Medicalização da diferença: aproximações entre psicologia social e antropologia da saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17319 |
Resumo: | Psicologia e antropologia fazem parte das chamadas ciências humanas. Ambas possuem diversas abordagens na produção de conhecimento, cujo interesse de pesquisa é voltado para o humano e suas múltiplas relações. Ao pensarmos especificamente em psicologia social e antropologia da saúde, podemos perceber paralelos possíveis entre seus campos de saber, através do foco dado à complexidade e dinâmica da constituição do sujeito. Tendo isso em vista, este trabalho visa tecer paralelos entre psicologia social e antropologia da saúde por meio da análise teórica das produções acerca da medicalização e da noção de diferença existentes em cada uma delas, à luz de operadores analíticos foucaultianos. Partimos da abordagem crítica acerca da temática, percebendo a medicalização como importante mecanismo de padronização e controle de modos de existência desviantes dos padrões socialmente aceitos e reproduzidos. Os marcadores dos processos de medicalização aqui analisados são os saberes médicos, a popularização dos conhecimentos e as ações de marketing para a venda de medicamentos. Para tanto, o estudo foi delineado em quatro fronteiras teóricas. Na primeira, é discutida a constituição científica da psicologia e da antropologia e sua vinculação a uma análise crítica da vida em sociedade. Na segunda fronteira teórica, buscamos discorrer acerca das noções de sujeito que são mobilizadas por cada subárea em uma perspectiva de construção, crítica e transformação. Em seguida, são analisadas as instituições que participam da disseminação da medicalização como prática social popularizada, abordando especialmente o saber médico, a educação e o marketing. Por fim, na quarta fronteira, analisamos, através das diversas noções de medicalização possíveis, como a diferença acabou sendo, historicamente, considerada algo a ser combatido, medicado, curado e apagado. A partir desta pesquisa, esperamos corroborar o debate crítico acerca da medicalização e seus vários desdobramentos e entendimentos, bem como ampliar a possibilidade de estabelecer paralelos entre essas duas subáreas das ciências humanas. |
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Medicalização da diferença: aproximações entre psicologia social e antropologia da saúdeMedicalization of differences: approximations between social psychology and health anthropologyPsicologia socialAntropologia da saúdeMedicalizaçãoDiferençaCiências Humanas - PsicologiaSocial psychologyHealth anthropologyMedicalizationDifferencePsicologia e antropologia fazem parte das chamadas ciências humanas. Ambas possuem diversas abordagens na produção de conhecimento, cujo interesse de pesquisa é voltado para o humano e suas múltiplas relações. Ao pensarmos especificamente em psicologia social e antropologia da saúde, podemos perceber paralelos possíveis entre seus campos de saber, através do foco dado à complexidade e dinâmica da constituição do sujeito. Tendo isso em vista, este trabalho visa tecer paralelos entre psicologia social e antropologia da saúde por meio da análise teórica das produções acerca da medicalização e da noção de diferença existentes em cada uma delas, à luz de operadores analíticos foucaultianos. Partimos da abordagem crítica acerca da temática, percebendo a medicalização como importante mecanismo de padronização e controle de modos de existência desviantes dos padrões socialmente aceitos e reproduzidos. Os marcadores dos processos de medicalização aqui analisados são os saberes médicos, a popularização dos conhecimentos e as ações de marketing para a venda de medicamentos. Para tanto, o estudo foi delineado em quatro fronteiras teóricas. Na primeira, é discutida a constituição científica da psicologia e da antropologia e sua vinculação a uma análise crítica da vida em sociedade. Na segunda fronteira teórica, buscamos discorrer acerca das noções de sujeito que são mobilizadas por cada subárea em uma perspectiva de construção, crítica e transformação. Em seguida, são analisadas as instituições que participam da disseminação da medicalização como prática social popularizada, abordando especialmente o saber médico, a educação e o marketing. Por fim, na quarta fronteira, analisamos, através das diversas noções de medicalização possíveis, como a diferença acabou sendo, historicamente, considerada algo a ser combatido, medicado, curado e apagado. A partir desta pesquisa, esperamos corroborar o debate crítico acerca da medicalização e seus vários desdobramentos e entendimentos, bem como ampliar a possibilidade de estabelecer paralelos entre essas duas subáreas das ciências humanas.Psychology and Anthropology are part of the so-called Human Sciences. Both have many possible approaches regarding knoledge production , whose research interest is focused on the human and human relations. When thinking specifically about Social Psychology and Health Anthropology, we can see possible parallels between their fields of knowledge, through the focus given to the complexity and dynamics of the constitution of the individual. With this in mind, this work aims to weave parallels between Social Psychology and Health Anthropology through the theoretical analysis of scientific production about medicalization and the difference existing in each of them, in light of Foucault's analytical operators. We start with a critical approach to the individual perceiving medicalization as an important mechanism for standardizing and controlling modes of existence that deviate from socially accepted and reproduced standards. The markers of medicalization processes here are the medical knowledge, its popularization and marketing actions aiming at the sale of medicines. The study was outlined in four theoretical boundaries. The first discusses the scientific constitution of Psychology and Anthropology and its link to a critical analysis of life in society. In the second theoretical frontier, we seek to discuss the notions of a individual that is mobilized by each sub-area in a perspective of construction, criticism and transformation. Then, they are analyzed as institutions that participate in the dissemination of medicalization as a popularized social practice, especially addressing medical knowledge, education and marketing. Finally, on the fourth frontier, we analyze through the various possible notions of medicalization, how the difference ended up being historically considered something to be fought, medicated, cured and erased. From this research, we hope to corroborate the critical debate about medicalization and its various developments and understandings, as well as expand the possibility of establishing parallels between these two sub-areas of the Human Sciences.Santiago, Eneida SilveiraMansano, Sonia Regina VargasSouza, Marilene Proença Rebello deBandeira, Gabriel Rocha2024-08-28T14:20:50Z2024-08-28T14:20:50Z2022-02-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17319porCCB - Departamento de Psicologia e PsicanálisePrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina127 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-29T06:04:18Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17319Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-08-29T06:04:18Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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