma grande heterogeneidade na sua utilização, evidenciando-se a ausência de recomendações e regulamentação neste sentido, problema que sucede também quando são analisados os seus currículos. Portugal, por possuir um sistema de emergência pré-hospitalar com influência francogermânica, poderá estar numa posição privilegiada para a introdução desta tecnologia. A tal, alia-se a geografia do território, que marca grandes assimetrias nos tempos de socorro pré-hospitalar, pelo que dispor de um meio complementar de diagnóstico a bordo dos veículos de emergência médica poderá ser vantajoso. Em suma, pode afirmar-se que a EPH é possível e apresenta diversos benefícios, nomeadamente no diagnóstico precoce, realização de procedimentos com maior segurança, na reavaliação e orientação de doentes, preparação das equipas hospitalares, entre outros. Os maiores desafios à sua implementação relacionam-se com a ausência de orientações formativas acerca da mesma e os custos associados. Portugal não é exceção, e para avaliar a pertinência da EPH são necessários estudos que demonstrem diretamente os benefícios na morbimortalidade que advêm da sua utilização, assim como estudos de custo-benefício. Assim, faria sentido recolher informação acerca do interesse na aplicação desta tecnologia, bem como da formação dos médicos com papel ativo na emergência pré-hospitalar, com vista a estudar os potenciais benefícios da sua implementação neste contexto em Portugal. |
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