O ensino de Biotecnologia na UFAM, campus Humaitá-AM

• Autor(a) principal: Alves, Leonardo Carvalho
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6419857371436763, https://orcid.org/0000-0002-5505-7181
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7992
• topic: Abordagem interdisciplinar do conhecimento; Ensino-aprendizagem; Biotecnologia - Ensino; Química (Licenciatura); Biologia (Licenciatura); CIÊNCIAS HUMANAS; Interdisciplinaridade; Percepção de Biotecnologia; Ensino-aprendizagem; Tecnologia

Nos anos 70, uma nova modalidade de produção foi estabelecida como resultado das contribuições tecnológicas, a Biotecnologia. Atualmente, é amplamente difundida nas grandes empresas/indústrias, principalmente, relacionadas com a produção de alimentos e fármacos. A Biotecnologia perdura aproximadamente 12 mil anos, desde a utilização de organismos, como prática convencional, na antiguidade, ou como Ciência após as significativas contribuições advindas da revolução industrial e avanço da tecnologia. Diante disso, considerou-se o seguinte questionamento: qual o motivo da demora em aproximar a Biotecnologia, dos conteúdos ministrados nos cursos de graduação que estão vinculados com a grande área das Ciências Naturais? Essa pesquisa objetivou analisar sob a perspectiva do Materialismo Histórico e Dialético como a Biotecnologia recebe valor mediante a abordagem dos conteúdos em um curso de Licenciatura dupla em Ciências Naturais Biologia/Química. Buscou-se avaliar a percepção dos estudantes sobre o ensino da Biotecnologia e entender como esta Ciência pode contribuir para o desenvolvimento de um pensamento crítico dos estudantes diante dos problemas que afetam a humanidade. Esta pesquisa foi desenvolvida no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA) Campus Vale do Rio Madeira da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) localizado na cidade de Humaitá- AM. Foram entrevistados, estudantes periodizados e não periodizados que cumpriram o mínimo de 60% da carga horária completa no curso de Licenciatura em Ciências: Biologia e Química, a qual totalizaram 18 estudantes. A coleta de dados foi realizada pela pesquisa bibliográfica e análise documental. E também pela observação direta extensiva, na qual, inclui-se a aplicação de questionário. Em relação ao ensino de Biotecnologia no Brasil, constatou-se que muito pouco se discute sobre o seu ensino, pois, dos trabalhos de dissertações e teses apenas 9,0% das 210 pesquisas analisadas tiveram correspondência com os descritores ensino e percepção de Biotecnologia. Tal cenário piora, quando se leva em consideração os artigos científicos, uma vez que dos 290 artigos analisados 3,4% tiveram relação com os mesmos descritores acima mencionados. Foi possível notar também, que os trabalhos pesquisados entre 2000 a 2019 destacam-se por apresentarem resultados de pesquisas experimentais aplicadas, e de opinião, todavia, não se discute a importância do processo de ensino-aprendizagem da Biotecnologia na formação de professores. Os resultados nos levam a pensar que tal situação pode ser decorrente da ínfima abordagem sobre os conteúdos de Biotecnologia nos espaços de ensino. O que nos levou a concluir que se faz necessário melhorar as abordagens de conteúdos da Biotecnologia no curso de Licenciatura em Ciências: Biologia e Química do IEAA/UFAM, pois, apesar de 88,9% dos estudantes terem afirmado saber o que é Biotecnologia, ao analisar suas afirmações, notou-se insuficiente conteúdo para expressar de fato um entendimento adequado sobre o que é Biotecnologia. Portanto, faz-se necessário dispor de um ensino teórico e prático da Biotecnologia na formação de professores, considerando a sua dimensão tecnológica nos diferentes níveis de ensino básico, mas, especificamente no ensino superior, no qual, formam-se professores com a missão de contribuir com as mudanças da realidade do ser social numa relação do saber e fazer da Ciência e Tecnologia.