Vari?veis Relacionadas com a Esclerose M?ltipla e Processos de Regula??o Emocional Predizem Conjuntamente Sintomas Psicopatol?gicos de Stresse em Doentes com a Referida Patologia? Um modelo explorat?rio
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1239 |
Resumo: | Introdu??o: A Esclerose M?ltipla (EM) ? uma doen?a neurol?gica cr?nica, progressiva e potencialmente incapacitante. Surge, tendencialmente, em adultos jovens. As suas caracter?sticas potenciam estados de stresse e estes facilitam a progress?o da doen?a. Por?m, ? escasso o conhecimento sobre os fatores preditores de stresse em doentes com EM. Objetivos: Explorar um novo modelo preditivo dos sintomas psicopatol?gicos de stresse em doentes com EM, composto pelos seguintes preditores: n?mero de surtos, fadiga, incapacidade f?sica (vari?veis relacionadas com o diagn?stico de EM), evitamento experiencial e autojulgamento (processos de regula??o emocional disfuncionais). M?todo: Participaram neste estudo transversal 101 doentes com o diagn?stico de EM e 134 indiv?duos da popula??o geral Portuguesa sem o referido diagn?stico ambos os grupos sem outras doen?as neurol?gicas. Os participantes responderam aos seguintes instrumentos de autoresposta: um question?rio sociodemogr?fico e cl?nico, Subescala de Stresse da Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS-21), Escala Anal?gica da Fadiga, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire ? II (AAQ-II) e subescala de Autojulgamento da Self-Compassion Scale (SCS). Resultados: O grupo cl?nico com EM diferenciou-se do grupo da popula??o geral sem EM em rela??o aos preditores dos sintomas de stresse hipotetizados (fadiga, incapacidade f?sica, evitamento experiencial e autojulgamento) e exibiu correla??es significativas entre os sintomas de stresse e as referidas vari?veis, a escolaridade e o n?mero de surtos. Regress?es lineares simples mostraram que a totalidade destes potenciais preditores predisseram a sintomatologia de stresse no referido grupo, tendo, face aos resultados anteriores, integrado o modelo de regress?o linear m?ltipla. Este modelo explicou 51,8% da vari?ncia dos sintomas psicopatol?gicos de stresse e identificou como preditores significativos a escolaridade, n?meros de surtos, fadiga e o evitamento experiencial. Discuss?o: Os resultados revelaram-se inovadores para a cl?nica e investiga??o cient?fica ao identificarem quer o efeito preditivo conjunto de vari?veis relacionadas com a EM e de processos de regula??o emocional, quer o n?mero de surtos e a escolaridade como preditores de sintomas de stresse. Programas destinados a promover a sa?de mental na popula??o-alvo, devem desenvolver compet?ncias funcionais para lidar com o stresse decorrente da escolaridade (possivelmente respons?vel pelo grau de literacia e de consci?ncia sobre a EM), da repeti??o de surtos e da fadiga e devem flexibilizar estrat?gias de regula??o emocional focadas no evitamento experiencial. Compet?ncias de aceita??o e de mindfulness permitir?o reduzir o stresse e respetivo impacto na exacerba??o/progress?o da doen?a. / Introduction: Multiple sclerosis (MS) is a neurologic chronic disease, with a progressive and potentially disabling course. It tends to appear in young adults. Its characteristics promotes stress states and these facilitate the progression of the disease. However, knowledge about the predictors of stress in MS patients is scarce. Objectives: To explore a new predictive model of psychopathological symptoms of stress in patients with MS, composed of the following predictors: number of relapses, fatigue, physical disability (variables related to the diagnosis of MS), experiential avoidance and self-judgment (dysfunctional emotion regulation processes). Method: This cross-sectional study comprised of 101 patients diagnosed with MS and 134 individuals from the general Portuguese population without MS, both groups without other neurological diseases. Participants completed the following self-report instruments: a sociodemographic and clinical questionnaire, Stress subscale of Depression, Anxiety and Stress Scale-21, Analogic Fatigue Scale, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire - II and Self-Judgment subscale of Self Compassion Scale. Results: The clinical group with MS differed from the general population group without MS in relation to the hypothesized predictors of stress symptoms (fatigue, physical disability, experiential avoidance and self-judgment) and exhibited significant correlations between stress symptoms and the abovementioned variables, the years of education and the number of relapses. Simple linear regressions showed that all of these potential predictors predicted the symptoms of stress in clinical group with MS, having, integrated the multiple linear regression model. This model explained 51.8% of the variance of psychopathological symptoms of stress and identified years of education, number of relapses, fatigue and experiential avoidance as significant predictors. Discussion: The results are innovative for clinical and scientific research by identifying the joint predictive effect of variables related to MS and emotional regulation processes, as well as for having reported number of relapses and years of education as predictors of symptoms of stress. Interventions designed to promote mental health in the target population, should develop functional skills to deal with the stress arising from years of education (possibly responsible for the level of literacy and awareness about MS), the recurrence of relapses and fatigue and should be embrace emotional regulation strategies focused on experiential avoidance. Acceptance and mindfulness skills will allow the reduction of stress and its impact on the exacerbation / progression of the disease. |
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Vari?veis Relacionadas com a Esclerose M?ltipla e Processos de Regula??o Emocional Predizem Conjuntamente Sintomas Psicopatol?gicos de Stresse em Doentes com a Referida Patologia? Um modelo explorat?rioEsclerose m?ltipla - Multiple sclerosisFatores preditores do stresse - Stress predictorsN?mero de surtos - Number of relapsesFadiga - FatigueIncapacidade f?sica - Physical disabilityProcessos de regula??o emocional - Emotional regulation processesIntrodu??o: A Esclerose M?ltipla (EM) ? uma doen?a neurol?gica cr?nica, progressiva e potencialmente incapacitante. Surge, tendencialmente, em adultos jovens. As suas caracter?sticas potenciam estados de stresse e estes facilitam a progress?o da doen?a. Por?m, ? escasso o conhecimento sobre os fatores preditores de stresse em doentes com EM. Objetivos: Explorar um novo modelo preditivo dos sintomas psicopatol?gicos de stresse em doentes com EM, composto pelos seguintes preditores: n?mero de surtos, fadiga, incapacidade f?sica (vari?veis relacionadas com o diagn?stico de EM), evitamento experiencial e autojulgamento (processos de regula??o emocional disfuncionais). M?todo: Participaram neste estudo transversal 101 doentes com o diagn?stico de EM e 134 indiv?duos da popula??o geral Portuguesa sem o referido diagn?stico ambos os grupos sem outras doen?as neurol?gicas. Os participantes responderam aos seguintes instrumentos de autoresposta: um question?rio sociodemogr?fico e cl?nico, Subescala de Stresse da Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS-21), Escala Anal?gica da Fadiga, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire ? II (AAQ-II) e subescala de Autojulgamento da Self-Compassion Scale (SCS). Resultados: O grupo cl?nico com EM diferenciou-se do grupo da popula??o geral sem EM em rela??o aos preditores dos sintomas de stresse hipotetizados (fadiga, incapacidade f?sica, evitamento experiencial e autojulgamento) e exibiu correla??es significativas entre os sintomas de stresse e as referidas vari?veis, a escolaridade e o n?mero de surtos. Regress?es lineares simples mostraram que a totalidade destes potenciais preditores predisseram a sintomatologia de stresse no referido grupo, tendo, face aos resultados anteriores, integrado o modelo de regress?o linear m?ltipla. Este modelo explicou 51,8% da vari?ncia dos sintomas psicopatol?gicos de stresse e identificou como preditores significativos a escolaridade, n?meros de surtos, fadiga e o evitamento experiencial. Discuss?o: Os resultados revelaram-se inovadores para a cl?nica e investiga??o cient?fica ao identificarem quer o efeito preditivo conjunto de vari?veis relacionadas com a EM e de processos de regula??o emocional, quer o n?mero de surtos e a escolaridade como preditores de sintomas de stresse. Programas destinados a promover a sa?de mental na popula??o-alvo, devem desenvolver compet?ncias funcionais para lidar com o stresse decorrente da escolaridade (possivelmente respons?vel pelo grau de literacia e de consci?ncia sobre a EM), da repeti??o de surtos e da fadiga e devem flexibilizar estrat?gias de regula??o emocional focadas no evitamento experiencial. Compet?ncias de aceita??o e de mindfulness permitir?o reduzir o stresse e respetivo impacto na exacerba??o/progress?o da doen?a. / Introduction: Multiple sclerosis (MS) is a neurologic chronic disease, with a progressive and potentially disabling course. It tends to appear in young adults. Its characteristics promotes stress states and these facilitate the progression of the disease. However, knowledge about the predictors of stress in MS patients is scarce. Objectives: To explore a new predictive model of psychopathological symptoms of stress in patients with MS, composed of the following predictors: number of relapses, fatigue, physical disability (variables related to the diagnosis of MS), experiential avoidance and self-judgment (dysfunctional emotion regulation processes). Method: This cross-sectional study comprised of 101 patients diagnosed with MS and 134 individuals from the general Portuguese population without MS, both groups without other neurological diseases. Participants completed the following self-report instruments: a sociodemographic and clinical questionnaire, Stress subscale of Depression, Anxiety and Stress Scale-21, Analogic Fatigue Scale, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire - II and Self-Judgment subscale of Self Compassion Scale. Results: The clinical group with MS differed from the general population group without MS in relation to the hypothesized predictors of stress symptoms (fatigue, physical disability, experiential avoidance and self-judgment) and exhibited significant correlations between stress symptoms and the abovementioned variables, the years of education and the number of relapses. Simple linear regressions showed that all of these potential predictors predicted the symptoms of stress in clinical group with MS, having, integrated the multiple linear regression model. This model explained 51.8% of the variance of psychopathological symptoms of stress and identified years of education, number of relapses, fatigue and experiential avoidance as significant predictors. Discussion: The results are innovative for clinical and scientific research by identifying the joint predictive effect of variables related to MS and emotional regulation processes, as well as for having reported number of relapses and years of education as predictors of symptoms of stress. Interventions designed to promote mental health in the target population, should develop functional skills to deal with the stress arising from years of education (possibly responsible for the level of literacy and awareness about MS), the recurrence of relapses and fatigue and should be embrace emotional regulation strategies focused on experiential avoidance. Acceptance and mindfulness skills will allow the reduction of stress and its impact on the exacerbation / progression of the disease.ISMT2021-01-14T11:01:46Z2021-01-142020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1239TID:202540588porhttp://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1239Mendes, Andreia Alexandra de Sousa GomesCarvalho, Teresa (Orientadora)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T14:58:17Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/1239Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:53:57.708392Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Vari?veis Relacionadas com a Esclerose M?ltipla e Processos de Regula??o Emocional Predizem Conjuntamente Sintomas Psicopatol?gicos de Stresse em Doentes com a Referida Patologia? Um modelo explorat?rio Mendes, Andreia Alexandra de Sousa Gomes Esclerose m?ltipla - Multiple sclerosis Fatores preditores do stresse - Stress predictors N?mero de surtos - Number of relapses Fadiga - Fatigue Incapacidade f?sica - Physical disability Processos de regula??o emocional - Emotional regulation processes |
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Introdu??o: A Esclerose M?ltipla (EM) ? uma doen?a neurol?gica cr?nica, progressiva e potencialmente incapacitante. Surge, tendencialmente, em adultos jovens. As suas caracter?sticas potenciam estados de stresse e estes facilitam a progress?o da doen?a. Por?m, ? escasso o conhecimento sobre os fatores preditores de stresse em doentes com EM. Objetivos: Explorar um novo modelo preditivo dos sintomas psicopatol?gicos de stresse em doentes com EM, composto pelos seguintes preditores: n?mero de surtos, fadiga, incapacidade f?sica (vari?veis relacionadas com o diagn?stico de EM), evitamento experiencial e autojulgamento (processos de regula??o emocional disfuncionais). M?todo: Participaram neste estudo transversal 101 doentes com o diagn?stico de EM e 134 indiv?duos da popula??o geral Portuguesa sem o referido diagn?stico ambos os grupos sem outras doen?as neurol?gicas. Os participantes responderam aos seguintes instrumentos de autoresposta: um question?rio sociodemogr?fico e cl?nico, Subescala de Stresse da Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS-21), Escala Anal?gica da Fadiga, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire ? II (AAQ-II) e subescala de Autojulgamento da Self-Compassion Scale (SCS). Resultados: O grupo cl?nico com EM diferenciou-se do grupo da popula??o geral sem EM em rela??o aos preditores dos sintomas de stresse hipotetizados (fadiga, incapacidade f?sica, evitamento experiencial e autojulgamento) e exibiu correla??es significativas entre os sintomas de stresse e as referidas vari?veis, a escolaridade e o n?mero de surtos. Regress?es lineares simples mostraram que a totalidade destes potenciais preditores predisseram a sintomatologia de stresse no referido grupo, tendo, face aos resultados anteriores, integrado o modelo de regress?o linear m?ltipla. Este modelo explicou 51,8% da vari?ncia dos sintomas psicopatol?gicos de stresse e identificou como preditores significativos a escolaridade, n?meros de surtos, fadiga e o evitamento experiencial. Discuss?o: Os resultados revelaram-se inovadores para a cl?nica e investiga??o cient?fica ao identificarem quer o efeito preditivo conjunto de vari?veis relacionadas com a EM e de processos de regula??o emocional, quer o n?mero de surtos e a escolaridade como preditores de sintomas de stresse. Programas destinados a promover a sa?de mental na popula??o-alvo, devem desenvolver compet?ncias funcionais para lidar com o stresse decorrente da escolaridade (possivelmente respons?vel pelo grau de literacia e de consci?ncia sobre a EM), da repeti??o de surtos e da fadiga e devem flexibilizar estrat?gias de regula??o emocional focadas no evitamento experiencial. Compet?ncias de aceita??o e de mindfulness permitir?o reduzir o stresse e respetivo impacto na exacerba??o/progress?o da doen?a. / Introduction: Multiple sclerosis (MS) is a neurologic chronic disease, with a progressive and potentially disabling course. It tends to appear in young adults. Its characteristics promotes stress states and these facilitate the progression of the disease. However, knowledge about the predictors of stress in MS patients is scarce. Objectives: To explore a new predictive model of psychopathological symptoms of stress in patients with MS, composed of the following predictors: number of relapses, fatigue, physical disability (variables related to the diagnosis of MS), experiential avoidance and self-judgment (dysfunctional emotion regulation processes). Method: This cross-sectional study comprised of 101 patients diagnosed with MS and 134 individuals from the general Portuguese population without MS, both groups without other neurological diseases. Participants completed the following self-report instruments: a sociodemographic and clinical questionnaire, Stress subscale of Depression, Anxiety and Stress Scale-21, Analogic Fatigue Scale, World Health Organization Disability Assessment Schedule-12, Acceptance and Action Questionnaire - II and Self-Judgment subscale of Self Compassion Scale. Results: The clinical group with MS differed from the general population group without MS in relation to the hypothesized predictors of stress symptoms (fatigue, physical disability, experiential avoidance and self-judgment) and exhibited significant correlations between stress symptoms and the abovementioned variables, the years of education and the number of relapses. Simple linear regressions showed that all of these potential predictors predicted the symptoms of stress in clinical group with MS, having, integrated the multiple linear regression model. This model explained 51.8% of the variance of psychopathological symptoms of stress and identified years of education, number of relapses, fatigue and experiential avoidance as significant predictors. Discussion: The results are innovative for clinical and scientific research by identifying the joint predictive effect of variables related to MS and emotional regulation processes, as well as for having reported number of relapses and years of education as predictors of symptoms of stress. Interventions designed to promote mental health in the target population, should develop functional skills to deal with the stress arising from years of education (possibly responsible for the level of literacy and awareness about MS), the recurrence of relapses and fatigue and should be embrace emotional regulation strategies focused on experiential avoidance. Acceptance and mindfulness skills will allow the reduction of stress and its impact on the exacerbation / progression of the disease. |
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