A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rossi, Edneia Regina
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Leal, Thiago Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Práxis Educacional (Online)
Texto Completo: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11524
Resumo: Neste artigo, analisamos a arte enquanto disciplina escolar que ocupa um lugar feito de prescrições que regulam a sua prática. As escolhas que definem conteúdos e procedimentos curriculares podem variar. Os Estados e Municípios, por meio de seus profissionais, produzem abordagens locais, amparados em diretrizes. No entanto, essas definições se sustentam em normativas que direcionam os profissionais de um lugar, feitas por um Estado que, embora tenha descentralizado as definições curriculares, não desiste de continuar regendo a sua orquestra. Diante deste contexto, a pergunta que articulou a escrita deste artigo é: Como se combinam as diferentes diretrizes que regulam a disciplina de arte: linguagem teatro no currículo formal do município de Maringá?  A metodologia de pesquisa se orientou pela análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). As prescrições curriculares foram compreendidas a partir do conceito de estratégia proposto por Certeau (1998), uma vez que elas intencionam estruturar, padronizar, ordenar, planejar, de forma racional, o terreno das práticas de ensino e aprendizagem. Em nossas considerações finais, explicitamos a disciplina de arte pertencente à cultura escolar e, portanto, balizada por elementos reguladores estruturantes. Frente aos elementos reguladores, identificam-se discrepâncias nas intenções de controle da ação dos sujeitos que recebem a prescrição curricular, sendo maior no âmbito do município, o que pode identificar a atribuição de menor autonomia aos(às) professores(as) e aos(às) estudantes. E de maior transferência de autonomia entre os entes federados, ou seja, entre os poderes dos órgãos da estrutura da administração dos sistemas educacionais públicos.
id UESB-7_3c45d5a00a6caaa06f4e69b786fe9f24
oai_identifier_str oai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/11524
network_acronym_str UESB-7
network_name_str Práxis Educacional (Online)
repository_id_str
spelling A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)El sujeto de arte y el teatro: regulación y autonomía del currículo formal (1996-2016)The subject of art and the theater: regulation and autonomy of the formal curriculum (1996-2016)cultura escolarcurrículo formalensino de artecultura escolarplan de estudios formalenseñanza del arteschool cultureformal curriculumart teachingNeste artigo, analisamos a arte enquanto disciplina escolar que ocupa um lugar feito de prescrições que regulam a sua prática. As escolhas que definem conteúdos e procedimentos curriculares podem variar. Os Estados e Municípios, por meio de seus profissionais, produzem abordagens locais, amparados em diretrizes. No entanto, essas definições se sustentam em normativas que direcionam os profissionais de um lugar, feitas por um Estado que, embora tenha descentralizado as definições curriculares, não desiste de continuar regendo a sua orquestra. Diante deste contexto, a pergunta que articulou a escrita deste artigo é: Como se combinam as diferentes diretrizes que regulam a disciplina de arte: linguagem teatro no currículo formal do município de Maringá?  A metodologia de pesquisa se orientou pela análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). As prescrições curriculares foram compreendidas a partir do conceito de estratégia proposto por Certeau (1998), uma vez que elas intencionam estruturar, padronizar, ordenar, planejar, de forma racional, o terreno das práticas de ensino e aprendizagem. Em nossas considerações finais, explicitamos a disciplina de arte pertencente à cultura escolar e, portanto, balizada por elementos reguladores estruturantes. Frente aos elementos reguladores, identificam-se discrepâncias nas intenções de controle da ação dos sujeitos que recebem a prescrição curricular, sendo maior no âmbito do município, o que pode identificar a atribuição de menor autonomia aos(às) professores(as) e aos(às) estudantes. E de maior transferência de autonomia entre os entes federados, ou seja, entre os poderes dos órgãos da estrutura da administração dos sistemas educacionais públicos.The present article analyzes art as a school subject that occupies a place made up of prescriptions that regulate its practice. The choices that define curriculum content and procedures may vary. States and Municipalities, through their professional staff, produce local approaches, supported by guidelines. However, these definitions are supported by regulations that guide the professionals from one specific place, made by a State that, despite having decentralized curricular definitions, does not give up on keeping conducting its orchestra. Given this context, the question that articulated the writing of this article is: How are the different guidelines that regulate the subject of art combined: theater language in the formal curriculum of the municipality of Maringá? The research methodology was directed by the content analysis proposed by Bardin (2016). The curriculum prescriptions were understood from the concept of strategy suggested by Certeau (1998), since they intend to reasonably structuralize, standardize, command, and plan the groundwork of teaching and learning practices. In our final considerations, we explain the subject of art that belongs to the school culture and, therefore, is guided by structuring regulatory elements. In view of the regulatory elements, it is possible to notice discrepancies in the intentions to control the action of the individuals who receive the curriculum prescription, being greater within the municipality. This can cause the attribution of less autonomy to teachers and students, as well as a higher transfer of autonomy between federated entities, that is, between the powers of the bodies in the administrative structure of public education systems.Este artículo analiza el arte como una asignatura escolar hecha por prescripciones que regulan su práctica. Las opciones que definen el contenido y los procedimientos del plan de estudios pueden variar. Los Estados y Municipios, a través de sus profesionales, producen enfoques locales, apoyados en pautas. Sin embargo, estas definiciones se sustentan en normativas que orientan a los profesionales desde un solo lugar, elaboradas por un Estado que, aunque tiene definiciones curriculares descentralizadas, no renuncia a seguir dirigiendo su orquesta. Ante este contexto, la pregunta que articuló la redacción de este artículo es: ¿cómo se combinan las distintas pautas que regulan el sujeto del arte: lenguaje de teatro en el currículo formal del municipio de Maringá? La metodología se guió por el análisis de contenido de Bardin (2016). Las prescripciones curriculares se entendieron a partir del concepto de estrategia de Certeau (1998), ya que pretenden estructurar y planificar racionalmente el terreno de las prácticas de enseñanza y aprendizaje. En nuestras consideraciones finales, explicamos que el sujeto del arte pertenece a la cultura escolar y, por tanto, está guiado por elementos normativos estructurantes. Enviándose a los elementos normativos, se identifican discrepancias en las intenciones de controlar la acción de los sujetos que reciben la prescripción curricular, siendo mayor dentro del municipio, lo que puede identificar la atribución de menor autonomía a los docentes y a) los alumnos. Y una mayor transferencia de autonomía entre entidades federadas, es decir, entre las competencias de los órganos de la estructura administrativa de los sistemas públicos de educación.Edições UESB2022-11-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoTextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/1152410.22481/praxisedu.v18i49.11524Práxis Educacional; v. 18 n. 49 (2022): Publicação contínua; e11524Práxis Educacional; Vol. 18 Núm. 49 (2022): Publicação contínua; e11524Práxis Educacional; Vol. 18 No. 49 (2022): Publicação contínua; e115242178-26791809-0249reponame:Práxis Educacional (Online)instname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)instacron:UESBporhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11524/7136Copyright (c) 2022 Práxis Educacionalhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRossi, Edneia ReginaLeal, Thiago Marques2022-11-15T12:29:56Zoai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/11524Revistahttp://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/indexPUBhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/oaipraxisedu@uesb.edu.br||2178-26791809-0249opendoar:2022-11-15T12:29:56Práxis Educacional (Online) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)false
dc.title.none.fl_str_mv A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
El sujeto de arte y el teatro: regulación y autonomía del currículo formal (1996-2016)
The subject of art and the theater: regulation and autonomy of the formal curriculum (1996-2016)
title A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
spellingShingle A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
Rossi, Edneia Regina
cultura escolar
currículo formal
ensino de arte
cultura escolar
plan de estudios formal
enseñanza del arte
school culture
formal curriculum
art teaching
title_short A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
title_full A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
title_fullStr A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
title_full_unstemmed A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
title_sort A disciplina de arte e o teatro: regulação e autonomia do currículo formal (1996-2016)
author Rossi, Edneia Regina
author_facet Rossi, Edneia Regina
Leal, Thiago Marques
author_role author
author2 Leal, Thiago Marques
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rossi, Edneia Regina
Leal, Thiago Marques
dc.subject.por.fl_str_mv cultura escolar
currículo formal
ensino de arte
cultura escolar
plan de estudios formal
enseñanza del arte
school culture
formal curriculum
art teaching
topic cultura escolar
currículo formal
ensino de arte
cultura escolar
plan de estudios formal
enseñanza del arte
school culture
formal curriculum
art teaching
description Neste artigo, analisamos a arte enquanto disciplina escolar que ocupa um lugar feito de prescrições que regulam a sua prática. As escolhas que definem conteúdos e procedimentos curriculares podem variar. Os Estados e Municípios, por meio de seus profissionais, produzem abordagens locais, amparados em diretrizes. No entanto, essas definições se sustentam em normativas que direcionam os profissionais de um lugar, feitas por um Estado que, embora tenha descentralizado as definições curriculares, não desiste de continuar regendo a sua orquestra. Diante deste contexto, a pergunta que articulou a escrita deste artigo é: Como se combinam as diferentes diretrizes que regulam a disciplina de arte: linguagem teatro no currículo formal do município de Maringá?  A metodologia de pesquisa se orientou pela análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). As prescrições curriculares foram compreendidas a partir do conceito de estratégia proposto por Certeau (1998), uma vez que elas intencionam estruturar, padronizar, ordenar, planejar, de forma racional, o terreno das práticas de ensino e aprendizagem. Em nossas considerações finais, explicitamos a disciplina de arte pertencente à cultura escolar e, portanto, balizada por elementos reguladores estruturantes. Frente aos elementos reguladores, identificam-se discrepâncias nas intenções de controle da ação dos sujeitos que recebem a prescrição curricular, sendo maior no âmbito do município, o que pode identificar a atribuição de menor autonomia aos(às) professores(as) e aos(às) estudantes. E de maior transferência de autonomia entre os entes federados, ou seja, entre os poderes dos órgãos da estrutura da administração dos sistemas educacionais públicos.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-11-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Texto
Texto
info:eu-repo/semantics/other
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11524
10.22481/praxisedu.v18i49.11524
url https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11524
identifier_str_mv 10.22481/praxisedu.v18i49.11524
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11524/7136
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Práxis Educacional
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Práxis Educacional
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Edições UESB
publisher.none.fl_str_mv Edições UESB
dc.source.none.fl_str_mv Práxis Educacional; v. 18 n. 49 (2022): Publicação contínua; e11524
Práxis Educacional; Vol. 18 Núm. 49 (2022): Publicação contínua; e11524
Práxis Educacional; Vol. 18 No. 49 (2022): Publicação contínua; e11524
2178-2679
1809-0249
reponame:Práxis Educacional (Online)
instname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
instacron:UESB
instname_str Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
instacron_str UESB
institution UESB
reponame_str Práxis Educacional (Online)
collection Práxis Educacional (Online)
repository.name.fl_str_mv Práxis Educacional (Online) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
repository.mail.fl_str_mv praxisedu@uesb.edu.br||
_version_ 1797068814515437568