Comunidade de aprendizagem: feminismos nas narrativas das estudantes do Ensino Médio

• Autor(a) principal: Borges, Andréia Maria Cardoso
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
• Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4211
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Estudantes do Ensino Médio; Feminismos; Comunidades de aprendizagem; Estudos feministas; bell hooks; High school students; Feminisms; Learning communities; feminist studies; bell hooks

A presente dissertação visou criar uma Comunidade de Aprendizagem segura e acolhedora, baseada no pensamento de bell hooks. Visto que os discursos feministas nos últimos anos circulam com maior frequência, formou-se uma nova geração de mulheres que se reconhecem naquele movimento social, político e filosófico. No entanto, o feminismo não pode ser pensado como único, mas como um movimento complexo, que provém de diferentes lugares e epistemologias. A problemática proposta é: como circulam as narrativas das estudantes do Ensino Médio em relação aos feminismos e seus desdobramentos num diálogo em uma comunidade de aprendizagem? Ao problematizar o tema feminismos nas narrativas das estudantes, ressaltamos que estamos comprometidas com um feminismo de direito à vida, com o bem-viver e com a liberdade. Nesta pesquisa, o objetivo geral foi compreender as narrativas feministas das estudantes do Ensino Médio e seus desdobramentos no decorrer de uma comunidade de aprendizagem. Aspirando alcançar este objetivo, trazemos como objetivos específicos: (res)significar as narrativas das estudantes a partir de diferentes referências teóricas e feministas; evidenciar diferentes opressões narradas pelas estudantes e esperançar, a partir das narrativas das estudantes, outras e possíveis existências. Nosso caminho teórico e metodológico baseiam-se nos estudos feministas e nas teorizações de bell hooks. As narrativas foram produzidas por meio de comunidade de aprendizagem que é o ponto central da prática educativa da educadora. Os encontros da comunidade abordaram temas como as narrativas autobiográficas, feminismos, opressões e solidariedade feminina e participaram da comunidade dez meninas em contraturno escolar. Durante a análise foram identificadas narrativas que questionam a desigualdade de gênero na profissão, na política e no lar; narrativas do feminismo “bom” ou “ruim”; as narrativas que persistem como a mulher e o cuidado; narrativas que denunciam opressões, violência, e controle sobre o corpo; narrativas que não reconhecem violências e opressões e narrativas dos direitos das mulheres. A comunidade também foi um espaço de esperançar: a consciência racial; o acolhimento das mulheres e a imaginação. A comunidade de aprendizagem, fortaleceu os laços entre as participantes, promoveu reflexão ao compartilhar histórias e é uma forma valiosa de ensinar pensamento crítico e desafiar suposições.