A experiência de inclusão numa sala do 1º CEB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iglésias, Isabel Sofia Ferreira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17189
Resumo: Entendemos educação inclusiva como uma educação que atende às necessidades cognitivas, emocionais, sensoriais e motoras de todas as crianças, procurando a escola responder da melhor forma a cada uma delas. Neste processo, é indispensável ter em atenção o vivido da criança, lido em termos de bem-estar emocional e de implicação, para que possamos saber se a educação que lhes estamos a oferecer responde bem às suas necessidades. Na procura da melhor resposta a cada criança importa avaliar a qualidade das condições educativas, considerando o seu grau de estimulação, o respeito pelo espaço de autonomia das crianças e a sensibilidade do adulto, dimensões que afetam o bem-estar emocional e implicação de cada criança. Neste relatório de estágio apresentamos um estudo de caso de natureza qualitativa e interpretativa, cujos principais objetivos foram (i) caracterizar o nosso contexto de estágio tendo como referência a temática da educação inclusiva, e ainda (ii) explorarmos possíveis formas de trabalhar de forma mais diferenciada e inclusiva. Para tal, de nimos três questões que orientaram o nosso estudo, sendo estas: Até que ponto se trabalha de forma inclusiva na escola? Que di culdades e desa os se levantam? Como trabalhar de forma mais inclusiva? Assim, adotando alguns indicadores gerais ou organizacionais de monitoriza ção do processo de inclusão na escola (DGIDC, 2011), neste trabalho também se procurou perceber como é que a escola no seu todo se organiza para trabalhar de forma mais inclusiva. Além disso, com base numa contextualização ao 1.o CEB do sistema de acompanhamento das crianças (SAC) desenvolvido por Portugal e Laevers (2010), fomos organizando e monitorizando a nossa prática pedagógica, na procura das melhores respostas a cada criança, procurando desenvolver uma abordagem experiencial/inclusiva em educação. Procurámos desenvolver iniciativas que fossem ao encontro das particularidades das crianças, respeitando a sua individualidade e respondendo o melhor possível a todas elas. Ainda, utilizando o sistema de acompanhamento das crianças (SAC), acompanh ámos com mais atenção quatro crianças que nos chamaram à atenção pelas suas diferenças, procurando perceber o processo de inclusão destas crianças na instituição. O facto de serem crianças com comportamentos, atitudes e níveis de desenvolvimento diferentes ajudou-nos a melhor perceber o funcionamento da escola ao nível das suas práticas de inclusão.Concluímos que seguir uma abordagem experiencial/inclusiva em educação levanta muitos desa os e exige um esforço constante. É algo que não é simples nem linear. Para conseguirmos ser bem-sucedidos é necessário re etir constantemente sobre o nosso trabalho, com atenção ao modo como as crianças se sentem na escola, e agindo no sentido de responder bem a todas elas. Em relação à escola onde este estudo foi realizado, é visível o cuidado com a integração de crianças estrangeiras e com NEE, bem como a preocupa- ção em ouvir-se as crianças e em atender aos seus interesses. No entanto, existem ainda alguns desa os que se levantam, nomeadamente ao nível da compatibilização da ideia de inclusão com aspetos como o cumprimento do currículo ou preparação para exames. Neste âmbito, acompanhamento mais individualizado, investimento em estratégias diferenciadas de ensino, diálogo sensível, atento e empático com as crianças a guram-se como elementos cruciais no processo de inclusão.
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Neste relatório de estágio apresentamos um estudo de caso de natureza qualitativa e interpretativa, cujos principais objetivos foram (i) caracterizar o nosso contexto de estágio tendo como referência a temática da educação inclusiva, e ainda (ii) explorarmos possíveis formas de trabalhar de forma mais diferenciada e inclusiva. Para tal, de nimos três questões que orientaram o nosso estudo, sendo estas: Até que ponto se trabalha de forma inclusiva na escola? Que di culdades e desa os se levantam? Como trabalhar de forma mais inclusiva? Assim, adotando alguns indicadores gerais ou organizacionais de monitoriza ção do processo de inclusão na escola (DGIDC, 2011), neste trabalho também se procurou perceber como é que a escola no seu todo se organiza para trabalhar de forma mais inclusiva. Além disso, com base numa contextualização ao 1.o CEB do sistema de acompanhamento das crianças (SAC) desenvolvido por Portugal e Laevers (2010), fomos organizando e monitorizando a nossa prática pedagógica, na procura das melhores respostas a cada criança, procurando desenvolver uma abordagem experiencial/inclusiva em educação. Procurámos desenvolver iniciativas que fossem ao encontro das particularidades das crianças, respeitando a sua individualidade e respondendo o melhor possível a todas elas. Ainda, utilizando o sistema de acompanhamento das crianças (SAC), acompanh ámos com mais atenção quatro crianças que nos chamaram à atenção pelas suas diferenças, procurando perceber o processo de inclusão destas crianças na instituição. O facto de serem crianças com comportamentos, atitudes e níveis de desenvolvimento diferentes ajudou-nos a melhor perceber o funcionamento da escola ao nível das suas práticas de inclusão.Concluímos que seguir uma abordagem experiencial/inclusiva em educação levanta muitos desa os e exige um esforço constante. É algo que não é simples nem linear. Para conseguirmos ser bem-sucedidos é necessário re etir constantemente sobre o nosso trabalho, com atenção ao modo como as crianças se sentem na escola, e agindo no sentido de responder bem a todas elas. Em relação à escola onde este estudo foi realizado, é visível o cuidado com a integração de crianças estrangeiras e com NEE, bem como a preocupa- ção em ouvir-se as crianças e em atender aos seus interesses. No entanto, existem ainda alguns desa os que se levantam, nomeadamente ao nível da compatibilização da ideia de inclusão com aspetos como o cumprimento do currículo ou preparação para exames. Neste âmbito, acompanhamento mais individualizado, investimento em estratégias diferenciadas de ensino, diálogo sensível, atento e empático com as crianças a guram-se como elementos cruciais no processo de inclusão.Inclusive education can be understood as a practice performed by a school that intends to respond well to all children, taking into consideration the cognitive, emotional, sensorial and motor needs of all children. Following this line of thought, it is crucial to pay attention to the child's experience, which is understood in terms of emotional well-being and involvement. In the process of nding the best way to work with each child, it is important to evaluate the quality of the educational conditions considering their degree of stimulation, the respect for the children's autonomy and the adult's sensibility. In this report, we present a qualitative and interpretative case-study that aimed (i) to provide a description of an education setting where we did our internship bearing in mind the concept of inclusive education and also (ii) explore possible ways to work in a more di erentiated and inclusive manner. With that in mind, we de ne three questions which guide our study: Is the school an inclusive setting? Which di culties and challenges arise? How can we work in a more inclusive way? Using some general organizational indicators for monitoring the process of inclusion in school (DGIDC, 2011), we tried to understand how the entire school organizes itself to work in a more inclusive way. Furthermore, based on a contextualization to primary school of the monitoring system of children (SAC) developed by Portugal and Laevers (2010), we developed our pedagogical practice looking for the best responses to each child, trying to adopt an experiential and inclusive education approach. We sought to develop initiatives adapted to the speci c needs of the children, respecting their individuality and responding as good as possible to all of them. Still applying the children's monitoring system (SAC), we chose to follow more attentively four children who called our attention due to their di erences, trying to understand their inclusion process in the school. The fact that they all had di erent behaviors, attitudes and development levels, helped us to better understand the dynamics of the school concerning children's inclusion. We concluded that following an experiential/inclusive approach in education is a challenging experience, demanding a constant e ort. It is a process neither simple nor linear. To be successful, it is necessary to constantly re ect about our work, paying attention to the way children feel in school and trying to respond well to all of them. In regard to the school where this study took place, the concern with the integration of foreign children and children with special needs is visible, along with the concern to listen to the children and meet their interests. However, there are still some challenges that arise, like articulating inclusive practices with aspects as the curriculum accomplishment or exam preparation. In this context, a more individualized support, the usage of more di erentiated teaching strategies, sensitive, attentive and empathetic dialog with the children seem to be crucial elements in the inclusion process.Universidade de Aveiro2017-04-06T11:50:21Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/17189TID:201577763porIglésias, Isabel Sofia Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:32:54Zoai:ria.ua.pt:10773/17189Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:52:23.076765Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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