Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Junior, Talmy Tercio Ribeiro da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/4245
Resumo: O presente estudo avalia a possibilidade da execução da pena antes do trânsito em julgado, tendo como contraponto o princípio constitucional da presunção de inocência, positivado nas mais diversas cartas constitucionais dos Estados bem como, instituído no art. 5°, LVII, da Constituição Brasileira de 1988. Levando em consideração o pressuposto de que o arguido é inocente e de que ao autor da ação cabe provar sua culpabilidade, até ocorrer o trânsito em julgado da ação penal, este não poderia ser submetido ao cumprimento de pena. Ressalte -se que a decisão condenatória antes do transito em julgado é passível de mudança, até esgotar todos os recursos legais cabíveis. O cerne da controvérsia está na possível violação, ou não, do princípio da presunção de inocência face ao entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, no qual entendeu constitucional a execução provisória da pena privativa de liberdade após o julgamento em segunda instância, antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Por outro lado, apresentamos a previsão constitucional da presunção de inocência, esclarecendo que se trata de uma garantia fundamental e uma conquista histórica que protege o direito de liberdade. Torna-se imprescindível compreender como os Estados passaram a sedimentar a construção deste entendimento, na positivação da garantia constitucional da presunção de inocência, da duração razoável do processo no direito comparado europeu, bem como, conhecer como o direito português trata a presunção de inocência e a execução provisória da pena privativa de liberdade. Neste sentido, buscamos compreender também, na concepção da legislação portuguesa, o posicionamento judicial para aplicação da execução provisória da pena antes do transito em julgado, tendo como parte integrante do estudo desta dissertação. Para isto, discorremos sobre os pontos fundamentais dos princípios constitucionais garantidores das liberdades individuais, seus requisitos essenciais e a possibilidade de prisão do acusado submetidos a uma condenação criminal antes de transitar em julgado a ação penal.
id RCAP_f2fed8849f8f35b2a264207c971968ed
oai_identifier_str oai:repositorio.ual.pt:11144/4245
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileiraPresunção de inocênciaDuração razoável do processoExecução provisória da penaDireito a liberdadeO presente estudo avalia a possibilidade da execução da pena antes do trânsito em julgado, tendo como contraponto o princípio constitucional da presunção de inocência, positivado nas mais diversas cartas constitucionais dos Estados bem como, instituído no art. 5°, LVII, da Constituição Brasileira de 1988. Levando em consideração o pressuposto de que o arguido é inocente e de que ao autor da ação cabe provar sua culpabilidade, até ocorrer o trânsito em julgado da ação penal, este não poderia ser submetido ao cumprimento de pena. Ressalte -se que a decisão condenatória antes do transito em julgado é passível de mudança, até esgotar todos os recursos legais cabíveis. O cerne da controvérsia está na possível violação, ou não, do princípio da presunção de inocência face ao entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, no qual entendeu constitucional a execução provisória da pena privativa de liberdade após o julgamento em segunda instância, antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Por outro lado, apresentamos a previsão constitucional da presunção de inocência, esclarecendo que se trata de uma garantia fundamental e uma conquista histórica que protege o direito de liberdade. Torna-se imprescindível compreender como os Estados passaram a sedimentar a construção deste entendimento, na positivação da garantia constitucional da presunção de inocência, da duração razoável do processo no direito comparado europeu, bem como, conhecer como o direito português trata a presunção de inocência e a execução provisória da pena privativa de liberdade. Neste sentido, buscamos compreender também, na concepção da legislação portuguesa, o posicionamento judicial para aplicação da execução provisória da pena antes do transito em julgado, tendo como parte integrante do estudo desta dissertação. Para isto, discorremos sobre os pontos fundamentais dos princípios constitucionais garantidores das liberdades individuais, seus requisitos essenciais e a possibilidade de prisão do acusado submetidos a uma condenação criminal antes de transitar em julgado a ação penal.2019-06-21T15:04:12Z2019-06-07T00:00:00Z2019-06-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/4245TID:202256758porSilva Junior, Talmy Tercio Ribeiro dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:13:05Zoai:repositorio.ual.pt:11144/4245Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:32:31.374173Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
title Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
spellingShingle Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
Silva Junior, Talmy Tercio Ribeiro da
Presunção de inocência
Duração razoável do processo
Execução provisória da pena
Direito a liberdade
title_short Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
title_full Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
title_fullStr Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
title_full_unstemmed Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
title_sort Execução provisória da pena: desproporcionalidade em face do princípio da presunção de inocência e da duração razoável do processo na ótica da legislação portuguesa e brasileira
author Silva Junior, Talmy Tercio Ribeiro da
author_facet Silva Junior, Talmy Tercio Ribeiro da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva Junior, Talmy Tercio Ribeiro da
dc.subject.por.fl_str_mv Presunção de inocência
Duração razoável do processo
Execução provisória da pena
Direito a liberdade
topic Presunção de inocência
Duração razoável do processo
Execução provisória da pena
Direito a liberdade
description O presente estudo avalia a possibilidade da execução da pena antes do trânsito em julgado, tendo como contraponto o princípio constitucional da presunção de inocência, positivado nas mais diversas cartas constitucionais dos Estados bem como, instituído no art. 5°, LVII, da Constituição Brasileira de 1988. Levando em consideração o pressuposto de que o arguido é inocente e de que ao autor da ação cabe provar sua culpabilidade, até ocorrer o trânsito em julgado da ação penal, este não poderia ser submetido ao cumprimento de pena. Ressalte -se que a decisão condenatória antes do transito em julgado é passível de mudança, até esgotar todos os recursos legais cabíveis. O cerne da controvérsia está na possível violação, ou não, do princípio da presunção de inocência face ao entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, no qual entendeu constitucional a execução provisória da pena privativa de liberdade após o julgamento em segunda instância, antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Por outro lado, apresentamos a previsão constitucional da presunção de inocência, esclarecendo que se trata de uma garantia fundamental e uma conquista histórica que protege o direito de liberdade. Torna-se imprescindível compreender como os Estados passaram a sedimentar a construção deste entendimento, na positivação da garantia constitucional da presunção de inocência, da duração razoável do processo no direito comparado europeu, bem como, conhecer como o direito português trata a presunção de inocência e a execução provisória da pena privativa de liberdade. Neste sentido, buscamos compreender também, na concepção da legislação portuguesa, o posicionamento judicial para aplicação da execução provisória da pena antes do transito em julgado, tendo como parte integrante do estudo desta dissertação. Para isto, discorremos sobre os pontos fundamentais dos princípios constitucionais garantidores das liberdades individuais, seus requisitos essenciais e a possibilidade de prisão do acusado submetidos a uma condenação criminal antes de transitar em julgado a ação penal.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-06-21T15:04:12Z
2019-06-07T00:00:00Z
2019-06-07
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11144/4245
TID:202256758
url http://hdl.handle.net/11144/4245
identifier_str_mv TID:202256758
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136805483708416