A vacinação com BCG em indivíduos com hanseníase menores de 16 anos: proteção ou gatilho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Olivia Maria Paes de
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Sousa, Lorena Chagas, Silva, Rayane Lima da, Silveira, Maria Irismar da Silva, Câmara, Lília Maria Carneiro, Camara, Lilia Maria Carneiro
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48849
Resumo: INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa com evolução crônica e lenta. Acompanhar contatos de pessoas com hanseníase tem por fim quebrar a cadeia de transmissão. A BCG é uma vacina com o bacilo vivo atenuado do Mycobacterium bovis. Esta é preconizada pelo Ministério da Saúde a todos os contatos sadios de pacientes infectados. (BARRETO, 2006). Estudos mostram que a vacinação com BCG em menores de 16 anos contatos intradomiciliares de indivíduos com hanseníase, pode tanto conferir um papel protetor quanto de gatilho para o surgimento da infecção (DÜPRE, 2012) OBJETIVO: Avaliar a efetividade da administração da segunda dose de BCG em contatos menores de 16 anos de indivíduos com hanseníase no que concerne a proteção ou a indução do surgimento da doença. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, exploratório, retrospectivo e prospectivo, de abordagem quantitativa, realizado em Centro Dermatológico de Fortaleza, Ceará. Amostra: menores de 16 anos iniciando ou em tratamento contra a hanseníase, abordados de julho a setembro de 2016. RESULTADOS PARCIAIS: Coletou-se 14 indivíduos: 50% meninas e 50% meninos; 28,6% apresentavam a forma Tuberculóide; 64,3% a forma Dimorfa; e 7,1% a forma Virchowiana. Quanto a classificação operacional: 71,4% eram Multibacilar; e 28,6% Paucibacilar. Todos tomaram a primeira dose de BCG ao nascer, apesar de só 57,1% apresentarem cicatriz vacinal. Observou-se que o único paciente que tomou a segunda dose de BCG por ser contato, desenvolveu a forma Dimorfa (MB) da doença após sete meses da revacinação. Do total, 64,3% sabiam quem poderia ter-lhes transmitido a doença, mas não realizaram o protocolo de contato. CONCLUSÃO: Até o momento o número de coletas ainda não é o suficiente para termos um posicionamento quanto ao papel da segunda dose de BCG no gatilho ou não da doença, porém, percebemos que o único menor de 16 anos contato de um paciente com hanseníase acabou por desenvolvê-la sete meses após a tomada da segunda dose.
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