Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
Texto Completo: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229072 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo obter peptídeos a partir da hidrólise enzimática de proteínas de okara, microencapsular por spray drying e avaliar a estabilidade das microcápsulas. Na primeira fase, foi realizado um estudo de cinética de hidrólise enzimática das proteínas pela ação das proteases Alcalase e Flavourzyme e a combinação delas para a produção de hidrolisados de proteínas com maior capacidade antioxidante e maior conteúdo de isoflavonas agliconas. A hidrólise enzimática das proteínas de okara pela Alcalase foi mais eficiente que a Flavourzyme e resultou em um hidrolisado com maior capacidade antioxidante. Este resultado foi devido à liberação de peptídeos antioxidantes e isoflavonas e à conversão de glicosídeos de isoflavonas em agliconas. Na segunda fase, a hidrólise com Alcalase foi escolhida por apresentar melhores resultados na fase anterior. Novos ensaios foram realizados para obter as microencápsulas por spray drying, utilizando maltodextrina (MD) 10 DE e amido modificado (AM) como material de parede. Os pós foram avaliados em relação as características físico-químicas (atividade de água, densidade volumétrica, distribuição e diâmetro médio das partículas, microestrutura) e propriedades nutricionais (conteúdo de açúcares e capacidade antioxidante pela (capacidade de redução de Folin-Ciocalteau (FC), ensaios de FRAP e ABTS), e isotermas de sorção e temperatura de transição vítrea. O hidrolisado de proteína liofilizado sem a adição de material de parede foi obtido e considerado como amostra controle, visando avaliar o efeito da microencapsulação sobre as características dos pós. Em geral, não houve influência significativa do tipo de material da parede nas propriedades dos pós. No entanto, diferenças significativas foram observadas entre as amostras secas por spray dryer e as amostras controle. O processo de encapsulamento preservou a capacidade antioxidante. Além disso, devido aos açúcares e peptídeos de baixa massa molecular no hidrolisado proteico, a microencapsulação melhorou seus valores críticos de armazenamento de umidade relativa e umidade. Na etapa final, foi avaliada a estabilidade de hidrolisados proteicos de okara microencapsulados com maltodextrina 10 DE ou amido modificado, e hidrolisado não encapsulado (controle) em relação à microestrutura, capacidade antioxidante e cor das amostras durante 120 dias a 35 °C. Os resultados indicaram que o processo de microencapsulação favoreceu a integridade física das partículas. Os resultados indicaram que as microcápsulas obtidas por spray drying usando MD ou AM mantiveram a cor dos pós e apresentaram boa capacidade antioxidante pelo método ABTS e FC. |
id |
UEL_b316fa1d71b1ad205b44907c41ca18dd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:uel.br:vtls000229072 |
network_acronym_str |
UEL |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
repository_id_str |
|
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisObtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okaraObtaining and microencapsulation by spray drying of okara protein hydrolysates2019-03-21Louise Emy Kurozawa . Mara Lúcia Luiz Ribeiro Marianne Shirai Thaís de Souza Rocha Fábio YamashitaAriana JustusUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos.URLBRO presente trabalho teve como objetivo obter peptídeos a partir da hidrólise enzimática de proteínas de okara, microencapsular por spray drying e avaliar a estabilidade das microcápsulas. Na primeira fase, foi realizado um estudo de cinética de hidrólise enzimática das proteínas pela ação das proteases Alcalase e Flavourzyme e a combinação delas para a produção de hidrolisados de proteínas com maior capacidade antioxidante e maior conteúdo de isoflavonas agliconas. A hidrólise enzimática das proteínas de okara pela Alcalase foi mais eficiente que a Flavourzyme e resultou em um hidrolisado com maior capacidade antioxidante. Este resultado foi devido à liberação de peptídeos antioxidantes e isoflavonas e à conversão de glicosídeos de isoflavonas em agliconas. Na segunda fase, a hidrólise com Alcalase foi escolhida por apresentar melhores resultados na fase anterior. Novos ensaios foram realizados para obter as microencápsulas por spray drying, utilizando maltodextrina (MD) 10 DE e amido modificado (AM) como material de parede. Os pós foram avaliados em relação as características físico-químicas (atividade de água, densidade volumétrica, distribuição e diâmetro médio das partículas, microestrutura) e propriedades nutricionais (conteúdo de açúcares e capacidade antioxidante pela (capacidade de redução de Folin-Ciocalteau (FC), ensaios de FRAP e ABTS), e isotermas de sorção e temperatura de transição vítrea. O hidrolisado de proteína liofilizado sem a adição de material de parede foi obtido e considerado como amostra controle, visando avaliar o efeito da microencapsulação sobre as características dos pós. Em geral, não houve influência significativa do tipo de material da parede nas propriedades dos pós. No entanto, diferenças significativas foram observadas entre as amostras secas por spray dryer e as amostras controle. O processo de encapsulamento preservou a capacidade antioxidante. Além disso, devido aos açúcares e peptídeos de baixa massa molecular no hidrolisado proteico, a microencapsulação melhorou seus valores críticos de armazenamento de umidade relativa e umidade. Na etapa final, foi avaliada a estabilidade de hidrolisados proteicos de okara microencapsulados com maltodextrina 10 DE ou amido modificado, e hidrolisado não encapsulado (controle) em relação à microestrutura, capacidade antioxidante e cor das amostras durante 120 dias a 35 °C. Os resultados indicaram que o processo de microencapsulação favoreceu a integridade física das partículas. Os resultados indicaram que as microcápsulas obtidas por spray drying usando MD ou AM mantiveram a cor dos pós e apresentaram boa capacidade antioxidante pelo método ABTS e FC.The present work aimed to obtain peptides from the enzymatic hydrolysis of okara proteins, microencapsulate by spray drying and evaluate the stability of the microcapsules. In the first phase, a kinetic study of enzymatic hydrolysis of protein by Alcalase and Flavourzyme proteases action and their combination for the production of protein hydrolysates with higher antioxidant capacity and higher content of aglycone isoflavones. The enzymatic hydrolysis of okara proteins by Alcalase was more efficient than Flavourzyme and resulted in a hydrolysate with higher antioxidant capacity. This finding was due to the release of antioxidant peptides and isoflavones and the conversion of glycosides isoflavones to aglycones. In the second phase, Alcalase hydrolysis was chosen because it presented better results in the previous phase. New assays were performed to obtain the microcapsules by spray drying using maltodextrin (MD) 10 DE and modified starch (AM) as wall material. The powders were evaluated in relation to physical-chemical characteristics (water activity, bulk density, distribution and mean particle diameter, and microstructure) and nutritional properties (sugar content and antioxidant capacity by (reducing capacity of Folin-Ciocalteau (FC), FRAP and ABTS), and sorption isotherms and glass transition temperature. Lyophilized protein hydrolysate without the addition of wall material was obtained and considered as a control sample, aiming to evaluate the effect of microencapsulation on powders characteristics. In general, there was no significant influence of the type of wall material on the properties of powders. However, significant differences were observed between the spray dried samples and the control samples. The encapsulation process preserved the antioxidant capacity. In addition, due to the low molecular weight sugars and peptides in the protein hydrolysate, microencapsulation has improved its critical storage values for relative humidity and moisture content. In the final step, the stability of okara protein hydrolysates unencapsulated (control) and microencapsulated with maltodextrin 10 DE or modified starch was evaluated with respect to the microstructure, antioxidant capacity and color for 120 days at 35 °C. The results indicated that the microencapsulation process favored the physical integrity of the particles. The results indicated that the microcapsules obtained by spray drying using MD or AM maintained the color of the powders and presented good antioxidant capacity by the ABTS and FC method.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229072porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:31:30Zoai:uel.br:vtls000229072Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2021-03-18T15:30:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Obtaining and microencapsulation by spray drying of okara protein hydrolysates |
title |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
spellingShingle |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara Ariana Justus |
title_short |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
title_full |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
title_fullStr |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
title_full_unstemmed |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
title_sort |
Obtenção e microencapsulação por spray drying de hidrolisados proteicos de okara |
author |
Ariana Justus |
author_facet |
Ariana Justus |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Louise Emy Kurozawa . |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Mara Lúcia Luiz Ribeiro |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Marianne Shirai |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Thaís de Souza Rocha |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Fábio Yamashita |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ariana Justus |
contributor_str_mv |
Louise Emy Kurozawa . Mara Lúcia Luiz Ribeiro Marianne Shirai Thaís de Souza Rocha Fábio Yamashita |
description |
O presente trabalho teve como objetivo obter peptídeos a partir da hidrólise enzimática de proteínas de okara, microencapsular por spray drying e avaliar a estabilidade das microcápsulas. Na primeira fase, foi realizado um estudo de cinética de hidrólise enzimática das proteínas pela ação das proteases Alcalase e Flavourzyme e a combinação delas para a produção de hidrolisados de proteínas com maior capacidade antioxidante e maior conteúdo de isoflavonas agliconas. A hidrólise enzimática das proteínas de okara pela Alcalase foi mais eficiente que a Flavourzyme e resultou em um hidrolisado com maior capacidade antioxidante. Este resultado foi devido à liberação de peptídeos antioxidantes e isoflavonas e à conversão de glicosídeos de isoflavonas em agliconas. Na segunda fase, a hidrólise com Alcalase foi escolhida por apresentar melhores resultados na fase anterior. Novos ensaios foram realizados para obter as microencápsulas por spray drying, utilizando maltodextrina (MD) 10 DE e amido modificado (AM) como material de parede. Os pós foram avaliados em relação as características físico-químicas (atividade de água, densidade volumétrica, distribuição e diâmetro médio das partículas, microestrutura) e propriedades nutricionais (conteúdo de açúcares e capacidade antioxidante pela (capacidade de redução de Folin-Ciocalteau (FC), ensaios de FRAP e ABTS), e isotermas de sorção e temperatura de transição vítrea. O hidrolisado de proteína liofilizado sem a adição de material de parede foi obtido e considerado como amostra controle, visando avaliar o efeito da microencapsulação sobre as características dos pós. Em geral, não houve influência significativa do tipo de material da parede nas propriedades dos pós. No entanto, diferenças significativas foram observadas entre as amostras secas por spray dryer e as amostras controle. O processo de encapsulamento preservou a capacidade antioxidante. Além disso, devido aos açúcares e peptídeos de baixa massa molecular no hidrolisado proteico, a microencapsulação melhorou seus valores críticos de armazenamento de umidade relativa e umidade. Na etapa final, foi avaliada a estabilidade de hidrolisados proteicos de okara microencapsulados com maltodextrina 10 DE ou amido modificado, e hidrolisado não encapsulado (controle) em relação à microestrutura, capacidade antioxidante e cor das amostras durante 120 dias a 35 °C. Os resultados indicaram que o processo de microencapsulação favoreceu a integridade física das partículas. Os resultados indicaram que as microcápsulas obtidas por spray drying usando MD ou AM mantiveram a cor dos pós e apresentaram boa capacidade antioxidante pelo método ABTS e FC. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-03-21 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229072 |
url |
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229072 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos. |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
URL |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos. |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL) instacron:UEL |
instname_str |
Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
instacron_str |
UEL |
institution |
UEL |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
bcuel@uel.br|| |
_version_ |
1784990179616882688 |