De armadilhas, convicções e dissensões: as relações raciais como efeito Orloff
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Afro-Asiáticos |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2002000100007 |
Resumo: | O objetivo do texto é argumentar que um dos principais problemas da interpretação dos autores em questão - Bourdieu e Wacquant - é o fato de eles não terem tomado como referência a produção brasileira sobre relações raciais, limitando-se a poucos trabalhos produzidos, exclusivamente, pela academia norte-americana. Nesse sentido, o texto destaca alguns dos importantes aspectos desconsiderados por essa escolha. Em primeiro lugar, não há um consenso na própria literatura das relações raciais no Brasil, que produziu dois modelos excludentes - por um lado, enfatizam-se as desigualdades sociais e, de outro, assevera-se a cultura - demonstrando a impossibilidade de uma imposição americana no debate. O texto demonstra ainda que, embora tenha ocorrido uma influência advinda do movimento dos direitos civis dos Estados Unidos e que as medidas de "americanização" no debate ou nas ações do período governamental atual (com o início da implementação do sistema de cotas) sejam mais visíveis, há uma política identitária anterior a uma "influência" vinda exclusivamente de fundações e intelectuais norte-americanos, como demonstram diversos estudos sobre a "viabilização da nação" nas primeiras décadas do século XX. |
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O objetivo do texto é argumentar que um dos principais problemas da interpretação dos autores em questão - Bourdieu e Wacquant - é o fato de eles não terem tomado como referência a produção brasileira sobre relações raciais, limitando-se a poucos trabalhos produzidos, exclusivamente, pela academia norte-americana. Nesse sentido, o texto destaca alguns dos importantes aspectos desconsiderados por essa escolha. Em primeiro lugar, não há um consenso na própria literatura das relações raciais no Brasil, que produziu dois modelos excludentes - por um lado, enfatizam-se as desigualdades sociais e, de outro, assevera-se a cultura - demonstrando a impossibilidade de uma imposição americana no debate. O texto demonstra ainda que, embora tenha ocorrido uma influência advinda do movimento dos direitos civis dos Estados Unidos e que as medidas de "americanização" no debate ou nas ações do período governamental atual (com o início da implementação do sistema de cotas) sejam mais visíveis, há uma política identitária anterior a uma "influência" vinda exclusivamente de fundações e intelectuais norte-americanos, como demonstram diversos estudos sobre a "viabilização da nação" nas primeiras décadas do século XX. |
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