Agentes patogênicos e fatores de risco para infecções relacionadas à assistência à saúde em ambiente hospitalar: revisão integrativa da literatura.

• Autor(a) principal: ARAÚJO, Tainá Oliveira de.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31082
• topic: Infecções relacionadas à assistência de saúde; Fatores de risco; Segurança do paciente; Enfermagem; Healthcare-associated infections.; Risk factors; Patient safety; Nursing; Infecciones asociadas a la asistencia sanitaria; Factores de riesgo; Seguridad del paciente; Enfermería; Enfermagem.

Objetivo: Identificar na literatura os agentes patogênicos mais frequentes e os principais fatores de risco para Infecções Relacionadas à Assistência de Saúde (IRAS) em ambiente hospitalar. Método: Trata-se de uma revisão integrativa elaborada segundo as recomendações PRISMA e desenvolvida após o cumprimento de seis etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa para a elaboração da revisão integrativa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou pesquisa de literatura; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados e, apresentação da revisão/síntese do conhecimento. Elaborou-se a seguinte questão norteadora: Quais são os principais agentes patogênicos e fatores de risco para Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em ambiente hospitalar? A busca foi realizada na base de dados PubMed Central, Web of Science, LILACS e Scorpus, compreendendo o período de maio à junho de 2023. Para a busca de artigos, foram selecionados descritores controlados, após consulta aos vocabulários nos Descritores em Ciências da Saúde (DeSC) e no Medical Subject Headings (MESH), “equipe de assistência ao paciente”, “pacientes internados”, “infecção hospitalar”, “assistência hospitalar” e “hospitalização”, nos idiomas inglês e português. Utilizou-se o intervalo temporal de 2018 à 2023, e foram excluídos artigos que não respondiam à questão norteadora. Foram identificados 1.480 artigos. A amostra foi composta por dezoito artigos. Resultados: Os principais microrganismos associados à etiologia das IRAS são a Pseudomonas aeruginosa (55,6%) Staphylococcus aureus resistente à meticilina (44,5%), Klebsiella pneumoniae (38,9%), Acinetobacter baumannii (33,3%) e Clostridioides difficile (27,8%). Já os principais fatores de risco identificados foram: comorbidades (72,2%); múltiplos procedimentos invasivos (66,7%); internação na UTI (55,6%); tempo de internação prolongado (55,6%) e uso indevido ou inadequado de antimicrobianos (50%). Conclusão: Os microrganismos mais frequentemente associados as IRAs foram as bactérias, embora a maioria das vezes não patogênicos eles são capazes de rapidamente superarem a baixa resistência dos pacientes imunodeprimidos causando doenças infecciosas. As IRAS podem ter fatores de risco relacionados ao indivíduo, condições prévias de saúde e a assistência dos profissionais de saúde. A identificação de microrganismos mais frequentemente relacionados as IRAS auxilia na escolha da terapia antimicrobiana apropriada, bem como, o conhecimento de fatores de risco para esses eventos adversos é importante para identificação de subgrupos mais vulneráveis. Assim, a implementação de ações de educação permanente em saúde sobre a temática é essencial, além da necessidade da implementação de protocolos com medidas preventivas para IRAS e o aprimoramento das práticas de biossegurança no ambiente hospitalar são fundamentais para reduzir a incidência dessas infecções, garantindo qualidade na assistência e segurança do paciente.