Avaliar a Possibilidade de Emprego de Munição Real no Treino de Combate em Áreas Urbanas no Exército Português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, David Baptista
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/37821
Resumo: motivarem a “dar sempre o meu máximo, na mínima tarefa que faço.” vi RESUMO O objetivo do presente Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) é analisar a necessidade, possibilidade e diferentes opções para a implementação de infraestruturas e tecnologias de treino de Combate em Áreas Edificadas (CAU) com munição real, nas unidades de formação, particularmente na Escola das Armas no Centro de Formação e Treino de Combate em Áreas Urbanas (CFT CAU), nas Unidades Operacionais e para treino das Forças Nacionais Destacadas (FND) do Exército Português. De forma a perceber o ponto de situação atual do Exército Português e do estado da arte em Portugal sobre o tema, foi primariamente analisado o correntemente aplicado como método de treino de CAU e os meios que se apresentam disponíveis nas unidades de formação. De seguida, recorreu-se a uma análise às infraestruturas e tecnologias para esta tipologia de treino, utilizadas em países pertencentes à NATO, de referência na área do Combate em Áreas Urbanas e a países e instituições internacionais que se destacam neste campo. Após essa investigação à atualidade do treino de CAU nesses centros de referência, foram realizadas entrevistas, com três guiões diferentes, cada um direcionado a oficiais com funções numa área do Exército onde identifiquem as necessidades de treino. O primeiro guião, destinado a oficiais relacionados com o desenvolver e a formação no CFT CAU, conhecido como “Aldeia de Camões”, na Escola das Armas, de forma a identificar os requisitos a cumprir para a implementação desta forma de treino e a avaliar a possibilidade da implementação destas tecnologias no CFT CAU. O segundo, destinado a oficiais que foram comandantes de companhias em FND no Teatro de Operações (TO) do Afeganistão e da República Centro Africana, a fim de identificar as necessidades de treino das FND na área do CAU, a necessidade do uso de munição real neste treino e a comparação com os métodos que foi possível aplicar no aprontamento da força. E o terceiro guião, destinado a oficiais das Operações Especiais, peritos na área do combate em áreas urbanas, sendo a força que mais o treina e em que o seu modus operandi é baseado na aplicação das técnicas mais avançadas de combate em todas as tipologias de terreno, com destaque para o combate em espaços confinados. Foram também realizados testes balísticos, na fase experimental, às borrachas balísticas (ballistic rubber) que, juntamente com placas de aço balístico, formam a blindagem das “Shooting House” e das carreiras de tiro internas dos centros de treino mais vii avançados a nível mundial, existentes também na carreira de tiro interna da Polícia Judiciária e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública (PSP) e no Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE) da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nestes testes, para além das borrachas desenvolvidas por empresas de referência na área da defesa, foram testadas borrachas recicladas por empresas portuguesas, para uma possível futura parceria com o Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL), o Exército Português essas empresas, no desenvolvimento de borrachas para esses fins em Portugal, de forma a reduzir os custos e promover o desenvolvimento da indústria militar portuguesa, os centros de investigação do Exército Português neste caso. Durante os testes balísticos, os resultados de ambas as tecnologias foram positivos, sendo que as borrachas profissionais apresentavam uma melhor regeneração e menor desgaste que as recicladas, que também realizaram com distinção a dissipação da energia e o eliminar a possibilidade de ricochetes e estilhaços a ser projetados para zonas de perigo. Com os resultados obtidos nesta investigação, foi através da sua análise, concluído que atualmente, devido à tipologia de combate com que os militares portugueses se deparam atualmente nos teatros de operações e cada vez mais vão encontrar em situações futuras, o treino de CAU com munição real é uma necessidade básica na preparação das forças operacionais. Foram também destacadas as lacunas neste treino, devido à falta de meios para um treino completo das forças nesta área, levando os militares das FND a experimentar várias situações de combate em zonas urbanizadas pela primeira vez quando se encontram na efetividade do combate com o inimigo, e à Força de Operações Especiais, a ter que recorrer a forças fora do Exército para a possibilidade de um treino mais completo, dependendo destas para a formação dos seus militares. A nível de tecnologias para a realização de tiro em espaços confinados, foi destacada a necessidade da criação de uma “Shooting House”, idealmente com aço balístico e ballistic rubber, com características modulares e com captura de imagem e som a cobrir todas as instalações, e devido a limitações monetárias, à opção da aquisição de uma “Shooting House” em Hesco Bastion, atualmente em processo de proposta de aquisição à SODARCA pelo 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Este complexo conta com uma carreira de tiro para armas ligeiras em Hesco Bastion e junto a esta, uma “Shooting House” não modular na mesma tecnologia, que permite a execução de tiro com viii o armamento orgânico das secções de atiradores, em alvos, que idealmente estão montados em Bullet Traps de forma a não desgastar as paredes do complexo de treino. Foi também destacada a necessidade da aquisição de sistemas de Munição Real Menos Letal de treino, Simunition ou UTM, tanto em separado como em conjunto com a “Shooting House”, para a possibilidade de para além de treino Force-on-Target, a prática de treino Force-on-force, atualmente impossível no Exército Português com o disparo de munição real, treino este que se demonstra como o mais realista e mais versátil devido à existência de uma força opositora, treinada, que age e reage como qualquer inimigo que esta força possa encontrar em operações reais. Capacita também as unidades operacionais o treino de Shoot/no Shoot, que é extremamente necessário para as operações da atualidade onde o inimigo se mascara no meio da população e os militares têm que decidir numa fração de segundo, se a pessoa do outro lado do cano da sua arma é uma ameaça ou um civil que está no local errado à hora errada
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De forma a perceber o ponto de situação atual do Exército Português e do estado da arte em Portugal sobre o tema, foi primariamente analisado o correntemente aplicado como método de treino de CAU e os meios que se apresentam disponíveis nas unidades de formação. De seguida, recorreu-se a uma análise às infraestruturas e tecnologias para esta tipologia de treino, utilizadas em países pertencentes à NATO, de referência na área do Combate em Áreas Urbanas e a países e instituições internacionais que se destacam neste campo. Após essa investigação à atualidade do treino de CAU nesses centros de referência, foram realizadas entrevistas, com três guiões diferentes, cada um direcionado a oficiais com funções numa área do Exército onde identifiquem as necessidades de treino. O primeiro guião, destinado a oficiais relacionados com o desenvolver e a formação no CFT CAU, conhecido como “Aldeia de Camões”, na Escola das Armas, de forma a identificar os requisitos a cumprir para a implementação desta forma de treino e a avaliar a possibilidade da implementação destas tecnologias no CFT CAU. O segundo, destinado a oficiais que foram comandantes de companhias em FND no Teatro de Operações (TO) do Afeganistão e da República Centro Africana, a fim de identificar as necessidades de treino das FND na área do CAU, a necessidade do uso de munição real neste treino e a comparação com os métodos que foi possível aplicar no aprontamento da força. E o terceiro guião, destinado a oficiais das Operações Especiais, peritos na área do combate em áreas urbanas, sendo a força que mais o treina e em que o seu modus operandi é baseado na aplicação das técnicas mais avançadas de combate em todas as tipologias de terreno, com destaque para o combate em espaços confinados. Foram também realizados testes balísticos, na fase experimental, às borrachas balísticas (ballistic rubber) que, juntamente com placas de aço balístico, formam a blindagem das “Shooting House” e das carreiras de tiro internas dos centros de treino mais vii avançados a nível mundial, existentes também na carreira de tiro interna da Polícia Judiciária e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública (PSP) e no Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE) da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nestes testes, para além das borrachas desenvolvidas por empresas de referência na área da defesa, foram testadas borrachas recicladas por empresas portuguesas, para uma possível futura parceria com o Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL), o Exército Português essas empresas, no desenvolvimento de borrachas para esses fins em Portugal, de forma a reduzir os custos e promover o desenvolvimento da indústria militar portuguesa, os centros de investigação do Exército Português neste caso. Durante os testes balísticos, os resultados de ambas as tecnologias foram positivos, sendo que as borrachas profissionais apresentavam uma melhor regeneração e menor desgaste que as recicladas, que também realizaram com distinção a dissipação da energia e o eliminar a possibilidade de ricochetes e estilhaços a ser projetados para zonas de perigo. Com os resultados obtidos nesta investigação, foi através da sua análise, concluído que atualmente, devido à tipologia de combate com que os militares portugueses se deparam atualmente nos teatros de operações e cada vez mais vão encontrar em situações futuras, o treino de CAU com munição real é uma necessidade básica na preparação das forças operacionais. Foram também destacadas as lacunas neste treino, devido à falta de meios para um treino completo das forças nesta área, levando os militares das FND a experimentar várias situações de combate em zonas urbanizadas pela primeira vez quando se encontram na efetividade do combate com o inimigo, e à Força de Operações Especiais, a ter que recorrer a forças fora do Exército para a possibilidade de um treino mais completo, dependendo destas para a formação dos seus militares. A nível de tecnologias para a realização de tiro em espaços confinados, foi destacada a necessidade da criação de uma “Shooting House”, idealmente com aço balístico e ballistic rubber, com características modulares e com captura de imagem e som a cobrir todas as instalações, e devido a limitações monetárias, à opção da aquisição de uma “Shooting House” em Hesco Bastion, atualmente em processo de proposta de aquisição à SODARCA pelo 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Este complexo conta com uma carreira de tiro para armas ligeiras em Hesco Bastion e junto a esta, uma “Shooting House” não modular na mesma tecnologia, que permite a execução de tiro com viii o armamento orgânico das secções de atiradores, em alvos, que idealmente estão montados em Bullet Traps de forma a não desgastar as paredes do complexo de treino. Foi também destacada a necessidade da aquisição de sistemas de Munição Real Menos Letal de treino, Simunition ou UTM, tanto em separado como em conjunto com a “Shooting House”, para a possibilidade de para além de treino Force-on-Target, a prática de treino Force-on-force, atualmente impossível no Exército Português com o disparo de munição real, treino este que se demonstra como o mais realista e mais versátil devido à existência de uma força opositora, treinada, que age e reage como qualquer inimigo que esta força possa encontrar em operações reais. Capacita também as unidades operacionais o treino de Shoot/no Shoot, que é extremamente necessário para as operações da atualidade onde o inimigo se mascara no meio da população e os militares têm que decidir numa fração de segundo, se a pessoa do outro lado do cano da sua arma é uma ameaça ou um civil que está no local errado à hora erradaBorges, José Alberto de JesusBrigas, Hugo Rodrigo Paulino SilvanoRepositório ComumLima, David Baptista2021-10-26T13:47:45Z2021-09-302021-10-262021-09-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/37821TID:202774414porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:16:07Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/37821Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:55:06.753285Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Foram também realizados testes balísticos, na fase experimental, às borrachas balísticas (ballistic rubber) que, juntamente com placas de aço balístico, formam a blindagem das “Shooting House” e das carreiras de tiro internas dos centros de treino mais vii avançados a nível mundial, existentes também na carreira de tiro interna da Polícia Judiciária e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública (PSP) e no Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE) da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nestes testes, para além das borrachas desenvolvidas por empresas de referência na área da defesa, foram testadas borrachas recicladas por empresas portuguesas, para uma possível futura parceria com o Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL), o Exército Português essas empresas, no desenvolvimento de borrachas para esses fins em Portugal, de forma a reduzir os custos e promover o desenvolvimento da indústria militar portuguesa, os centros de investigação do Exército Português neste caso. Durante os testes balísticos, os resultados de ambas as tecnologias foram positivos, sendo que as borrachas profissionais apresentavam uma melhor regeneração e menor desgaste que as recicladas, que também realizaram com distinção a dissipação da energia e o eliminar a possibilidade de ricochetes e estilhaços a ser projetados para zonas de perigo. Com os resultados obtidos nesta investigação, foi através da sua análise, concluído que atualmente, devido à tipologia de combate com que os militares portugueses se deparam atualmente nos teatros de operações e cada vez mais vão encontrar em situações futuras, o treino de CAU com munição real é uma necessidade básica na preparação das forças operacionais. Foram também destacadas as lacunas neste treino, devido à falta de meios para um treino completo das forças nesta área, levando os militares das FND a experimentar várias situações de combate em zonas urbanizadas pela primeira vez quando se encontram na efetividade do combate com o inimigo, e à Força de Operações Especiais, a ter que recorrer a forças fora do Exército para a possibilidade de um treino mais completo, dependendo destas para a formação dos seus militares. A nível de tecnologias para a realização de tiro em espaços confinados, foi destacada a necessidade da criação de uma “Shooting House”, idealmente com aço balístico e ballistic rubber, com características modulares e com captura de imagem e som a cobrir todas as instalações, e devido a limitações monetárias, à opção da aquisição de uma “Shooting House” em Hesco Bastion, atualmente em processo de proposta de aquisição à SODARCA pelo 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Este complexo conta com uma carreira de tiro para armas ligeiras em Hesco Bastion e junto a esta, uma “Shooting House” não modular na mesma tecnologia, que permite a execução de tiro com viii o armamento orgânico das secções de atiradores, em alvos, que idealmente estão montados em Bullet Traps de forma a não desgastar as paredes do complexo de treino. Foi também destacada a necessidade da aquisição de sistemas de Munição Real Menos Letal de treino, Simunition ou UTM, tanto em separado como em conjunto com a “Shooting House”, para a possibilidade de para além de treino Force-on-Target, a prática de treino Force-on-force, atualmente impossível no Exército Português com o disparo de munição real, treino este que se demonstra como o mais realista e mais versátil devido à existência de uma força opositora, treinada, que age e reage como qualquer inimigo que esta força possa encontrar em operações reais. Capacita também as unidades operacionais o treino de Shoot/no Shoot, que é extremamente necessário para as operações da atualidade onde o inimigo se mascara no meio da população e os militares têm que decidir numa fração de segundo, se a pessoa do outro lado do cano da sua arma é uma ameaça ou um civil que está no local errado à hora errada
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