A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macieira, Maria da Graça Vareiro
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/11894
Resumo: O relatório que agora se apresenta sustenta-se na pesquisa diversificada abaixo inserta – nos conceitos que foram as ferramentas de leitura da realidade e os pressupostos de interpretação dessa vivência – e do percecionado e apreendido, ao longo dos anos, em contexto da Comunidade Educativa – aplicação dos conceitos teóricos à interpretação da realidade –, nomeadamente na Escola Secundária Rocha Peixoto, aqui, ao espelho e numa lógica de relação escola-comunidade. Mobilizada a prática pedagógica e relacional, por via da reflexão sobre a ação, percebemos a importância do marketing educacional e empreendemos uma atitude positiva de divulgação e de marca do projeto educativo que anima a nossa escola. A globalização, a mundialização da economia e das tecnologias de informação e de comunicação, bem como, a produção dos seus efeitos na comunidade, nomeadamente a célere mudança daí decorrente, relevou os sistemas económicos em detrimento das representações ideológicas. Se, numa primeira fase, obrigou a assunção do papel intervencionista do Estado o facto é que, depois, liberou-o, progressivamente, por força dos efeitos da competitividade mundial. A ética suportada numa consciência axiológica normativa que se adequou àquela mudança, autorregulou-se e, embora com mais conhecimentos, o Ser humano vulnerabilizou-se, sendo a solidariedade preterida em favor do egocentrismo, do individualismo, do ter em detrimento do ser. O “eu” postergou o “todo”, assistindo-se a uma maior complexidade relacional, em que as famílias e a Escola – os seus agentes – são, na sua atuação, o seu reflexo. E, apesar de a escola ser, ainda, por excelência, o espaço de transformação social, não pode tudo. A consciência clara dos obstáculos encontrados não deslegitima o projeto, pois o Fim – uma educação para todos – é uma condição do progresso social, promessa que remonta à Declaração dos Direitos Universais do Homem A reflexão incide, no essencial, sobre quem somos, qual o nosso percurso e o caminho que ousamos cursar para dignificar a escola. Naturalmente, o que somos resulta de um processo de crescimento e de aprendizagem em que o ambiente e as relações interpessoais, nos grupos informais e formais, são responsáveis pela prossecução da missão que assumimos há já muitos anos. A opção pelas Ciências Experimentais traduziu, na verdade, “quem eu era”, pelo que a curiosidade, a persistência, a pesquisa e a intencionalidade do contributo para a evolução/mudança, foram a génese da motivação subjacente ao seguimento inovado de funções exercidas cuja pretensão, ora enriquecida pela contínua aprendizagem, se impunha levar a cabo. No percurso profissional evidencio que nas turmas que me são atribuídas lecionar, o que mais me gratifica e enriquece é a possibilidade de fazer despertar o gosto pela descoberta e pela pesquisa. Acredito que as competências se desenvolvem e, nessa perspetiva, privilegio o debate, a participação e o desenvolvimento de um conhecimento assente numa matriz de aprendizagem significativa e de atitudes positivas e ativas. Em termos didáticos, tenho vindo a lecionar maioritariamente turmas do ensino secundário (Física e Química - 10º, 11º ano; Física - 12ºano, Área de Projeto - 12ºano). Mas, há três anos para cá e, por opção pessoal, retomei, também, o ensino básico. No campo da gestão escolar, há já 20 anos que assumo cargos de liderança (intermédia ou de direção - vogal do Conselho Diretivo, assessora do Conselho Executivo e adjunta do Diretor). Desafios exigentes, mas, mesmo assim, intercalados por outras tarefas - Coordenadora de Área de Projeto, Coordenadora de minigrupos disciplinares, Diretora de Turma, Coordenadora do Secretariado de Exames, Coordenadora do “Programa Aves”1, Coordenadora do projeto “Testes Intermédios”2, Coordenadora de Provas Comuns/Provas de monitorização3. Acionar e desenvolver a relação Escola/Comunidade é uma situação-problema que convoca sobremaneira qualquer comunidade escolar. E, no desejo de melhor promover essa relação, a escola, desde o ano letivo de 2006/2007, instituiu o dia 18 de maio como o “Dia da Escola”. Uma iniciativa que visa partilhar com a comunidade a vida da escola, numa atitude de reconhecimento e de valorização dos alunos e, obviamente, do seu projeto educativo. Nesse sentido, foi criada uma comissão de organização, da qual faço parte, e cuja missão é espelhar e intensificar, autorregulando, a ligação Escola/Comunidade mediante a publicação da revista “A Rocha”. A descontinuidade cultural entre a escola e a família foi considerada como um fator relevante do insucesso escolar (Heath, 1982; Ogbu,1978; Seeley, 1985). Para Teixeira (1995, p. 5), “de entre as organizações que estruturam a nossa sociedade, a organização escola é uma das mais relevantes já que, de alguma maneira, irá ter influência sobre todas as outras”. Segundo esta autora, “todos são, em alguma medida, o fruto da organização escola que, ao menos em parte, lhes modelou o pensamento” (idem). A escola constitui, portanto, um quadro de ação para todos eles (idem, p. 146). Para além dos alunos, os professores, o pessoal não docente, temos os pais e encarregados de educação, bem como os representantes das autarquias e da comunidade local. A comunidade educativa é o conjunto do pessoal docente e não docente de uma Escola ou Centro Educativo e os seus alunos e encarregados de educação e respetivas associações. (…) São ainda parte da comunidade educativa, os representantes das organizações e associações que desenvolvam atividades sociais, económicas, culturais e científicas e estejam interessadas no processo educativo (Formosinho, Fernandes e Lima, 1988, p. 176). A partilha e a participação de todos para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos alunos são cruciais, permitindo o melhor planeamento de aprendizagens e uma maior adequação às expetativas e aspirações das próprias famílias. Concluir-se-á, então, que a reflexão sobre a ação nos possibilita, para além da explicação do agir, a compreensão da amplitude das consequências dos procedimentos implementados, a curto e a longo prazo, e, ainda, como seres de projeto que enquanto professores somos, a planificação consequente de um futuro que desejamos. Com esta investigação assumir-se-á, também, que, embora o reflexo da Escola Rocha Peixoto no espelho seja positivo e coerente, os objetivos expressos, igualmente, no projeto educativo não são definitivamente alcançados (pura ilusão!), implicando, antes, a contínua reformulação/adequação aos anseios e à evolução da comunidade, o que pressupõe um processo de marketing educacional que se requer, pois, inovador.
id RCAP_d57d10b9f05ff1428841e2f76020535c
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/11894
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidadeAção–reflexãoRelação escola-comunidadeMarketing educacionalSupervisãoPlano de melhoriaAction-reflectionSchool-communityEducational marketingSupervisionImprovement plansDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da EducaçãoO relatório que agora se apresenta sustenta-se na pesquisa diversificada abaixo inserta – nos conceitos que foram as ferramentas de leitura da realidade e os pressupostos de interpretação dessa vivência – e do percecionado e apreendido, ao longo dos anos, em contexto da Comunidade Educativa – aplicação dos conceitos teóricos à interpretação da realidade –, nomeadamente na Escola Secundária Rocha Peixoto, aqui, ao espelho e numa lógica de relação escola-comunidade. Mobilizada a prática pedagógica e relacional, por via da reflexão sobre a ação, percebemos a importância do marketing educacional e empreendemos uma atitude positiva de divulgação e de marca do projeto educativo que anima a nossa escola. A globalização, a mundialização da economia e das tecnologias de informação e de comunicação, bem como, a produção dos seus efeitos na comunidade, nomeadamente a célere mudança daí decorrente, relevou os sistemas económicos em detrimento das representações ideológicas. Se, numa primeira fase, obrigou a assunção do papel intervencionista do Estado o facto é que, depois, liberou-o, progressivamente, por força dos efeitos da competitividade mundial. A ética suportada numa consciência axiológica normativa que se adequou àquela mudança, autorregulou-se e, embora com mais conhecimentos, o Ser humano vulnerabilizou-se, sendo a solidariedade preterida em favor do egocentrismo, do individualismo, do ter em detrimento do ser. O “eu” postergou o “todo”, assistindo-se a uma maior complexidade relacional, em que as famílias e a Escola – os seus agentes – são, na sua atuação, o seu reflexo. E, apesar de a escola ser, ainda, por excelência, o espaço de transformação social, não pode tudo. A consciência clara dos obstáculos encontrados não deslegitima o projeto, pois o Fim – uma educação para todos – é uma condição do progresso social, promessa que remonta à Declaração dos Direitos Universais do Homem A reflexão incide, no essencial, sobre quem somos, qual o nosso percurso e o caminho que ousamos cursar para dignificar a escola. Naturalmente, o que somos resulta de um processo de crescimento e de aprendizagem em que o ambiente e as relações interpessoais, nos grupos informais e formais, são responsáveis pela prossecução da missão que assumimos há já muitos anos. A opção pelas Ciências Experimentais traduziu, na verdade, “quem eu era”, pelo que a curiosidade, a persistência, a pesquisa e a intencionalidade do contributo para a evolução/mudança, foram a génese da motivação subjacente ao seguimento inovado de funções exercidas cuja pretensão, ora enriquecida pela contínua aprendizagem, se impunha levar a cabo. No percurso profissional evidencio que nas turmas que me são atribuídas lecionar, o que mais me gratifica e enriquece é a possibilidade de fazer despertar o gosto pela descoberta e pela pesquisa. Acredito que as competências se desenvolvem e, nessa perspetiva, privilegio o debate, a participação e o desenvolvimento de um conhecimento assente numa matriz de aprendizagem significativa e de atitudes positivas e ativas. Em termos didáticos, tenho vindo a lecionar maioritariamente turmas do ensino secundário (Física e Química - 10º, 11º ano; Física - 12ºano, Área de Projeto - 12ºano). Mas, há três anos para cá e, por opção pessoal, retomei, também, o ensino básico. No campo da gestão escolar, há já 20 anos que assumo cargos de liderança (intermédia ou de direção - vogal do Conselho Diretivo, assessora do Conselho Executivo e adjunta do Diretor). Desafios exigentes, mas, mesmo assim, intercalados por outras tarefas - Coordenadora de Área de Projeto, Coordenadora de minigrupos disciplinares, Diretora de Turma, Coordenadora do Secretariado de Exames, Coordenadora do “Programa Aves”1, Coordenadora do projeto “Testes Intermédios”2, Coordenadora de Provas Comuns/Provas de monitorização3. Acionar e desenvolver a relação Escola/Comunidade é uma situação-problema que convoca sobremaneira qualquer comunidade escolar. E, no desejo de melhor promover essa relação, a escola, desde o ano letivo de 2006/2007, instituiu o dia 18 de maio como o “Dia da Escola”. Uma iniciativa que visa partilhar com a comunidade a vida da escola, numa atitude de reconhecimento e de valorização dos alunos e, obviamente, do seu projeto educativo. Nesse sentido, foi criada uma comissão de organização, da qual faço parte, e cuja missão é espelhar e intensificar, autorregulando, a ligação Escola/Comunidade mediante a publicação da revista “A Rocha”. A descontinuidade cultural entre a escola e a família foi considerada como um fator relevante do insucesso escolar (Heath, 1982; Ogbu,1978; Seeley, 1985). Para Teixeira (1995, p. 5), “de entre as organizações que estruturam a nossa sociedade, a organização escola é uma das mais relevantes já que, de alguma maneira, irá ter influência sobre todas as outras”. Segundo esta autora, “todos são, em alguma medida, o fruto da organização escola que, ao menos em parte, lhes modelou o pensamento” (idem). A escola constitui, portanto, um quadro de ação para todos eles (idem, p. 146). Para além dos alunos, os professores, o pessoal não docente, temos os pais e encarregados de educação, bem como os representantes das autarquias e da comunidade local. A comunidade educativa é o conjunto do pessoal docente e não docente de uma Escola ou Centro Educativo e os seus alunos e encarregados de educação e respetivas associações. (…) São ainda parte da comunidade educativa, os representantes das organizações e associações que desenvolvam atividades sociais, económicas, culturais e científicas e estejam interessadas no processo educativo (Formosinho, Fernandes e Lima, 1988, p. 176). A partilha e a participação de todos para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos alunos são cruciais, permitindo o melhor planeamento de aprendizagens e uma maior adequação às expetativas e aspirações das próprias famílias. Concluir-se-á, então, que a reflexão sobre a ação nos possibilita, para além da explicação do agir, a compreensão da amplitude das consequências dos procedimentos implementados, a curto e a longo prazo, e, ainda, como seres de projeto que enquanto professores somos, a planificação consequente de um futuro que desejamos. Com esta investigação assumir-se-á, também, que, embora o reflexo da Escola Rocha Peixoto no espelho seja positivo e coerente, os objetivos expressos, igualmente, no projeto educativo não são definitivamente alcançados (pura ilusão!), implicando, antes, a contínua reformulação/adequação aos anseios e à evolução da comunidade, o que pressupõe um processo de marketing educacional que se requer, pois, inovador.The report argues that now presents itself in diverse research insert below - the concepts that were the tools of reading reality assumptions and interpretation of that experience - and perceived and seized over the years, in the context of the educational community - application of theoretical concepts to the interpretation of reality - particularly Rocha Peixoto Secondary School, here, a mirror and a logic of school-community relationship. Mobilized and relational teaching practice, through reflection on action, we realize the importance of marketing education and a positive attitude undertake dissemination and brand of the educational project that animates our school. Globalization, economic globalization and the information technology and communication, as well as the production of its effects on the community including the expeditious change resulting, highlighted economic systems at the expense of ideological representations. If, initially, forced the assumption of the interventionist role of the state is the fact that they then released it gradually under the effects of global competitiveness. The ethics supported an awareness axiological rules that are suiting, to that change, adapted to up and, although with more knowledge, the Human weakened up, the solidarity being tilted in favor of selfishness, individualism, instead of having to be. The "I" postponed "the whole" witnessed to greater relational complexity, where families and school - their agents - are, in their actions, their reflection. And although the school is, also, par excellence, the space for social transformation not everything. A clear awareness of the obstacles encountered not delegitimize the project because the End - an education for all - is a condition of social progress, promise that dates back to the Universal Declaration of Human Rights Reflection focuses essentially on whom we are, what our route and the path to dignify that dare attend school. Of course, what we are is the result of a process of growth and learning in the environment and interpersonal relations, informal and formal groups, are responsible for the continuation of the mission we took many years ago. The choice of Experimental Sciences translated, actually, "who I was", so the curiosity, persistence, research and intentionality of contribution to the evolution / change, were the genesis of the motivation behind the action of innovative functions performed whose claim, now enriched through continuous learning, it was necessary to carry out. In career was noticed that in the classes I teach are assigned, what gratifies me most is enriched and the possibility of awakening the taste for discovery and research. I believe that skills are developed and, in this perspective, the privilege debate, participation and development of a knowledge based on an array of meaningful learning and positive attitudes and active. In terms of teaching, I have been teaching mostly middle school classes (Physics and Chemistry - 10, 11th year; Physics - 12th grade, Area Project - 12th grade). But for three years now and, by choice, I resumed also basic education. In the field of school management, for over 20 years who assume leadership positions (intermediate or direction - member of the Board of Directors, advises the Executive Board and Deputy Director). Demanding challenges, but even so, interspersed with other tasks - Project Area Coordinator, Coordinator of disciplinary mini groups, Officer Class, Coordinator of the Secretariat of Examinations, Coordinator of "Birds Program,"4 Project Coordinator "Intermediate Tests"5, Coordinator Evidence for Common / Proof monitoring6. Engage and develop the School / Community is a problem situation that calls any school community greatly. And the desire to better promote this relationship, the school, since the school year 2006/2007, introduced on May 18 as the "Day of School." An initiative that aims to share with the community the school's life, in an attitude of gratitude and the valorization of the students and, of course, with your educational project. Accordingly, a committee was established to organize, to which I belong, and whose mission is to mirror and intensify, suiting, binding School / Community through the publication of the magazine "A Rocha." The cultural discontinuity between home and school was considered as a factor in school failure (Heath, 1982; Ogbu, 1978; Seeley, 1985). For Teixeira (1995, p. 5), "among the organizations that shape our society, the organization of the school is more relevant because, somehow, will have influence over all others." According to this author, "all are, to some extent, the result of school organization that, at least in part, modeled their thinking" (ibid.). The school is therefore a framework of action for all of them (ibid., p. 146). Apart from students, teachers, non-teaching staff, we have parents and guardians, as well as representatives of local authorities and the local community. ' The educational community is the entire teaching and non-teaching staff of a School or Educational Centre and their students and parents and respective associations. (...) They are still part of the educational community, representatives of organizations and associations that develop social, economic, cultural and scientific and are interested in the educational process (Formosinho, Fernandes and Lima, 1988, p. 176). The sharing and participation of all for the full and harmonious development of personality of students are crucial, allowing better planning of learning and greater suitability to the expectations and aspirations of their families. It will conclude, then, that reflection on action enables us beyond the explanation of action, understanding the magnitude of the consequences of the procedures implemented in the short and long term, and also as beings of that project while teachers are, the consequent planning of future we want. With this research will assume, too, that although the reflection of the mirror School Rocha Peixoto is positive and coherent objectives expressed also in the educational project is definitely not achieved (an illusion!), Implying rather the continuous reformulation / suitability to the concerns and developments in the community, which presupposes a process of educational marketing which therefore requires innovative.Palmeirão, CristinaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMacieira, Maria da Graça Vareiro2013-07-08T15:16:39Z2012-10-2720122012-10-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/11894porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-12T01:36:20Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/11894Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:09:39.342627Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
title A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
spellingShingle A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
Macieira, Maria da Graça Vareiro
Ação–reflexão
Relação escola-comunidade
Marketing educacional
Supervisão
Plano de melhoria
Action-reflection
School-community
Educational marketing
Supervision
Improvement plans
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Educação
title_short A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
title_full A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
title_fullStr A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
title_full_unstemmed A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
title_sort A escola "Rocha" ao espelho : relação com a comunidade
author Macieira, Maria da Graça Vareiro
author_facet Macieira, Maria da Graça Vareiro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Palmeirão, Cristina
Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Macieira, Maria da Graça Vareiro
dc.subject.por.fl_str_mv Ação–reflexão
Relação escola-comunidade
Marketing educacional
Supervisão
Plano de melhoria
Action-reflection
School-community
Educational marketing
Supervision
Improvement plans
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Educação
topic Ação–reflexão
Relação escola-comunidade
Marketing educacional
Supervisão
Plano de melhoria
Action-reflection
School-community
Educational marketing
Supervision
Improvement plans
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Educação
description O relatório que agora se apresenta sustenta-se na pesquisa diversificada abaixo inserta – nos conceitos que foram as ferramentas de leitura da realidade e os pressupostos de interpretação dessa vivência – e do percecionado e apreendido, ao longo dos anos, em contexto da Comunidade Educativa – aplicação dos conceitos teóricos à interpretação da realidade –, nomeadamente na Escola Secundária Rocha Peixoto, aqui, ao espelho e numa lógica de relação escola-comunidade. Mobilizada a prática pedagógica e relacional, por via da reflexão sobre a ação, percebemos a importância do marketing educacional e empreendemos uma atitude positiva de divulgação e de marca do projeto educativo que anima a nossa escola. A globalização, a mundialização da economia e das tecnologias de informação e de comunicação, bem como, a produção dos seus efeitos na comunidade, nomeadamente a célere mudança daí decorrente, relevou os sistemas económicos em detrimento das representações ideológicas. Se, numa primeira fase, obrigou a assunção do papel intervencionista do Estado o facto é que, depois, liberou-o, progressivamente, por força dos efeitos da competitividade mundial. A ética suportada numa consciência axiológica normativa que se adequou àquela mudança, autorregulou-se e, embora com mais conhecimentos, o Ser humano vulnerabilizou-se, sendo a solidariedade preterida em favor do egocentrismo, do individualismo, do ter em detrimento do ser. O “eu” postergou o “todo”, assistindo-se a uma maior complexidade relacional, em que as famílias e a Escola – os seus agentes – são, na sua atuação, o seu reflexo. E, apesar de a escola ser, ainda, por excelência, o espaço de transformação social, não pode tudo. A consciência clara dos obstáculos encontrados não deslegitima o projeto, pois o Fim – uma educação para todos – é uma condição do progresso social, promessa que remonta à Declaração dos Direitos Universais do Homem A reflexão incide, no essencial, sobre quem somos, qual o nosso percurso e o caminho que ousamos cursar para dignificar a escola. Naturalmente, o que somos resulta de um processo de crescimento e de aprendizagem em que o ambiente e as relações interpessoais, nos grupos informais e formais, são responsáveis pela prossecução da missão que assumimos há já muitos anos. A opção pelas Ciências Experimentais traduziu, na verdade, “quem eu era”, pelo que a curiosidade, a persistência, a pesquisa e a intencionalidade do contributo para a evolução/mudança, foram a génese da motivação subjacente ao seguimento inovado de funções exercidas cuja pretensão, ora enriquecida pela contínua aprendizagem, se impunha levar a cabo. No percurso profissional evidencio que nas turmas que me são atribuídas lecionar, o que mais me gratifica e enriquece é a possibilidade de fazer despertar o gosto pela descoberta e pela pesquisa. Acredito que as competências se desenvolvem e, nessa perspetiva, privilegio o debate, a participação e o desenvolvimento de um conhecimento assente numa matriz de aprendizagem significativa e de atitudes positivas e ativas. Em termos didáticos, tenho vindo a lecionar maioritariamente turmas do ensino secundário (Física e Química - 10º, 11º ano; Física - 12ºano, Área de Projeto - 12ºano). Mas, há três anos para cá e, por opção pessoal, retomei, também, o ensino básico. No campo da gestão escolar, há já 20 anos que assumo cargos de liderança (intermédia ou de direção - vogal do Conselho Diretivo, assessora do Conselho Executivo e adjunta do Diretor). Desafios exigentes, mas, mesmo assim, intercalados por outras tarefas - Coordenadora de Área de Projeto, Coordenadora de minigrupos disciplinares, Diretora de Turma, Coordenadora do Secretariado de Exames, Coordenadora do “Programa Aves”1, Coordenadora do projeto “Testes Intermédios”2, Coordenadora de Provas Comuns/Provas de monitorização3. Acionar e desenvolver a relação Escola/Comunidade é uma situação-problema que convoca sobremaneira qualquer comunidade escolar. E, no desejo de melhor promover essa relação, a escola, desde o ano letivo de 2006/2007, instituiu o dia 18 de maio como o “Dia da Escola”. Uma iniciativa que visa partilhar com a comunidade a vida da escola, numa atitude de reconhecimento e de valorização dos alunos e, obviamente, do seu projeto educativo. Nesse sentido, foi criada uma comissão de organização, da qual faço parte, e cuja missão é espelhar e intensificar, autorregulando, a ligação Escola/Comunidade mediante a publicação da revista “A Rocha”. A descontinuidade cultural entre a escola e a família foi considerada como um fator relevante do insucesso escolar (Heath, 1982; Ogbu,1978; Seeley, 1985). Para Teixeira (1995, p. 5), “de entre as organizações que estruturam a nossa sociedade, a organização escola é uma das mais relevantes já que, de alguma maneira, irá ter influência sobre todas as outras”. Segundo esta autora, “todos são, em alguma medida, o fruto da organização escola que, ao menos em parte, lhes modelou o pensamento” (idem). A escola constitui, portanto, um quadro de ação para todos eles (idem, p. 146). Para além dos alunos, os professores, o pessoal não docente, temos os pais e encarregados de educação, bem como os representantes das autarquias e da comunidade local. A comunidade educativa é o conjunto do pessoal docente e não docente de uma Escola ou Centro Educativo e os seus alunos e encarregados de educação e respetivas associações. (…) São ainda parte da comunidade educativa, os representantes das organizações e associações que desenvolvam atividades sociais, económicas, culturais e científicas e estejam interessadas no processo educativo (Formosinho, Fernandes e Lima, 1988, p. 176). A partilha e a participação de todos para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos alunos são cruciais, permitindo o melhor planeamento de aprendizagens e uma maior adequação às expetativas e aspirações das próprias famílias. Concluir-se-á, então, que a reflexão sobre a ação nos possibilita, para além da explicação do agir, a compreensão da amplitude das consequências dos procedimentos implementados, a curto e a longo prazo, e, ainda, como seres de projeto que enquanto professores somos, a planificação consequente de um futuro que desejamos. Com esta investigação assumir-se-á, também, que, embora o reflexo da Escola Rocha Peixoto no espelho seja positivo e coerente, os objetivos expressos, igualmente, no projeto educativo não são definitivamente alcançados (pura ilusão!), implicando, antes, a contínua reformulação/adequação aos anseios e à evolução da comunidade, o que pressupõe um processo de marketing educacional que se requer, pois, inovador.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-10-27
2012
2012-10-27T00:00:00Z
2013-07-08T15:16:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/11894
url http://hdl.handle.net/10400.14/11894
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131769111314432