DisfunÃÃo do assoalho pÃlvico e qualidade de vida relacionada à saÃde de gestantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula Renata Amorim Lessa Soares
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14102
Resumo: A gestaÃÃo pode ser compreendida como um perÃodo de surgimento ou agravamento das disfunÃÃes do assoalho pÃlvico como incontinÃncia urinÃria, disfunÃÃes anorretais, disfunÃÃes sexuais e o prolapso de ÃrgÃos pÃlvicos por diversos motivos, entre os quais se destacam a prÃpria gestaÃÃo e a denervaÃÃo do assoalho pÃlvico ou traumas durante o parto, causando grandes impactos negativos na qualidade de vida relacionada à saÃde (QVRS) dessas mulheres. O objetivo geral do estudo foi analisar a influÃncia da disfunÃÃo do assoalho pÃlvico na qualidade de vida relacionada à saÃde de gestantes. Trata-se de um estudo transversal, correlacional, com abordagem quantitativa realizado em quatro locais distintos, sendo trÃs unidades de saÃde que atendem pelo sistema pÃblico e uma clÃnica que atende pelo sistema privado. A amostra foi composta por 261 gestantes, sendo 120 coletados do serviÃo privado e 141 do serviÃo pÃblico. Elas foram entrevistas de Setembro a Novembro de 2014 por meio dos seguintes instrumentos: um questionÃrio com dados sÃcio demogrÃficos, obstÃtricos e fatores de qualidade de vida relacionada à saÃde; um questionÃrio contendo dados de investigaÃÃo sobre as queixas de incontinÃncia urinÃria, anal e prolapso vaginal; o Ãndice de Qualidade de Vida de Ferrans & Powers adaptado; o KingÂs Health Questionnaire; o Escore de Jorge & Wexner de IncontinÃncia e ConstipaÃÃo e o Female Sexual Function Index (FSFI). A investigaÃÃo dos sintomas urinÃrios na gestaÃÃo mostrou prevalÃncia de polaciÃria de 70,3% e 26,1% com incontinÃncia urinÃria, independentemente do tipo e do trimestre gestacional. As gestantes incontinentes sentiram-se mais afetadas quanto ao desempenho das atividades diÃrias, no entanto, pode-se afirmar que, de forma geral, a IU causou pouco impacto na QVRS das gestantes. No tocante aos sintomas de IA e sua interferÃncia na QVRS das gestantes, notou-se que esse à um sintoma pouco prevalente com percentual de 4,6% e de pouco impacto na QVRS da mulher. A constipaÃÃo, por sua vez, apresentou prevalÃncia de 26,8%, porÃm tambÃm nÃo causou impacto na QVRS. A disfunÃÃo do assoalho pÃlvico que obteve maior prevalÃncia foi a disfunÃÃo sexual. A pesquisa mostrou que 32,1% das participantes apresentam disfunÃÃo sexual, com menores mÃdias no domÃnio âDesejoâ. Observou-se ainda que grÃvidas com disfunÃÃo sexual tiveram piores mÃdias de QVRS do que gestantes sem disfunÃÃo. Conclui-se, portanto, que a QVRS de gestantes sofre influÃncia negativa das disfunÃÃes do assoalho pÃlvico. Assim, acredita-se que a presente pesquisa contribuiu para a identificaÃÃo do impacto que as disfunÃÃes do assoalho pÃlvico podem provocar na QVRS das gestantes, indicando os principais aspectos que podem ser incorporados na assistÃncia prÃ-natal, pelos profissionais de saÃde, especialmente, os enfermeiros, a fim de melhorar a QVRS das gestantes.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDisfunÃÃo do assoalho pÃlvico e qualidade de vida relacionada à saÃde de gestantesPelvic floor disorders and quality of life related to pregnant women health.2015-04-14Ana Karina Bezerra Pinheiro43462162349http://lattes.cnpq.br/6862658087106562 Paulo CÃsar de Almeida04161610300Paulo CÃsar de AlmeidaFrancisco HerlÃnio Costa Carvalho44307110382http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4775406T6Camila Teixeira Moreira Vasconcelos85462055315http://lattes.cnpq.br/5810658244169447Mirna Albuquerque Frota44087144372http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4708820P000665639333http://lattes.cnpq.br/2355528119282427Paula Renata Amorim Lessa Soares Universidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBRENFERMAGEMA gestaÃÃo pode ser compreendida como um perÃodo de surgimento ou agravamento das disfunÃÃes do assoalho pÃlvico como incontinÃncia urinÃria, disfunÃÃes anorretais, disfunÃÃes sexuais e o prolapso de ÃrgÃos pÃlvicos por diversos motivos, entre os quais se destacam a prÃpria gestaÃÃo e a denervaÃÃo do assoalho pÃlvico ou traumas durante o parto, causando grandes impactos negativos na qualidade de vida relacionada à saÃde (QVRS) dessas mulheres. O objetivo geral do estudo foi analisar a influÃncia da disfunÃÃo do assoalho pÃlvico na qualidade de vida relacionada à saÃde de gestantes. Trata-se de um estudo transversal, correlacional, com abordagem quantitativa realizado em quatro locais distintos, sendo trÃs unidades de saÃde que atendem pelo sistema pÃblico e uma clÃnica que atende pelo sistema privado. A amostra foi composta por 261 gestantes, sendo 120 coletados do serviÃo privado e 141 do serviÃo pÃblico. Elas foram entrevistas de Setembro a Novembro de 2014 por meio dos seguintes instrumentos: um questionÃrio com dados sÃcio demogrÃficos, obstÃtricos e fatores de qualidade de vida relacionada à saÃde; um questionÃrio contendo dados de investigaÃÃo sobre as queixas de incontinÃncia urinÃria, anal e prolapso vaginal; o Ãndice de Qualidade de Vida de Ferrans & Powers adaptado; o KingÂs Health Questionnaire; o Escore de Jorge & Wexner de IncontinÃncia e ConstipaÃÃo e o Female Sexual Function Index (FSFI). A investigaÃÃo dos sintomas urinÃrios na gestaÃÃo mostrou prevalÃncia de polaciÃria de 70,3% e 26,1% com incontinÃncia urinÃria, independentemente do tipo e do trimestre gestacional. As gestantes incontinentes sentiram-se mais afetadas quanto ao desempenho das atividades diÃrias, no entanto, pode-se afirmar que, de forma geral, a IU causou pouco impacto na QVRS das gestantes. No tocante aos sintomas de IA e sua interferÃncia na QVRS das gestantes, notou-se que esse à um sintoma pouco prevalente com percentual de 4,6% e de pouco impacto na QVRS da mulher. A constipaÃÃo, por sua vez, apresentou prevalÃncia de 26,8%, porÃm tambÃm nÃo causou impacto na QVRS. A disfunÃÃo do assoalho pÃlvico que obteve maior prevalÃncia foi a disfunÃÃo sexual. A pesquisa mostrou que 32,1% das participantes apresentam disfunÃÃo sexual, com menores mÃdias no domÃnio âDesejoâ. Observou-se ainda que grÃvidas com disfunÃÃo sexual tiveram piores mÃdias de QVRS do que gestantes sem disfunÃÃo. Conclui-se, portanto, que a QVRS de gestantes sofre influÃncia negativa das disfunÃÃes do assoalho pÃlvico. Assim, acredita-se que a presente pesquisa contribuiu para a identificaÃÃo do impacto que as disfunÃÃes do assoalho pÃlvico podem provocar na QVRS das gestantes, indicando os principais aspectos que podem ser incorporados na assistÃncia prÃ-natal, pelos profissionais de saÃde, especialmente, os enfermeiros, a fim de melhorar a QVRS das gestantes.Pregnancy can be construed as a period in which pelvic floor dysfunctions, such as urinary incontinence, anorectal conditions, sexual dysfunctions, pelvic organ prolapse, and pelvic floor denervation, may occur or worsen, negatively impacting quality of life among this specific female population. The research general objective was to analyze the influence of pelvic floor dysfunctions on the health-related quality of life (HRQoL) of pregnant women. Itâs a cross-sectional, correlational, quantitative study which took place on four different environments: three public health unities and one private clinic. The study sample is composed of 261 pregnant women, 120 of them from the private clinic and 141 from the public health unit, who were interviewed from September to December of 2014.The instruments used were: a socio-demographic, obstetric and quality of life questionnaire; a questionnaire containing items related to urinary, fecal and pelvic organ prolapse symptoms; the Ferrans & Powers Quality of Life Index (adapted version); the Kingâs Health Questionnaire; the Jorge-Wexner Incontinence and Constipation Score; the Female Sexual Function Index (FSFI). The investigation of urinary symptoms in pregnancy showed a prevalence of polacyuria of 70.3% and 26.1% (68) had urinary incontinence, regardless of the type and term of pregnancy. Incontinent pregnant women felt more affected during the performance of daily activities, however, it can be said that, in general, UI caused little impact on the HRQoL of pregnant women. Regarding the symptom of AI and its interference in HRQoL of pregnant women, it was noted that this is a symptom with low prevalence with a percentage of 4.6% (12) and little impact on the HRQoL of women. Constipation, in turn, presented data slightly higher at 26.8% (70), but also had no impact on the HRQoL. The pelvic floor dysfunction with the highest prevalence of pregnant women was sexual dysfunction. The survey showed that 32.1% of participants have sexual dysfunction, with lower averages in the desire domain. It was also observed that pregnant women with sexual dysfunction had worse averages in the HRQoL than the ones without dysfunction. It can be concluded, therefore, that the HRQoL of pregnant women suffer negative influence from pelvic floor dysfunction. Thus, it is believed that this research has helped identify the impact of pelvic floor dysfunction on the HRQoL of pregnant women, indicating the main aspects that can be incorporated into prenatal care by health professionals, especially the nurses, in order to improve the HRQoL of pregnant women.CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14102application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:21Zmail@mail.com -
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