O imigrante como um subversivo prático-político, possibilidade de um “novo mundo” – o projeto universal-cosmopolita dos Direitos Humanos em contraposição à Soberania territorial (The immigrant as a subversive political agent, possibility of a ...)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Carlos Enrique Ruiz
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Emancipação (Online)
Texto Completo: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/1766
Resumo: Proponho  refletir  sobre  a  seguinte  questão:  o  fenômeno  migratório e mais particularmente  a  “figura”  do(s)  imigrante(s) trazem em si uma centelha subversiva que desafia  o paradigma da Soberania territorial. Para discutir essa hipótese refiro-me, num primeiro momento, à filosofia da muralha (lógica soberana-nacional). Esta lógica diferencia negativamente o eu do outro, o cidadão nacional do estrangeiro. Num segundo momento exponho certas bases conceituais de uma lógica/filosofia oposta àquela, qual seja: a filosofia universal-cosmopolita. Faço portanto, considerações sobre essas duas lógicas (ambas dotadas de larga tradição  no pensamento político  ocidental)  e busco mostrar como o  “imigrante” pode  representar  e  fazer  aflorar  um  cosmopolitismo  utópico  que  visualiza  e defende um mundo sem fronteiras.   Palavras-chave: Migrantes. Cosmopolitismo. Soberania. Direitos humanos.     Abstract: This  article  intends  to  discuss  the  following  issues:  the  migration phenomenon  and  specifically  the  idea  that  the  migrants  bring  with  them  a subversive sparkle that challenges the territorial sovereignty paradigm. To discuss this hypothesis, our research initially refers to the philosophy of the wall (national-sovereignty). This logic distinguishes, in a negative way, the I from the Other, i.e.,the national citizen from the foreigner. At a second moment, we seek to expose certain conceptual basis of a logic/philosophy opposed to the philosophy of the wall, that is, the universal-cosmopolitan philosophy.  Finally, these two logics (both of them with a large tradition in Western political thought) are examined in an attempt to show how “migrant(s)” can represent and bring forward a utopian cosmopolitanism that hints at and promotes a world without boundaries.   Keywords: Migrants. Cosmopolitism. Sovereignty. Human rights.
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