Memórias da xilogravura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47536 |
Resumo: | Este livro começou a ser feito em 1986, quando desenvolvia as pesquisas sobre folheto de cordel publicitário para o Mestrado, e fui parar, como seria de se esperar, na Lira Nordestina, antiga Tipografia São Francisco, em Juazeiro do Norte. Eu conhecera a gráfica em 1976, quando de minha primeira visita à cidade. Ela estava então em plena atividade, na época sob o comando de Maria de Jesus Diniz (1929-1988). Levei um susto, dez anos depois, tamanha a obsolescência do equipamento, quando cheguei a encontrar um ninho de ratos numa gaveta. Em meio àquele caos, pairava a figura serena e irônica de Expedito Sebastião da Silva (1928-1997), poeta e gerente do estabelecimento por mais de 40 anos. Impressionaram-me também os trabalhos de um jovem de 21 anos: José Lourenço Gonzaga. Cortando capas para cordéis, gravuras de maiores formatos ou rótulos para produtos da região (“Tempero Completo Bom Gosto”), Zé Lourenço já prometia ser o artista em que veio a se transformar com a maturidade. Ressalte-se que me aproximei do cordel por meio das artes gráficas. O tic-tac onomatopaico das máquinas me fascina até hoje. A xilogravura me remete a uma Idade Média que, graças a Deus, não está no sertão, numa simplificação fácil à qual recorrem alguns colegas de pesquisa. O sertão é atemporal e está dentro da gente, como disseram em tempos e lugares diferentes João Guimarães Rosa e Patativa do Assaré. Voltei tantas vezes a Juazeiro do Norte, entre 1986 e 2009, que até ganhei, juntamente com Oswald Barroso e Martine Kunz, o título de cidadania da cidade, recebido em 1991 com muito orgulho e a gravata emprestada de um vereador.[...] |
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