Absurdismo grotesco e possibilidade de emancipação na pós-modernidade em The Eric Andre Show

• Autor(a) principal: Torquato, Vinicius Scoralick de Almeida
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/55857
• topic: Domínio/Área Científica::Humanidades::Outras Humanidades

Em uma sociedade de gestão neoliberal, onde todas as emoções e sensações são controladas para demonstrar o máximo de sucesso como indivíduo racional, haveria espaço para um humor livre? Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre a cultura audiovisual e as possibilidades de fuga da gestão neoliberal através do humor. Utilizando o conceito de Absurdo de Albert Camus, em O Mito de Sísifo, como peça essencial da análise, foi construído um raciocínio através da cultura trash da internet e o grotesco. O primeiro capítulo aborda as formas de se consumir entretenimento e como este tipo de informação pode ser utilizada para a educação de gerações. Naturalmente, o papel da ideologia aqui é fundamental e buscou-se apresentar seus caminhos de ação. O segundo capítulo trata de como se percebe The Eric Andre Show, seu conteúdo paródico e impactante e o moralismo que faz com que a sociedade perca muito de sua originalidade. As características do Absurdo de Camus são uma proteção e arma contra o moralismo e a necessidade da sociedade neoliberal de fugir das dores do mundo. No terceiro capítulo é apresentada uma análise dos episódios do programa, tendo suas características separadas para melhor trabalhar certos aspectos, contextos e resultados. Aqui, o grotesco é invocado para causar o maior desconforto possível. Não somente, certos questionamentos são levantados sobre qual o limite do humor. Finalmente, a conclusão aborda sobre como é necessária uma capacidade interpretativa para compreender características do humor como ironia e sarcasmo. Essas características são essenciais para a superação da gestão neoliberal e sua empatia pauperizada, que visa o controle do indivíduo e a fuga do sofrimento presente na realidade.