Literatura e formação de leitores: limites e possibilidades da leitura literária na escola
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62938 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho é tecer reflexões sobre os limites e possibilidades da leitura literária no ambiente escolar. Candido (1989) defende a literatura como um bem incompressível, isto é, indispensável ao homem. No entanto, o sistema capitalista não deseja assegurar a nenhum ser humano seus direitos incompressíveis mais imediatos e indispensáveis, quanto mais os bens incompressíveis que possam levá-lo a evadir-se de sua situação de menoridade. Em virtude deste sistema, a leitura literária na escola é comprometida. Soares (1999) traz-nos um pouco da realidade a respeito de como a literatura tem chegado à escola brasileira. Ela nos mostra que o meio mais comum onde se pode ler literatura na escola é o livro didático. No entanto, inúmeras são as inadequações às quais estão submetidos os textos literários: fragmentados, de modo que não se consegue compreender sequer a constituição do texto em si; usados como pretexto apenas para estudos gramaticais; selecionados de forma muito restrita, já que muitas vezes são textos pertencentes apenas a autores considerados constituintes de um cânone. Acreditamos, com base no que diz Yunes (1984), que a literatura só por ser um componente cultural já necessita estar no ambiente escolar. Na visão da autora, a literatura, a arte de um modo geral, “se dá como alternativa do conhecimento do mundo” (YUNES, 1984, p. 126). Acreditamos que não podemos tolher da criança o direito à leitura literária, até porque ela pode começar lendo textos simples, ou até mesmo simplistas, e evoluir para textos mais consistentes. Caberá ao professor introduzir, progressivamente, leituras mais complexas na escolarização de seus alunos. Entendemos que, diante da inadequação como é colocado o texto literário nos livros didáticos escolares, também é competência do professor chamar a atenção dos alunos para tais inadequações e, na medida do possível, levar os textos literários de modo integral para a apreciação dos estudantes. |
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