childhood and children’s education: what do the teachers say?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20732 |
Resumo: | A tentativa de reunir a discussão acerca da infância sugere uma pluralidade de questões educativas e levanta problemáticas importantes no contexto da Educação Básica. Reconhecer as crianças na sua especificidade, olhá-las e indagá-las para além dos discursos produzidos sobre elas, parece ser um dos desafios hoje, quando pensamos ou praticamos a tarefa educativa na Educação Infantil. Uma questão que nos chama a atenção é a noção de infância presente na grande maioria dos discursos educacionais, qual seja da infância como inserida em um tempo cronológico, associada ao futuro, a uma menoridade duvidosa. Este trabalho busca compreender que significados e sentidos estão configurando as práticas discursivas sobre a infância, veiculadas entre os professores. Partimos da hipótese que, apesar das mudanças e do processo de ressignificação ocorridos nesse campo, inclusive em relação à própria concepção de criança e da sua formação, a escola vem ainda assumindo uma vinculação com a ideia de um vir a ser adulto, implicada com uma noção de infância tecnicamente explicada pelo conjunto de saberes. Em termos de verificação empírica, delimitamos como nosso campo investigativo os centros de Educação Infantil de uma rede pública municipal do agreste pernambucano. Reconhecendo o caráter inconcluso desta pesquisa, podemos inferir que os discursos dos professores entrevistados são habitantes das duas temporalidades e das duas infâncias. De um lado, a afirmação do mesmo, da unificação, da linearidade; do outro, a afirmação, da diferença, da novidade, do singular. Embora enunciem sentidos diferentes para a infância, eles não são excludentes. Contudo, a escola ainda carece de uma relação mais afirmativa da infância, considerando que essa instituição parece ainda fechar-se em uma visão adulta do que seriam as necessidades das crianças. Procuramos mostrar que essas necessidades ultrapassam a especificidade do ensinar e aprender na Educação Infantil, abrangendo a questão acerca da infância afirmada no contexto escolar. |
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Partimos da hipótese que, apesar das mudanças e do processo de ressignificação ocorridos nesse campo, inclusive em relação à própria concepção de criança e da sua formação, a escola vem ainda assumindo uma vinculação com a ideia de um vir a ser adulto, implicada com uma noção de infância tecnicamente explicada pelo conjunto de saberes. Em termos de verificação empírica, delimitamos como nosso campo investigativo os centros de Educação Infantil de uma rede pública municipal do agreste pernambucano. Reconhecendo o caráter inconcluso desta pesquisa, podemos inferir que os discursos dos professores entrevistados são habitantes das duas temporalidades e das duas infâncias. De um lado, a afirmação do mesmo, da unificação, da linearidade; do outro, a afirmação, da diferença, da novidade, do singular. Embora enunciem sentidos diferentes para a infância, eles não são excludentes. Contudo, a escola ainda carece de uma relação mais afirmativa da infância, considerando que essa instituição parece ainda fechar-se em uma visão adulta do que seriam as necessidades das crianças. Procuramos mostrar que essas necessidades ultrapassam a especificidade do ensinar e aprender na Educação Infantil, abrangendo a questão acerca da infância afirmada no contexto escolar.The attempt to convene a discussion about childhood suggests a plurality of educative issues and raises important problems in the context of basic education. To recognize children in their specificity, and to engage and encounter them beyond the discourses produced about them seems to be a challenge today, most especially in the field of childhood education. The large majority of educational discourses assume a notion of childhood as inserted in chronological time, associated with the future, and constituting a doubtful minority. The objective of this paper is to understand what significations and meanings are configuring the discursive practices maintained among teachers about the childhood.I start with the hypothesis that, despite the reconstitution of meaning that has occurred in the field, educators still associate the concept of childhood and its formation with the idea of becoming adult, and presume to explain the notion of childhood technically, in terms of a body of “scientific” knowledge. The research described here is based on an inquiry that took place in various Childhood Education Centers of the Public Municipal Network of the state of Pernambuco, Brazil. Although it is unfinished, this research, based on interviews, suggests that teacher discourses inhabit two discursive temporalities, and two childhoods: on the one side, the affirmation of the same, of unification, of linearity; on the other, the affirmation of difference, of novelty, of the singular. Although they enunciate different meanings for childhood, these meanings are not in themselves contradictory. They do, however, function in some way to maintain a form of schooling that lacks sensitivity to children and a more affirmative relationship to childhood in general, and which encloses itself in an adult vision of what children’s needs might be the. I try to show that those needs exceed the specificity of the teaching and learning typically encountered in schools, and to evaluate to what extent they are affirmed by scholarly notions of childhood.El intento de reunir la discusión sobre la infancia sugiere una pluralidad de cuestiones educativas y trae problemáticas importantes en el contexto de la Educación Básica. Reconocer a los niños su especificidad, mirarlos e indagarlos más allá de los discursos producidos sobre ellos, parece ser uno de los retos de hoy, cuando pensamos o practicamos la tarea educativa en la Educación infantil. Una cuestión que llama nuestra atención es la noción de infancia presente en la gran mayoría de los discursos educacionales: la infancia como inserida en un tiempo cronológico, asociada al futuro, a una menoridad dudosa. El objetivo de este trabajo consiste en comprender cuáles significados y sentidos están configurando las prácticas discursivas acerca de la infancia, vehiculadas entre los profesores. Partimos de la hipótesis que, aun con los cambios y los procesos de re-significación que ocurrieron en este campo, inclusive en relación a la propia concepción de los niños y de su formación, la escuela viene todavía asumiendo una vinculación con la idea de un llegar a ser adulto, implicada con una noción de infancia técnicamente explicada por el conjunto de saberes. En términos de verificación empírica, delimitamos como nuestro campo investigativo los Centros de Educación Infantil de la Red Pública Municipal del agreste de Pernambuco, en Brasil. Reconociendo el carácter inconcluso de esta investigación, podemos inferir que los discursos de los maestros entrevistados son habitantes de las dos temporalidades y de las dos infancias. Por un lado, la afirmación de lo mismo, de la unificación, de la linealidad; por el otro, la afirmación de la diferencia, de la novedad, del singular. Aunque enuncian sentidos diferentes para la infancia, no se excluyen. Sin embargo, la escuela todavía precisa ser sensible a una relación mas afirmativa de la infancia, considerando que esta institución parece todavía cerrarse en una visión adulta de lo que serían las necesidades de los chicos. Buscamos mostrar que estas necesidades superan la especificidad del enseñar y aprender en la Educación Infantil, alcanzando la cuestión de la infancia que es afirmada en el contexto escolar.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2013-01-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20732childhood & philosophy; Vol. 8 Núm. 16 (2012): jul./dic.; 443-458childhood & philosophy; v. 8 n. 16 (2012): jul./dez.; 443-458childhood & philosophy; Vol. 8 No. 16 (2012): july/dec.; 443-4581984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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