O Burnout na Polícia de Segurança Pública: causas e engagement

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Joana Catarina Costa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/32975
Resumo: Com o reconhecimento do burnout como um fenómeno ocupacional e com a crescente preocupação com a saúde mental no local de trabalho, é fundamental que, numa organização como a Polícia de Segurança Pública (PSP), em que o bem-estar dos trabalhadores interfere diretamente com a segurança dos cidadãos no geral, se abordem temáticas relacionadas com os recursos humanos, procurando melhorar as condições no local de trabalho e diminuir a tendência para o aparecimento de patologias. Para além da revisão da literatura foram realizadas 5 entrevistas a informadores chave, para aprofundar esta componente teórica. De forma a perceber qual o nível de saúde mental dos polícias e que tipo de fatores estão na sua origem, foi realizado um estudo quantitativo, em que se aplicou um questionário para aferir os níveis de burnout (através do questionário OLBI) e engagement (com o questionário UWES), numa amostra de 465 polícias a exercer funções no COMETLIS, bem como a sua relação com determinadas variáveis sociodemográficas. Verificou-se que quanto mais burnout, nas dimensões de exaustão e distanciamento, menos o engagement e as suas dimensões. No que diz respeito às variáveis sociodemográficas, as variáveis sexo, função operacional e distância aproximada da colocação atual à residência de origem não revelaram diferenças estatisticamente significativas. Nas variáveis estado civil e carreira provou-se que são os polícias que não mantenham uma relação afetivo-amorosa e os agentes os mais afetados pela exaustão e pelo distanciamento e apresentam níveis menores de engagement e das suas dimensões.
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