Estratégia de Construção de Competências no Complexo Têxtil: Estudo sobre a Influência de Aspectos Identitários e Culturais.

• Autor(a) principal: Lima, Reginaldo de Jesus Carvalho
• Data de Publicação: 2012
• Outros Autores: Barbosa, Allan Claudius Queiroz, Baeta, Adelaide Maria Coelho, Giroletti, Domingos Antônio
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Ibero Americana de Estratégia - RIAE
• Texto Completo: https://periodicos.uninove.br/riae/article/view/15092
• topic: Competências; Estratégia; Complexo Têxtil.; Competences; Strategy; Textile Complex; Competencias; Estrategia; Complejo Textil

Este artigo discute o perfil de mão de obra remanescente da indústria têxtil como fator estratégico na construção de competências em empresas do setor. Investiga como traços identitários e culturais, adquiridos pela força de trabalho em organizações seculares, afetaram a dinâmica produtiva. A discussão justifica-se num contexto de precariedade do trabalho em que se buscam diferenciais competitivos. O referencial teórico sustenta-se num eixo reflexivo que prioriza a aproximação entre temas complementares. O artigo fundamenta-se em pesquisa exploratória e qualitativa, realizada pelo método de casos múltiplos (Yin, 2005), que envolveu cotonifícios e facções têxteis nas microrregiões de Curvelo e de Diamantina, em Minas Gerais. O corpus de pesquisa constituiu-se de 51 respondentes em nível diretivo e operacional. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, entre outubro de 2009 e março de 2010. Para tratamento de dados utilizou-se o software NVIVO e Análise de Conteúdo, com base em categorias e contagem de frequência (Bardin, 1979). Os resultados revelaram que, do ponto de vista estrutural, a absorção de mão de obra preparada, em termos técnicos e disciplinares, representou uma alternativa de conformação dos trabalhadores e de estabilização do processo produtivo. Sobre as dimensões formativa e relacional, constatou-se que a aprendizagem ocorria, basicamente, por meio de tutores experientes. Conclui-se que a construção de competências decorria de uma estratégia deliberada que conjugava, no espaço de trabalho, aspectos históricos, sociais e familiares.DOI:10.5585/riae.v11i2.1844