Enriquecimento protéico de resíduos de acerola com Saccharomyces cerevisiae para alimentação animal.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Aline Priscila de França.
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: MACEDO, Antônio Daniel Buriti de., SILVA, Roberta Cristina de França., DANTAS, Danilo Lima., CAMPOS, Ana Regina Nascimento.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33469
Resumo: A indústria de processamento de frutas produz ao longo de sua cadeia produtiva em todo mundo milhões de toneladas de resíduos agroindustriais, acarretando vários problemas ambientais. Estima-se que a indústria de sucos e polpa de frutos gere entre 30 e 40% de resíduos. Nos últimos anos as indústrias têm investido na capacidade de processamento, buscando gerar subprodutos provenientes dos resíduos. No entanto, na maioria das vezes os subprodutos são entendidos como custo operacional para as empresas, dessa forma grande quantidade é descartada na natureza passando a atuar como fonte de contaminação (NASCIMENTO FILHO & FRANCO, 2015). Nos últimos anos a aceroleira (Malpighia emarginata D.C.), em particular, tem se destacado na agroindústria brasileira, isso se deve principalmente à elevada capacidade de aproveitamento industrial. O nordeste do Brasil é o maior produtor por apresentar condições de clima e solo que favorece a cultura, com 70% da produção nacional, seguida do Sudeste com 15%. As indústrias brasileiras processam aproximadamente 34,4 mil toneladas desse fruto por ano, o que corresponde a 7,16% do total colhido no país (FURLANETO & NASSER, 2015). Estima-se que a indústria brasileira produza cerca de 6,5 mil toneladas de resíduo de acerola, composto principalmente por casca e sementes, que é pouco aproveitado (SILVEIRA, 2015). No entanto, esse material poderia ser usado, tanto na forma in natura como na forma de farelo, na alimentação de suínos, ovinos, caprinos ou bovinos, amenizando o custo de produção desses animais. Outra maneira de aproveitamento dos resíduos provenientes da acerola é a elaboração de suplementos através do enriquecimento proteico utilizando microrganismos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Segundo Schmidell (2001) a escolha do microrganismo apropriado é parte fundamental para o andamento do processo. Dentre os microrganismos processadores de proteína os fungos, leveduras e bactérias são os mais utilizados. Dentre os organismos processadores de proteínas, as leveduras se destacam pela sua alta eficiência na conversão e possibilidade de ser cultivado em diversos tipos de substrato. Diferentes matérias-primas, dentre estas, principalmente diversos tipos de resíduos agroindustriais, podem ser empregadas na fermentação semissólida. Como por exemplo, resíduos de banana, manipueira, espiga de milho, bagaço de laranja, bagaço de cana, bagaço de maçã, melaço, vinhaça e polpa de café podem ser utilizados para a obtenção de suplemento proteico (SCHMIDELL et al., 2001) Diante do exposto este trabalho teve como objetivo estudar o processo de enriquecimento proteico por fermentação semissólida do resíduo da acerola, utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae, avaliando o efeito da concentração inicial da levedura sobre o teor proteico.
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