A participação feminina no processo de inclusão escolar de crianças com deficiência visual
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15184 |
Resumo: | RESUMO O presente trabalho investigou a participação de mães e avós no processo de inclusão escolar de crianças com deficiência visual, na Educação Infantil, articulando com questões socioeconômicas e de gênero. Tratou-se de uma proposta de análise histórico-cultural das relações entre três categorias socialmente construídas – gênero, deficiência e inclusão –, tendo como foco o relato de mulheres responsáveis pelo cuidado e educação de crianças com deficiência visual. As reflexões sobre deficiência e inclusão pautaram-se nos estudos de Vygotsky sobre desenvolvimento, aprendizagem e deficiência. A perspectiva epistemológica que embasou as discussões sobre gênero e justificou a opção metodológica por priorizar o discurso feminino foi a Teoria do Ponto de Vista Feminista (Feminist Standpoint Theory). A coleta de dados foi realizada no Centro de Intervenção Precoce do Instituto de Cegos da Bahia, situado na cidade de Salvador, local onde crianças de 0 a 5 anos, que apresentavam deficiência visual, eram atendidas. A pesquisa configurou-se qualitativa, do tipo estudo de caso, e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 mulheres. Foi possível constatar, através dos relatos das entrevistadas: sobrecarga de trabalho em função de tentativas de conciliar atividade laboral, cuidados com filho, casa e atendimentos especializados; escolha da escola, matrícula e acompanhamento da inclusão vivenciados como atribuições predominantemente femininas; maternidade, falta de rede de suporte familiar e social para dividir as tarefas que envolviam as crianças e rotina de atendimentos especializados considerados fatores que excluem ou dificultam a inserção e permanência das mulheres no mercado de trabalho; baixa renda e falta de vagas na rede pública de ensino, resultando, em alguns casos, num processo precário de inclusão em escolas de pequeno porte, sem infraestrutura e sem qualificação docente; relatos de violação de direitos relativos à educação da criança com deficiência visual e atitudes de fragilidade e submissão femininas diante das situações de exclusão vivenciadas pelas crianças; reconhecimento da importância da intervenção precoce e do AEE como fatores que contribuem para qualidade do processo inclusivo. |
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Uzeda, Sheila de QuadrosUzeda, Sheila de QuadrosMiranda, Theresinha GuimarãesGalvão, Nelma de Cássia Silva SandesTorres, Cláudia Regina de Oliveira VazSilva, Luciene Maria daCosta, Valdelúcia Alves da2014-07-11T16:29:07Z2014-07-11T16:29:07Z2014-07-112013-04-17Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15184RESUMO O presente trabalho investigou a participação de mães e avós no processo de inclusão escolar de crianças com deficiência visual, na Educação Infantil, articulando com questões socioeconômicas e de gênero. Tratou-se de uma proposta de análise histórico-cultural das relações entre três categorias socialmente construídas – gênero, deficiência e inclusão –, tendo como foco o relato de mulheres responsáveis pelo cuidado e educação de crianças com deficiência visual. As reflexões sobre deficiência e inclusão pautaram-se nos estudos de Vygotsky sobre desenvolvimento, aprendizagem e deficiência. A perspectiva epistemológica que embasou as discussões sobre gênero e justificou a opção metodológica por priorizar o discurso feminino foi a Teoria do Ponto de Vista Feminista (Feminist Standpoint Theory). A coleta de dados foi realizada no Centro de Intervenção Precoce do Instituto de Cegos da Bahia, situado na cidade de Salvador, local onde crianças de 0 a 5 anos, que apresentavam deficiência visual, eram atendidas. A pesquisa configurou-se qualitativa, do tipo estudo de caso, e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 mulheres. Foi possível constatar, através dos relatos das entrevistadas: sobrecarga de trabalho em função de tentativas de conciliar atividade laboral, cuidados com filho, casa e atendimentos especializados; escolha da escola, matrícula e acompanhamento da inclusão vivenciados como atribuições predominantemente femininas; maternidade, falta de rede de suporte familiar e social para dividir as tarefas que envolviam as crianças e rotina de atendimentos especializados considerados fatores que excluem ou dificultam a inserção e permanência das mulheres no mercado de trabalho; baixa renda e falta de vagas na rede pública de ensino, resultando, em alguns casos, num processo precário de inclusão em escolas de pequeno porte, sem infraestrutura e sem qualificação docente; relatos de violação de direitos relativos à educação da criança com deficiência visual e atitudes de fragilidade e submissão femininas diante das situações de exclusão vivenciadas pelas crianças; reconhecimento da importância da intervenção precoce e do AEE como fatores que contribuem para qualidade do processo inclusivo.ABSTRACT This present study investigated mothers and grandmothers' participation in the school inclusion process of children with visual disability, in Infant Education, articulating with socio-economic and gender questions. It was about a historic-cultural proposal among three categories – gender, disability and inclusion – having as a focus the accounting of women responsible for care and education of children with visual disability. The reflections about disability and inclusion were based on Vygotsky's studies of development, learning and disability. The epistemological perspective which supported discussions on gender and justified a methodological option in prioritizing feminine discourse was the Feminist Standpoint Theory. Data collection was realized in Centro de Intervenção Precoce do Instituto de Cegos da Bahia, located in the city of Salvador, where children aged from 0 to 5 years who presented visual disability were attended. It was a qualitative case study approach and semistructured interview was done in 10 women. It was possible to note through the respondents' accountings: overload of work due to conciliation attempts of laboral activity, care of son, home and specific service; selecting school, school enrollment and inclusion follow-up seen as predominantly women's duties; maternity, lack of familiar and social support network to share duties related to children and daily routine of specialized service considered to be excluding and dificulty factors for insertion and permanence of women in the labour market; low income and lack of vacancy in public school resulting, in some cases, in deficient inclusion process in small scale schools without infrastruture and qualified docent; accountings of rights violation related to education of children with visual disability and attitudes of feminine fragility and submission in the face of exclusion situations experienced by children; acknowledgment of the importance of early intervetion and specialized educational as contributing factors to the quality of inclusive process.Submitted by sheila uzeda (sheilauzeda@yahoo.com.br) on 2014-07-10T12:43:29Z No. of bitstreams: 1 Tese_Final SHEILA UZEDA.pdf: 2396521 bytes, checksum: 88a4445f14827f7d8423a5229544ae37 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2014-07-11T16:29:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Final SHEILA UZEDA.pdf: 2396521 bytes, checksum: 88a4445f14827f7d8423a5229544ae37 (MD5)Made available in DSpace on 2014-07-11T16:29:07Z (GMT). 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