Conflito entre os domínios laboral e familiar em tempos de stress económico: Impacto na saúde mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Joana Filipa Vieira de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5584
Resumo: O conflito entre o trabalho e a família trata-se de um stressor laboral que acarreta profundas consequências ao nível da saúde mental e que se tem vindo a tornar cada vez mais prevalente devido à atual crise económica e social. Apesar de existirem estudos neste sentido, poucos são aqueles que avaliam o impacto da perceção de stress económico no conflito entre estes domínios, estando portanto esta temática longe de ser definida e compreendida na sua relação com a saúde mental. Esta investigação tem como principal objetivo compreender o impacto da perceção de stress económico no conflito trabalho-família e família-trabalho, e perceber a associação entre este último e o nível de saúde mental. Procurou ainda averiguar possíveis fatores de risco para a doença mental, que em conjunto com o conflito entre o trabalho e a família, agravam os índices de saúde mental. De forma a atingir os objetivos delineados, utilizou-se um questionário sociodemográfico com a finalidade de apurar variáveis sociodemográficas e variáveis relativas à perceção de stress económico. Administrou-se os fatores extraídos (CTF e CFT) de uma subescala da escala Trabalho-Família com o fim de avaliar os níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Por último, empregou-se com o objetivo de avaliar a saúde mental o Inventário de Saúde Mental-5. O presente estudo empírico é de natureza quantitativa, de cariz transversal, descritivo e correlacional. Para a realização da presente investigação, recorreu-se a um processo de amostragem não probabilístico ou por conveniência, na qual participaram 287 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos de idade (=37.51), dos quais 101 pertenciam ao sexo masculino (35.3%) e 185 ao feminino (64.7%). O nosso estudo empírico veio corroborar dados obtidos em pesquisas anteriores, embora tenham sido encontradas também algumas divergências. Principais conclusões sugerem que sujeitos que percecionam que o rendimento não permite satisfazer as principais necessidades da família reportam maiores níveis de conflito entre o trabalho e a família; a saúde mental encontra-se negativamente associada ao conflito trabalho-família e família-trabalho; prevê-se que o género feminino reporte piores índices de saúde mental do que o masculino mantendo constante os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Prevê-se ainda que sujeitos insatisfeitos relativamente à sua renumeração reportem piores níveis de saúde mental do que indivíduos satisfeitos quando são mantidos os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho.
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Procurou ainda averiguar possíveis fatores de risco para a doença mental, que em conjunto com o conflito entre o trabalho e a família, agravam os índices de saúde mental. De forma a atingir os objetivos delineados, utilizou-se um questionário sociodemográfico com a finalidade de apurar variáveis sociodemográficas e variáveis relativas à perceção de stress económico. Administrou-se os fatores extraídos (CTF e CFT) de uma subescala da escala Trabalho-Família com o fim de avaliar os níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Por último, empregou-se com o objetivo de avaliar a saúde mental o Inventário de Saúde Mental-5. O presente estudo empírico é de natureza quantitativa, de cariz transversal, descritivo e correlacional. Para a realização da presente investigação, recorreu-se a um processo de amostragem não probabilístico ou por conveniência, na qual participaram 287 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos de idade (=37.51), dos quais 101 pertenciam ao sexo masculino (35.3%) e 185 ao feminino (64.7%). O nosso estudo empírico veio corroborar dados obtidos em pesquisas anteriores, embora tenham sido encontradas também algumas divergências. Principais conclusões sugerem que sujeitos que percecionam que o rendimento não permite satisfazer as principais necessidades da família reportam maiores níveis de conflito entre o trabalho e a família; a saúde mental encontra-se negativamente associada ao conflito trabalho-família e família-trabalho; prevê-se que o género feminino reporte piores índices de saúde mental do que o masculino mantendo constante os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Prevê-se ainda que sujeitos insatisfeitos relativamente à sua renumeração reportem piores níveis de saúde mental do que indivíduos satisfeitos quando são mantidos os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho.The conflict between work and family it is work stressor that leads to profound consequences in terms of mental health and that has become increasingly prevalent due to current economic and social crisis. Although there are studies in this direction, only few assess the impact of perceived stress on economic conflict between these areas, being this theme still poorly defined and understood in this relation with mental health. This research aims to understand the impact of perceived economic stress in the work-to-family and family-to-work conflict, and realize the association between the latter concept and the level of mental health. Also seeks to investigate possible risk factors for mental illness, which together with the conflict between work and family, exacerbate mental health indices. To achieve the proposed goals, we used a sociodemographic questionnaire in order to ascertain sociodemographic variables and variables related to perceived economic stress. To assess the levels of work-to-family and family-to-work conflict we administered the extracted factors (CTF and CFT) of a subscale of Work-Family scale. Finally, in order to assess the mental health we used the Inventory of Mental Health-5. This empirical study is quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational nature For the accomplishment of this research, we used a non-probabilistic or by convenience sampling process, attended by 287 individuals aged between 18 and 67 years old ( = 37.51), which 101 were male (35.3%) and 185 female (64.7%). Our empirical study corroborated data obtained in previous research, although were also found some differences. Main conclusions suggest that individuals who perceive that the yield as unable to meet the main needs of families report higher levels of conflict between work and family; mental health is negatively associated with work-to-family and family-to-work conflict; it is expected that females report worse levels of mental health than male maintaining the same levels of work-to-family and family-to-work conflict. It is also expected that dissatisfied people about their remuneration report poorer levels of mental health than satisfied people when the same levels of work-to-family and family-to-work conflict are kept.Cunha, Ana Isabel Silva Santos BarbosauBibliorumAlmeida, Joana Filipa Vieira de2018-08-01T15:17:46Z2014-10-302014-10-62014-10-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5584TID:201642700porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:36Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5584Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:28.030656Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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