Manifestação do Darwinismo Social na Eugenia e suas implicações para o ensino de Ciências e Biologia

• Autor(a) principal: Monteiro, Flávia Leite
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFSCAR
• Texto Completo: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/15154
• topic: Ensino; Genética; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM; Teaching; Genetics

Desde os primórdios da sociedade, formas de segregação e hierarquização entre povos foi naturalizado pelo ser humano. Com o desenvolvimento da ciência moderna, começou a se buscar argumentos científicos que pudessem justificar a marginalização de determinados grupos na sociedade. É nesse contexto que surge o Darwinismo Social e suas vertentes, entre elas, a eugenia. O pensamento eugenista prega que existe um tipo eugênico ideal, e que, através da seleção artificial seria possível a criação de um ser humano melhorado. O movimento eugenista foi muito forte durante as primeiras décadas do século XX, no entanto, é um equívoco acreditar que o discurso eugenista não é mais reproduzido nos dias de hoje. O trabalho atual busca compreender em que medida a abordagem crítica de discussões eugênicas nas aulas de ciências e biologia pode contribuir para a superação das tentativas de naturalizar preconceitos socioculturais. Para isso foi discutido o papel da educação crítica na área de ciências, e como é importante a quebra com o ideal da ciência neutra e inalcançável. Também foram selecionadas frases de autores reconhecidos, através de entrevistas em jornais e revistas, livros originais dos autores e artigos científicos. Posteriormente, essas frases foram separadas em quatro categorias: determinismo genético, determinismo geográfico, higienismo e racismo científico. A metodologia escolhida foi a pesquisa de caráter qualitativo, através da pesquisa documental, para realizar a análise do discurso de alguns autores sobre uma visão sociocultural da genética e evolução. Os limites explicativos dessas frases foram trabalhados ao longo do trabalho utilizando conceitos de genética e evolução para contrapor a ideias eugenistas contidas nelas, buscando interpretar dentro do contexto cultural em que a frase foi emitida. Com o desenvolvimento do trabalho, pode-se concluir que trabalhar a eugenia em sala de aula é uma das formas de contextualizar o ensino e pode auxiliar na superação de preconceitos, transformando a realidade do educando, passo fundamental para se exercer uma educação crítica.