Atividades antinociceptiva e antiinflamatÃria da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium em animais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Edfranck de Sousa Oliveira Vanderlei
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3537
Resumo: A busca de novos compostos alternativos no controle da dor e da inflamaÃÃo, com mÃnimos efeitos colaterais, tem despertado o interesse pelas algas marinhas. O objetivo desse trabalho foi investigar o potencial antinociceptivo e antiinflamatÃrio da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium (LCc) em animais. A LCc, apresentando atividade hemaglutinante contra eritrÃcitos tripsinizados de coelho, foi obtida a partir da aplicaÃÃo do extrato protÃico total em procedimentos cromatogrÃficos de troca-iÃnica em coluna de DEAE-celulose e de afinidade em coluna de Sephadex G-100. A seguir, foi utilizada nos ensaios de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, usando camundongos Swiss e ratos Wistar, respectivamente. A LCc foi administrada 30 min antes de cada estÃmulo nocigÃnico, ou seja, antes da injeÃÃo i.p. de Ãcido acÃtico a 0,8% (10 Âl/ml), da injeÃÃo intraplantar da formalina a 1% (20 Âl/pata) ou do teste da Placa Quente (51Â1 ÂC), e seu efeito comparado a dos animais nÃo tratados (Salina) ou prÃ-tratados s.c. com Indometacina ou Morfina, ambas a 5 mg/kg. Observou-se que a LCc (3, 9 e 27 mg/kg; i.v.) reduziu significantemente o nÃmero de contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico em 37,2%; 53,5% e 86,0%, respectivamente. LCc (27 mg/kg) tambÃm reduziu (p<0,05) a fase 1 (neurogÃnica) e a fase 2 (inflamatÃria) induzidas pela formalina, em 45,3% e 86,3%, respectivamente. A LCc (27 mg/kg), entretanto, nÃo foi capaz de reduzir a nocicepÃÃo avaliada no teste da Placa Quente, quando comparada à morfina. Para confirmar a atividade da LCc, verificou-se que os efeitos antinociceptivos foram abolidos quando a LCc foi prÃ-incubada com a glicoproteÃna mucina (2 mg/ml), inibidora de sua atividade hemaglutinante. Sugere-se, portanto, que a atividade antinociceptiva observada foi, de fato, devido à LCc e que essa atividade ocorra predominante via inibiÃÃo de mecanismos perifÃricos. Em seguida, realizou-se o ensaio da migraÃÃo de leucÃcitos na cavidade peritoneal induzida por Carragenina (Cg-tipo &#955; ; 700 Âg/cavidade), onde se observou que a administraÃÃo da LCc (9 mg/kg; i.v.) 30 min antes da Cg, reduziu significativamente a contagem do nÃmero de neutrÃfilos em 65,9%. Finalmente, a LCc (9 mg/kg), foi administrada em camundongos machos Swiss diariamente por 7 dias e no 8 dia amostras sanguÃneas foram coletadas para dosagens sÃricas de urÃia e transaminases (TGO e TGP), e remoÃÃo de ÃrgÃos para avaliaÃÃo da relaÃÃo peso ÃrgÃo/peso corporal. Observou-se que a LCc nÃo causou alteraÃÃes hepÃticas ou renais, visto que nÃo determinou alteraÃÃes, de forma significante, nas atividades das transaminases TGO (Salina=29,44Â3,193; LCc=36,00Â21,98 U/l) e TGP (Salina=13,59Â3,373; LCc=17,64Â2,676 U/l), nem dos nÃveis de urÃia (Salina=224,3Â10,84; LCc=270,0Â24,00 U/l), alÃm de nÃo determinar variaÃÃo significante do peso Ãmido dos respectivos ÃrgÃos: fÃgado (Salina=5,23Â0,195; LCc=6,02Â0,100), rim (Salina=0,840Â0,015; LCc=0,851Â0,065) e coraÃÃo (Salina=0,568Â0,055; LCc=0,639 0,039). Em resumo, conclui-se que a LCc possui propriedades antinociceptiva e antiinflamatÃria perifÃrica, podendo ser uma ferramenta importante e candidata a novos estudos complementares
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAtividades antinociceptiva e antiinflamatÃria da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium em animaisAntinociceptive and anti-inflammatory activities of the lectin from the green marine alga Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var lycopodium (CcL) in animals. 2008-11-19Norma Maria Barros Benevides04505670368http://lattes.cnpq.br/3839272083508826Vilma de Lima37846795368http://lattes.cnpq.br/3128340117913654Marjory Lima Holanda734655000300http://lattes.cnpq.br/241522457867305964190200344http://lattes.cnpq.br/9830529243033638 Edfranck de Sousa Oliveira VanderleiUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmicaUFCBRAlga marinha Lectina Caulerpa cupressoides AntinocicepÃÃo MigraÃÃoMarine alga Lectin Caulerpa cupressoides Antinociception Migration BIOQUIMICAA busca de novos compostos alternativos no controle da dor e da inflamaÃÃo, com mÃnimos efeitos colaterais, tem despertado o interesse pelas algas marinhas. O objetivo desse trabalho foi investigar o potencial antinociceptivo e antiinflamatÃrio da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium (LCc) em animais. A LCc, apresentando atividade hemaglutinante contra eritrÃcitos tripsinizados de coelho, foi obtida a partir da aplicaÃÃo do extrato protÃico total em procedimentos cromatogrÃficos de troca-iÃnica em coluna de DEAE-celulose e de afinidade em coluna de Sephadex G-100. A seguir, foi utilizada nos ensaios de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, usando camundongos Swiss e ratos Wistar, respectivamente. A LCc foi administrada 30 min antes de cada estÃmulo nocigÃnico, ou seja, antes da injeÃÃo i.p. de Ãcido acÃtico a 0,8% (10 Âl/ml), da injeÃÃo intraplantar da formalina a 1% (20 Âl/pata) ou do teste da Placa Quente (51Â1 ÂC), e seu efeito comparado a dos animais nÃo tratados (Salina) ou prÃ-tratados s.c. com Indometacina ou Morfina, ambas a 5 mg/kg. Observou-se que a LCc (3, 9 e 27 mg/kg; i.v.) reduziu significantemente o nÃmero de contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico em 37,2%; 53,5% e 86,0%, respectivamente. 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Finalmente, a LCc (9 mg/kg), foi administrada em camundongos machos Swiss diariamente por 7 dias e no 8 dia amostras sanguÃneas foram coletadas para dosagens sÃricas de urÃia e transaminases (TGO e TGP), e remoÃÃo de ÃrgÃos para avaliaÃÃo da relaÃÃo peso ÃrgÃo/peso corporal. Observou-se que a LCc nÃo causou alteraÃÃes hepÃticas ou renais, visto que nÃo determinou alteraÃÃes, de forma significante, nas atividades das transaminases TGO (Salina=29,44Â3,193; LCc=36,00Â21,98 U/l) e TGP (Salina=13,59Â3,373; LCc=17,64Â2,676 U/l), nem dos nÃveis de urÃia (Salina=224,3Â10,84; LCc=270,0Â24,00 U/l), alÃm de nÃo determinar variaÃÃo significante do peso Ãmido dos respectivos ÃrgÃos: fÃgado (Salina=5,23Â0,195; LCc=6,02Â0,100), rim (Salina=0,840Â0,015; LCc=0,851Â0,065) e coraÃÃo (Salina=0,568Â0,055; LCc=0,639 0,039). Em resumo, conclui-se que a LCc possui propriedades antinociceptiva e antiinflamatÃria perifÃrica, podendo ser uma ferramenta importante e candidata a novos estudos complementaresThe search of new alternative compounds in the control of the pain and inflammation, with minima collateral effects, it has been aroused from marine algae. The aim of this work was to investigate the potential antinociceptive and anti-inflammatory of the lectin from the green marine alga Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var lycopodium (CcL) in animals. The CcL, presenting haemagglutinating activity against trypsin-treated erythrocytes from rabbit, was purified by application of crude extract on ion exchange chromatography on DEAE-cellulose followed by affinity chromatography on Sephadex G-100 column. To proceed, it was used in the nociception and inflammation assays, using male Swiss mice and male Wistar rats, respectively. CcL was administered 30 min before each nocigenic challenge, that is, before the injection i.p of acetic acid 0.8% (10 &#61549;l/ml), of the intraplantar injection of 1% formalin (20 &#61549;L/paw) or of the Hot Plate test (51&#61617;1 ÂC), and compared to non treated animals or to pre-treated by Indomethacin or Morphine, both at 5 mg/kg; s.c. It was observed that the LCc (3, 9 or 27 mg/kg) reduced significantly the number of writhes induced by acetic acid 37.2%; 53.5% e 86.0%, respectively. CcL (27 mg/kg) also reduced (p<0.05) the 1st phase (neurogenic) and the 2nd phase (inflammatory) observed after administration of the formalin (45.3% and 86.3%, respectively). However, the CcL (27 mg/kg) was not capable to reduce the nociception evaluated by Hot Plate test, compared to morphine. The antinociceptive effects were abolished when the CcL was pre-incubated with mucin (2 mg/ml), inhibitory glycoprotein of its haemagglutinating activity. Therefore, it is suggested that the antinociceptive activity of the CcL can be predominant by inhibition of peripheric mechanisms. After this, was realized the assays of neutrophil migration for peritoneal cavity by Carrageenan (Cg-type &#955;; 700 Âg/cavity or paw), where was observed that the administration of the CcL (9 mg/kg) 30 min before Cg reduced the neutrophil counts significantly by 65.9%. Finally, the CcL (9 mg/kg) was administered daily in male mice for 7 days and in the 8th, blood samples were collected for and transaminases (TGO and TGP) dosages, and organs remotion to evaluate the of the organ weight /body weight relation. It was observed that CcL not caused hepatic or renal alterations, because it was not determined significant changes in the activities of TGO (Saline=29,44Â3,193; CcL=36,00Â21,98 U/l) and TGP (Saline=13,59Â3,373; CcL=17,64Â2,676 U/l) and urea levels (Saline=224,3Â10,84; CcL=270,0Â24,00 U/l). In addition, it was not determined significant variation on the wet weight of the organs: liver (Saline=5,23Â0,195; CcL=6,02Â0,100), kidney (Saline=0,840Â0,015; CcL=0,851Â0,065) and heart (Saline=0,568Â0,055; CcL=0,639 0,039). In summary, we conclude that the CcL has peripheral antinociceptive and anti-inflammatory properties and may be an important tool and candidate for new complementary studiesCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3537application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:39Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv A busca de novos compostos alternativos no controle da dor e da inflamaÃÃo, com mÃnimos efeitos colaterais, tem despertado o interesse pelas algas marinhas. O objetivo desse trabalho foi investigar o potencial antinociceptivo e antiinflamatÃrio da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium (LCc) em animais. A LCc, apresentando atividade hemaglutinante contra eritrÃcitos tripsinizados de coelho, foi obtida a partir da aplicaÃÃo do extrato protÃico total em procedimentos cromatogrÃficos de troca-iÃnica em coluna de DEAE-celulose e de afinidade em coluna de Sephadex G-100. A seguir, foi utilizada nos ensaios de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, usando camundongos Swiss e ratos Wistar, respectivamente. A LCc foi administrada 30 min antes de cada estÃmulo nocigÃnico, ou seja, antes da injeÃÃo i.p. de Ãcido acÃtico a 0,8% (10 Âl/ml), da injeÃÃo intraplantar da formalina a 1% (20 Âl/pata) ou do teste da Placa Quente (51Â1 ÂC), e seu efeito comparado a dos animais nÃo tratados (Salina) ou prÃ-tratados s.c. com Indometacina ou Morfina, ambas a 5 mg/kg. Observou-se que a LCc (3, 9 e 27 mg/kg; i.v.) reduziu significantemente o nÃmero de contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico em 37,2%; 53,5% e 86,0%, respectivamente. LCc (27 mg/kg) tambÃm reduziu (p<0,05) a fase 1 (neurogÃnica) e a fase 2 (inflamatÃria) induzidas pela formalina, em 45,3% e 86,3%, respectivamente. A LCc (27 mg/kg), entretanto, nÃo foi capaz de reduzir a nocicepÃÃo avaliada no teste da Placa Quente, quando comparada à morfina. Para confirmar a atividade da LCc, verificou-se que os efeitos antinociceptivos foram abolidos quando a LCc foi prÃ-incubada com a glicoproteÃna mucina (2 mg/ml), inibidora de sua atividade hemaglutinante. Sugere-se, portanto, que a atividade antinociceptiva observada foi, de fato, devido à LCc e que essa atividade ocorra predominante via inibiÃÃo de mecanismos perifÃricos. Em seguida, realizou-se o ensaio da migraÃÃo de leucÃcitos na cavidade peritoneal induzida por Carragenina (Cg-tipo &#955; ; 700 Âg/cavidade), onde se observou que a administraÃÃo da LCc (9 mg/kg; i.v.) 30 min antes da Cg, reduziu significativamente a contagem do nÃmero de neutrÃfilos em 65,9%. Finalmente, a LCc (9 mg/kg), foi administrada em camundongos machos Swiss diariamente por 7 dias e no 8 dia amostras sanguÃneas foram coletadas para dosagens sÃricas de urÃia e transaminases (TGO e TGP), e remoÃÃo de ÃrgÃos para avaliaÃÃo da relaÃÃo peso ÃrgÃo/peso corporal. Observou-se que a LCc nÃo causou alteraÃÃes hepÃticas ou renais, visto que nÃo determinou alteraÃÃes, de forma significante, nas atividades das transaminases TGO (Salina=29,44Â3,193; LCc=36,00Â21,98 U/l) e TGP (Salina=13,59Â3,373; LCc=17,64Â2,676 U/l), nem dos nÃveis de urÃia (Salina=224,3Â10,84; LCc=270,0Â24,00 U/l), alÃm de nÃo determinar variaÃÃo significante do peso Ãmido dos respectivos ÃrgÃos: fÃgado (Salina=5,23Â0,195; LCc=6,02Â0,100), rim (Salina=0,840Â0,015; LCc=0,851Â0,065) e coraÃÃo (Salina=0,568Â0,055; LCc=0,639 0,039). Em resumo, conclui-se que a LCc possui propriedades antinociceptiva e antiinflamatÃria perifÃrica, podendo ser uma ferramenta importante e candidata a novos estudos complementares
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The search of new alternative compounds in the control of the pain and inflammation, with minima collateral effects, it has been aroused from marine algae. The aim of this work was to investigate the potential antinociceptive and anti-inflammatory of the lectin from the green marine alga Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var lycopodium (CcL) in animals. The CcL, presenting haemagglutinating activity against trypsin-treated erythrocytes from rabbit, was purified by application of crude extract on ion exchange chromatography on DEAE-cellulose followed by affinity chromatography on Sephadex G-100 column. To proceed, it was used in the nociception and inflammation assays, using male Swiss mice and male Wistar rats, respectively. CcL was administered 30 min before each nocigenic challenge, that is, before the injection i.p of acetic acid 0.8% (10 &#61549;l/ml), of the intraplantar injection of 1% formalin (20 &#61549;L/paw) or of the Hot Plate test (51&#61617;1 ÂC), and compared to non treated animals or to pre-treated by Indomethacin or Morphine, both at 5 mg/kg; s.c. It was observed that the LCc (3, 9 or 27 mg/kg) reduced significantly the number of writhes induced by acetic acid 37.2%; 53.5% e 86.0%, respectively. CcL (27 mg/kg) also reduced (p<0.05) the 1st phase (neurogenic) and the 2nd phase (inflammatory) observed after administration of the formalin (45.3% and 86.3%, respectively). However, the CcL (27 mg/kg) was not capable to reduce the nociception evaluated by Hot Plate test, compared to morphine. The antinociceptive effects were abolished when the CcL was pre-incubated with mucin (2 mg/ml), inhibitory glycoprotein of its haemagglutinating activity. Therefore, it is suggested that the antinociceptive activity of the CcL can be predominant by inhibition of peripheric mechanisms. After this, was realized the assays of neutrophil migration for peritoneal cavity by Carrageenan (Cg-type &#955;; 700 Âg/cavity or paw), where was observed that the administration of the CcL (9 mg/kg) 30 min before Cg reduced the neutrophil counts significantly by 65.9%. Finally, the CcL (9 mg/kg) was administered daily in male mice for 7 days and in the 8th, blood samples were collected for and transaminases (TGO and TGP) dosages, and organs remotion to evaluate the of the organ weight /body weight relation. It was observed that CcL not caused hepatic or renal alterations, because it was not determined significant changes in the activities of TGO (Saline=29,44Â3,193; CcL=36,00Â21,98 U/l) and TGP (Saline=13,59Â3,373; CcL=17,64Â2,676 U/l) and urea levels (Saline=224,3Â10,84; CcL=270,0Â24,00 U/l). In addition, it was not determined significant variation on the wet weight of the organs: liver (Saline=5,23Â0,195; CcL=6,02Â0,100), kidney (Saline=0,840Â0,015; CcL=0,851Â0,065) and heart (Saline=0,568Â0,055; CcL=0,639Â 0,039). In summary, we conclude that the CcL has peripheral antinociceptive and anti-inflammatory properties and may be an important tool and candidate for new complementary studies
description A busca de novos compostos alternativos no controle da dor e da inflamaÃÃo, com mÃnimos efeitos colaterais, tem despertado o interesse pelas algas marinhas. O objetivo desse trabalho foi investigar o potencial antinociceptivo e antiinflamatÃrio da lectina da alga marinha verde Caulerpa cupressoides (Vahl) C. Agardh var. lycopodium (LCc) em animais. A LCc, apresentando atividade hemaglutinante contra eritrÃcitos tripsinizados de coelho, foi obtida a partir da aplicaÃÃo do extrato protÃico total em procedimentos cromatogrÃficos de troca-iÃnica em coluna de DEAE-celulose e de afinidade em coluna de Sephadex G-100. A seguir, foi utilizada nos ensaios de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, usando camundongos Swiss e ratos Wistar, respectivamente. A LCc foi administrada 30 min antes de cada estÃmulo nocigÃnico, ou seja, antes da injeÃÃo i.p. de Ãcido acÃtico a 0,8% (10 Âl/ml), da injeÃÃo intraplantar da formalina a 1% (20 Âl/pata) ou do teste da Placa Quente (51Â1 ÂC), e seu efeito comparado a dos animais nÃo tratados (Salina) ou prÃ-tratados s.c. com Indometacina ou Morfina, ambas a 5 mg/kg. Observou-se que a LCc (3, 9 e 27 mg/kg; i.v.) reduziu significantemente o nÃmero de contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico em 37,2%; 53,5% e 86,0%, respectivamente. LCc (27 mg/kg) tambÃm reduziu (p<0,05) a fase 1 (neurogÃnica) e a fase 2 (inflamatÃria) induzidas pela formalina, em 45,3% e 86,3%, respectivamente. A LCc (27 mg/kg), entretanto, nÃo foi capaz de reduzir a nocicepÃÃo avaliada no teste da Placa Quente, quando comparada à morfina. Para confirmar a atividade da LCc, verificou-se que os efeitos antinociceptivos foram abolidos quando a LCc foi prÃ-incubada com a glicoproteÃna mucina (2 mg/ml), inibidora de sua atividade hemaglutinante. Sugere-se, portanto, que a atividade antinociceptiva observada foi, de fato, devido à LCc e que essa atividade ocorra predominante via inibiÃÃo de mecanismos perifÃricos. Em seguida, realizou-se o ensaio da migraÃÃo de leucÃcitos na cavidade peritoneal induzida por Carragenina (Cg-tipo &#955; ; 700 Âg/cavidade), onde se observou que a administraÃÃo da LCc (9 mg/kg; i.v.) 30 min antes da Cg, reduziu significativamente a contagem do nÃmero de neutrÃfilos em 65,9%. Finalmente, a LCc (9 mg/kg), foi administrada em camundongos machos Swiss diariamente por 7 dias e no 8 dia amostras sanguÃneas foram coletadas para dosagens sÃricas de urÃia e transaminases (TGO e TGP), e remoÃÃo de ÃrgÃos para avaliaÃÃo da relaÃÃo peso ÃrgÃo/peso corporal. Observou-se que a LCc nÃo causou alteraÃÃes hepÃticas ou renais, visto que nÃo determinou alteraÃÃes, de forma significante, nas atividades das transaminases TGO (Salina=29,44Â3,193; LCc=36,00Â21,98 U/l) e TGP (Salina=13,59Â3,373; LCc=17,64Â2,676 U/l), nem dos nÃveis de urÃia (Salina=224,3Â10,84; LCc=270,0Â24,00 U/l), alÃm de nÃo determinar variaÃÃo significante do peso Ãmido dos respectivos ÃrgÃos: fÃgado (Salina=5,23Â0,195; LCc=6,02Â0,100), rim (Salina=0,840Â0,015; LCc=0,851Â0,065) e coraÃÃo (Salina=0,568Â0,055; LCc=0,639 0,039). Em resumo, conclui-se que a LCc possui propriedades antinociceptiva e antiinflamatÃria perifÃrica, podendo ser uma ferramenta importante e candidata a novos estudos complementares
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