A relação pedagógica entre o professor ouvinte e o intérprete educacional de línguas de sinais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43078 |
Resumo: | A educação de surdos, ao longo de sua história, foi marcada por práticas oralistas que impediram o acesso do surdo à língua de sinais na escola. Estudos recentes, da autoria de Góes (2002), Goldfeld (2002), Lacerda (2000;2003;2009), Quadros (2007), e Silva (2008) e outros, garantem que a quisição da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelo surdo, desde a mais tenra idade, possibilita um desenvolvimento cognitivo semelhante aos seus coetâneos ouvintes. Com o reconhecimento da Libras pela Lei Federal nº 10.436, de 2002, e regulamentada pelo Decreto nº 5.626, de 2005, as instituições de ensino devem garantir ao surdo a aprendizagem dos conteúdos por meio da Língua de sinais, mediante a presença de professores proficientes nessa língua e/ou de intérpretes educacionais. Em razão dessa exigências, a contratação de intérpretes para salas de aula se faz necessária, visto que o número de professores fluentes em Libras ainda é insuficiente. Dessa forma, este trabalho utilizou-se da abordagem qualitativa e objetivou analisar a relação pedagógica existente entre professores ouvintes e intérpretes educacionais, numa sala de 6º ano do ensino fundamental com quatro alunos surdos e 16 ouvintes, de uma escola regular da Região Metropolitana de Fortaleza, cidade de Maracanaú. Para tanto, se fez um levantamento bibliográfico sobre a temática na área da surdez e um estudo de caso, fazendo observações acerca das práticas dos professores e intérpretes, em sala de aula, e entrevistas semiestruturadas com dois professores e dois intérpretes educacionais e coleta de ados sobre a Escola, durante o mês de agosto e setembro de 2010. Os resultados apontam que professores e intérpretes mantêm uma relação colaborativa, trocando informações sobre estratégias de ensino e de aprendizagem dos alunos surdos, uso de recursos visuais, comunicação em sinais pelos professores ainda restritos, considerações sobre o processo de avaliação, dentre outros. Conclui-se que esta pesquisa identificou um respeito mútuo dos profissionais, nas suas relações e práticas em sala de aula, favorecendo, portanto, um ambiente de diálogo e de troca de aprendizagem. |
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