(re)Descobrir o espaço exterior na Educação Pré-escolar: por onde começar?

• Autor(a) principal: Cavalheiro, Aléxia da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3190
• topic: Educação Pré-escolar; Espaço exterior; Natureza; Brincar e aprender na Natureza; Preschool education; Outdoor; Nature; Playing and learning in Nature

O presente relatório foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisiona do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O trabalho investigativo contou com a participação de um grupo de crianças em idade Pré-escolar e focou-se na caracterização do espaço exterior de um Jardim de Infância com o intuito de, posteriormente, fazer uma reflexão sobre as suas potencialidades e seus contributos para o desenvolvimento de aprendizagens significativas. Desta forma, foram definidos três objetivos para o trabalho de investigação: (a) caracterizar o espaço exterior de uma instituição pública de ensino de Educação Pré-escolar; (b) conhecer as ideias das crianças para melhorar o espaço exterior; e (c) elaborar e implementar um plano de intervenção no espaço exterior com base na avaliação inicial e nas ideias das crianças. A metodologia utilizada foi qualitativa, interpretativa e descritiva, tendo sido utilizados como instrumentos de recolha de dados a Grelha de Observação de Espaços Exteriores em Educação de Infância: GO–Exterior (Bento, 2020), a observação, os registos fotográficos e audiovisuais, os registos das crianças e a entrevista de grupos focais. A análise dos dados permitiu caracterizar o espaço exterior e concluir que este apresenta algumas das condições necessárias para a concretização das potencialidades pedagógicas de brincar no espaço exterior, ainda que a pontuação global dos itens avaliados não seja muito elevada (61,6%). Permitiu, também, evidenciar aspetos com pontuação mais baixa, como a acessibilidade (42,8%), a aparência global e identidade e a dimensão (50%), e de pontuação mais elevada, como o estilo do adulto e rotinas (77%), a manutenção e segurança e oportunidades de ação (75%). Face aos dados recolhidos foi definido e implementado um plano de melhoria que procurou dar resposta a algumas das lacunas encontradas, não esquecendo as ideias das crianças, como, por exemplo, a criação de um laboratório para a exploração de elementos da natureza e pintura de jogos no recreio. Estas atividades permitiram explorar diversos elementos da natureza e mostraram motivar as crianças para a aprendizagem.