Percepções e contradições sobre o lúdico na educação infantil.

• Autor(a) principal: DUARTE, Luana Maria Ferreira.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5093
• topic: Educação infantil; Prática docente; child education; Teaching practice; Educação.

A Educação Infantil, como parte da Educação Básica, é uma conquista muito recente. Foi reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996 e é concebida como uma etapa fundamental para o desenvolvimento social e cognitivo da criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que toda criança possui o direito a brincar. A brincadeira na Educação Infantil assume um papel fundamental no desenvolvimento da criança, pois, é brincando que a criança aprende. É no contato com outras crianças, que acontece a socialização e a utilização dos recursos lúdicos proporciona desenvolvimento cognitivo, físico, social e motor nas crianças. Assim, o estudo teve por objetivo, analisar a percepção dos docentes da Educação Infantil sobre a função do lúdico na aprendizagem. Com isso, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e de campo; onde a mesma foi realizada em uma escola de Educação Infantil, da rede pública de ensino, situada na cidade de Baixio, no Estado do Ceará. A amostrada pesquisa foi composta por seis (06) professoras que trabalham com as crianças de 04 e 05 anos de idade. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada, de maneira que, as mesmas foram gravadas e precedidas da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Após a realização a entrevista, seguiu-se com a transcrição da gravação na íntegra, os dados foram categorizados e organizados em um total de 10 quadros. Assim, identificou-se que as professoras percebem o lúdico como um subsídio imprescindível para o desenvolvimento da criança e que a brincadeira na escola estimula a socialização ou o brincar é próprio da criança. Com isso, todas as professoras afirmaram trabalhar com metodologias lúdicas, as crianças brincam pela necessidade de se divertir e as brincadeiras que são utilizadas em sala de aula possuem uma função didática. Contudo, duas professoras afirmaram que as atividades lúdicas deveriam ser trabalhadas apenas em alguns dias da semana e todas acreditam que os brinquedos e brincadeiras ajudam no desenvolvimento das habilidades das crianças. As mesmas reconhecem sua função como agente mediador durante as atividades lúdicas e priorizam a utilização de atividades lúdicas nas atividades que envolvem o raciocínio da matemática. Concluiu-se então, que as professoras investigadas reconhecem a relevância da utilização dos recursos lúdicos, porém, não aderem cotidianamente em suas práticas, por entender que a constante utilização do lúdico requer planejamento diário. Todas as investigadas complementam que o lúdico também foi concebido como entretenimento e por isso é trabalhado com a finalidade de preencher tempo, ou seja, a brincadeira embora significativa ainda torna-se percebida como pura diversão. Por fim, entendeu-se que embora mencionem a relevância do trabalho com a ludicidade, não demonstram ter segurança na função dos brinquedos e utilizam algumas atividades sem um objetivo pedagógico muito definido.