Prevalência e perfil de susceptibilidade a antibióticos em bactérias de culturas de cateteres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ursula Beatriz Teixeira Andrade da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13388
Resumo: Introdução: Os cateteres representam um forte aliado de extrema relevância na terapêutica de pacientes hospitalizados, mas a utilização de técnicas cada vez mais invasivas está associada a um aumento do risco de infecção. Objetivos: Estimar a prevalência e avaliar o perfil de susceptibilidade aos antibióticos em bactérias isoladas de culturas de cateteres de pacientes internados no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (C-HUPES) de 2007 a 2011. Metodologia: Estudo retrospectivo, cujos dados (idade, sexo, data da coleta, microrganismos isolados e resultado do antibiograma) foram coletados no Laboratório de Microbiologia do C-HUPES e analisados posteriormente através do programa SPSS versão 20®. Foram incluídas no estudo todas as culturas de cateteres positivas com crescimento ≥ 15 UFC/placa de paciente internados no hospital, de ambos os sexos, sem restrição de idade. Resultados: Foram obtidas 239 culturas de cateteres, das quais 54,4% foram consideradas positivas. Das culturas positivas, 63,8% eram referentes ao sexo masculino. A idade dos pacientes variou de 0 a 87 anos. O grupo mais acometido foi o de adultos, com uma porcentagem de 63,1%. Cerca de 45,4% dos pacientes com infecção eram da Clínica Médica. As bactérias mais prevalentes foram Staphylococcus spp. coagulase negativa (26,2%), Staphylococcus spp. (14,6%) e Staphylococcus aureus (13,1%), as quais apresentaram sensibilidade de 100% à Linezolida, Teicoplanina e Vancomicina, enquanto que os antibióticos que elas apresentaram elevada resistência foram Ampicilina, Eritromicina, Oxacilina e Penicilina G. Discussão e Conclusões: Os pacientes da Clínica Médica apresentaram um maior risco de infecção devido ao maior tempo de internamento e à presença de mais comorbidades desses pacientes, fatores que exercem forte influência na proliferação da flora bacteriana. A elevada taxa de resistência a antibióticos pode ser explicada pelo seu uso indiscriminado dentro do C-HUPES e também pela capacidade adaptativa de determinadas bactérias. Atualmente, o grande desafio é conscientizar os profissionais de saúde quanto à importância do planejamento e da adoção de medidas preventivas eficazes, buscando-se com isso limitar a disseminação de bactérias resistentes e estimular o uso racional de antibióticos. Essas medidas têm sido adotadas dentro do hospital, sempre levando em consideração a segurança do paciente e a relação custo-benefício.
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Foram incluídas no estudo todas as culturas de cateteres positivas com crescimento ≥ 15 UFC/placa de paciente internados no hospital, de ambos os sexos, sem restrição de idade. Resultados: Foram obtidas 239 culturas de cateteres, das quais 54,4% foram consideradas positivas. Das culturas positivas, 63,8% eram referentes ao sexo masculino. A idade dos pacientes variou de 0 a 87 anos. O grupo mais acometido foi o de adultos, com uma porcentagem de 63,1%. Cerca de 45,4% dos pacientes com infecção eram da Clínica Médica. As bactérias mais prevalentes foram Staphylococcus spp. coagulase negativa (26,2%), Staphylococcus spp. (14,6%) e Staphylococcus aureus (13,1%), as quais apresentaram sensibilidade de 100% à Linezolida, Teicoplanina e Vancomicina, enquanto que os antibióticos que elas apresentaram elevada resistência foram Ampicilina, Eritromicina, Oxacilina e Penicilina G. Discussão e Conclusões: Os pacientes da Clínica Médica apresentaram um maior risco de infecção devido ao maior tempo de internamento e à presença de mais comorbidades desses pacientes, fatores que exercem forte influência na proliferação da flora bacteriana. A elevada taxa de resistência a antibióticos pode ser explicada pelo seu uso indiscriminado dentro do C-HUPES e também pela capacidade adaptativa de determinadas bactérias. Atualmente, o grande desafio é conscientizar os profissionais de saúde quanto à importância do planejamento e da adoção de medidas preventivas eficazes, buscando-se com isso limitar a disseminação de bactérias resistentes e estimular o uso racional de antibióticos. 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