Se enturmando com o Ukinha: histórico dos primeiros passos do projeto Um Computador por Aluno (UCA) no Brasil.

• Autor(a) principal: LIMA, Daniel Torquato Fonseca de.
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: FONSECA, Ivonildes da Silva.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34172
• topic: Projeto Um Computador por Aluno - Brasil; Ukinha - laptop educacional; UCA - Projeto Um Computador por Aluno - Brasil; Inclusão digital; Política de inclusão digital; Educação e inclusão digital; Informática na educação; One Computer per Student Project - Brazil; UCA - One Computer per Student Project - Brazil; Digital inclusion; Digital inclusion policy; Education and digital inclusion; IT in education; História.

Este artigo tem como objetivo fazer um levantamento histórico da fase inicial, denominada “pré-piloto”, do projeto Um Computador por Aluno (UCA) do Governo Federal brasileiro que, como a denominação indica é a concretização de uma proposta governamental em atender a necessária inclusão digital que por extensão torna-se inclusão social. Essa Inclusão Digital é mais que o acesso aos computadores, a internet é compreendida como a apropriação tecnológica como uma ferramenta facilitadora na vida de quem as usas. O Brasil mesmo ainda registrando numero baixo de residencias que possuem computador, sempre aparece como um dos países de destaques no acesso a rede mundial de computadores – a internet. Hoje o Brasil conta com mais de 30 milhões de usuários na rede, sendo o quinto país no ranking mundial com maior números de conexões na internet. Vale ressaltar que em nosso entendimento a inclusão social plena passa também por outros itens além desse, o de dotar o estudante de um computador e dos ensinamentos para que o mesmo possa manuseá-los. Todavia, a aquisição dessa ferramenta tecnológica é fundamental para os acessos decorrentes seja no universo escolar, nas transações comerciais e em outros âmbitos sociais. Acerca da conceituação de exclusão social, diz Nascimento (1997,p.88) que há um “abuso” deste termo que inclusive é polissêmico e dessa forma “termina por não servir a quase nada.” Assim, este mesmo autor pontua:”O campo teórico da exclusão é múltiplo. Tanto pode ser definido como o campo de estudo das desigualdades sociais, quanto do estigma ou mesmo da sociologia do desvio”. Para o nosso objetivo. a exclusão social é entendida como desigualdade social e o estigma vem junto. No momento histórico, mais precisamente a partir dos anos de 1970 com as “mudanças tecnológicas” a sociedade se encaminha para ser a da “informação” e havendo pessoas fora dessa sociedade ocorre uma estigmatização, sobretudo porque como infere Nascimento (1997,p.89): A dimensão mais central nos estudos em torno da exclusão é ainda a econômica,e,mais precisamente, a do mercado de trabalho.A maioria dos estudos relacionam sempre as situações de exclusão com o crescimento do desemprego e, por conseqüência, com o aumento da desigualdade social. Focando o UCA, diremos que o período pré-piloto teve início em 2005, quando Nicholas Negroponte, um dos idealizadores do projeto OLPC (One Laptop per child – Um laptop por criança), apresentou o protótipo do laptop ao presidente Lula, até 2007 quando foram iniciadas as implementações do UCA em cinco escolas públicas brasileiras, em caráter experimental, visando avaliar o uso dos laptops pelos estudantes em sala de aula.