"A Reescritura das Personagens 'womanistas' de The Color Purple para o Cinema"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13775 |
Resumo: | A presente dissertaÃÃo analisa a traduÃÃo do âwomanismoâ em The Color Purple (1982), da escritora Alice Walker, para o filme homÃnimo de 1985, dirigido por Steven Spielberg. O termo womanism, embora se refira tambÃm ao feminismo negro, diz respeito a um movimento que transcende o social; ele Ã, portanto, um movimento espiritual, comprometido com a sobrevivÃncia e o bem-estar de todas as pessoas, independente de raÃa, sexo, religiÃo, entre outros aspectos. O romance The Color Purple narra a histÃria de Celie, uma adolescente negra semiletrada, que escreve cartas a Deus, contando sobre sua vida. Por meio da amizade com outras mulheres e, consequentemente, da descoberta de novas formas de ser e sentir, a personagem tenta superar os traumas causados pela separaÃÃo da irmà e de seus filhos e pelos estupros fÃsicos e psicolÃgicos que sofreu. Nesta pesquisa, investigamos, especificamente, a reescritura de quatro personagens femininas â Celie, Nettie, Sofia e Shug â uma vez que as percebemos como as principais representantes do âwomanismoâ no romance. Partimos da hipÃtese de que alguns aspectos âwomanistasâ, tais como religiÃo e homossexualidade, foram suavizados na traduÃÃo, devido a questÃes contextuais, enquanto outros foram enfatizados porque se adequavam à poÃtica, tanto do diretor, quanto do cinema da dÃcada de oitenta. Como fundamentaÃÃo teÃrica, recorremos aos postulados de Even-Zohar (1990), sobre a teoria dos polissistemas, e aos pressupostos de Toury (2012), que entendem os estudos da traduÃÃo com Ãnfase no fator cultural, considerando a influÃncia que a cultura de chegada exerce sobre o processo tradutÃrio. Baseamo-nos tambÃm no conceito de reescritura, de Lefevere (2007), que enfatiza o carÃter histÃrico e cultural dos textos traduzidos. Sobre as questÃes de traduÃÃo de obras literÃrias para o cinema, empregamos os estudos de Cattrysse (1992), e as consideraÃÃes de autores, tais como Stam (2008; 2011) e Hutcheon (2013), que discutem sobre a relaÃÃo entre os dois sistemas de linguagem. Por fim, no que se refere ao âwomanismoâ, as reflexÃes de Maparyan (2012), bem como da prÃpria Walker (1983) sÃo fundamentais na conduÃÃo da anÃlise. Os resultados mostraram que as estratÃgias de suavizaÃÃo e Ãnfase na traduÃÃo dos traÃos âwomanistasâ das personagens femininas dizem respeito à poÃtica dos tradutores, bem como Ãs especificidades do sistema cinematogrÃfico. Por isso, na adaptaÃÃo, elas refletem muito mais a poÃtica do diretor e do cinema hollywoodiano dos anos oitenta, do que o âwomanismoâ observado na obra literÃria |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis"A Reescritura das Personagens 'womanistas' de The Color Purple para o Cinema""The rewriting of the womanist characters of The color purple to the cinema"2015-03-05Carlos Augusto Viana da Silva47838582334http://lattes.cnpq.br/3316600178531895 Ana Maria CÃsar Pompeu90893310778http://lattes.cnpq.br/4726092826722326VÃnia Maria Ferreira Vasconcelos28410912520http://lattes.cnpq.br/165631739357785002565069308http://lattes.cnpq.br/7620736450355557Raquel Barros VeronesiUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LetrasUFCBRLiteratura Cinema TraduÃÃo Womanismo Mulher Negra PersonagemLiterature Cinema Translation Womanism Black Woman CharacterLITERATURA COMPARADAA presente dissertaÃÃo analisa a traduÃÃo do âwomanismoâ em The Color Purple (1982), da escritora Alice Walker, para o filme homÃnimo de 1985, dirigido por Steven Spielberg. O termo womanism, embora se refira tambÃm ao feminismo negro, diz respeito a um movimento que transcende o social; ele Ã, portanto, um movimento espiritual, comprometido com a sobrevivÃncia e o bem-estar de todas as pessoas, independente de raÃa, sexo, religiÃo, entre outros aspectos. O romance The Color Purple narra a histÃria de Celie, uma adolescente negra semiletrada, que escreve cartas a Deus, contando sobre sua vida. Por meio da amizade com outras mulheres e, consequentemente, da descoberta de novas formas de ser e sentir, a personagem tenta superar os traumas causados pela separaÃÃo da irmà e de seus filhos e pelos estupros fÃsicos e psicolÃgicos que sofreu. Nesta pesquisa, investigamos, especificamente, a reescritura de quatro personagens femininas â Celie, Nettie, Sofia e Shug â uma vez que as percebemos como as principais representantes do âwomanismoâ no romance. Partimos da hipÃtese de que alguns aspectos âwomanistasâ, tais como religiÃo e homossexualidade, foram suavizados na traduÃÃo, devido a questÃes contextuais, enquanto outros foram enfatizados porque se adequavam à poÃtica, tanto do diretor, quanto do cinema da dÃcada de oitenta. Como fundamentaÃÃo teÃrica, recorremos aos postulados de Even-Zohar (1990), sobre a teoria dos polissistemas, e aos pressupostos de Toury (2012), que entendem os estudos da traduÃÃo com Ãnfase no fator cultural, considerando a influÃncia que a cultura de chegada exerce sobre o processo tradutÃrio. Baseamo-nos tambÃm no conceito de reescritura, de Lefevere (2007), que enfatiza o carÃter histÃrico e cultural dos textos traduzidos. Sobre as questÃes de traduÃÃo de obras literÃrias para o cinema, empregamos os estudos de Cattrysse (1992), e as consideraÃÃes de autores, tais como Stam (2008; 2011) e Hutcheon (2013), que discutem sobre a relaÃÃo entre os dois sistemas de linguagem. Por fim, no que se refere ao âwomanismoâ, as reflexÃes de Maparyan (2012), bem como da prÃpria Walker (1983) sÃo fundamentais na conduÃÃo da anÃlise. Os resultados mostraram que as estratÃgias de suavizaÃÃo e Ãnfase na traduÃÃo dos traÃos âwomanistasâ das personagens femininas dizem respeito à poÃtica dos tradutores, bem como Ãs especificidades do sistema cinematogrÃfico. Por isso, na adaptaÃÃo, elas refletem muito mais a poÃtica do diretor e do cinema hollywoodiano dos anos oitenta, do que o âwomanismoâ observado na obra literÃriaThe present dissertation analyses the translation of womanism in The Color Purple (1982), by Alice Walker, into its homonymous film adaptation in 1985, directed by Steven Spielberg. The term womanism, although it also refers to the black feminism, relates to a movement that transcends the social aspect; it is, therefore, a spiritual movement, committed to the survival and welfare of all people, independent on race, sex, religion, among others. The novel The Color Purple tells Celieâs story, a semi-illiterate black teenager who writes letters to God, telling situations about her life. Through friendship with other women and, consequently, the discovery of new ways of being and feeling, the character tries to overcome the trauma caused by the separation of her sister and her children, and the physical and psychological rapes she had suffered. In this research, we investigate, specifically, the rewriting of four female characters â Celie, Nettie, Sofia and Shug â since we perceive them as the main representative of womanism in the novel. Our hypothesis is that some womanist aspects, such as religion and homosexuality, were softened in the translation, due to contextual issues, whereas others were emphasized because they were adapted into both the poetics of the cinema of the 80âs, and of the director. As theoretical background, we take Even-Zoharâs postulates (1990), about the polysystem theory, and Touryâs assumptions (2012), which understand the studies of translation emphasizing the cultural factor, and considering the influence that the target culture has on the translation process. We also take Lefevereâs concept of rewriting (2007), which emphasizes the historical and cultural nature of the translated texts. Concerning the translation of literary works into the cinema, we use the studies by Cattrysse (1992), and the considerations of authors, such as Stam (2008; 2011) and Hutcheon (2013), who discuss the relationship between the two language systems. Finally, about womanism, the reflections by Maparyan (2012) and Walker (1983) are critical in conducting the analysis. The results showed that the strategies of softening and emphasis on the translation of the female charactersâ womanist traits concern the translatorsâ poetic, as well as the specificities of the cinematic system. Therefore, in the adaptation, they reflect much more the poetics of Hollywood cinema of the 80âs, and of the director, than the womanism observed in the literary workCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13775application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:02Zmail@mail.com - |
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