EducaÃÃo para o gosto: cotidiano escolar e alimentar no estado do PiauÃ

• Autor(a) principal: Fauston Negreiros
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19170
• topic: Gosto Alimentar; Cotidiano Escolar; EducaÃÃo; CurrÃculo; Food Preferences; Everyday School Life; Education; Curriculum; EDUCACAO

Estudo sobre educaÃÃo do gosto alimentar construÃdo por meio de prÃticas curriculares e cotidianas de uma escola da rede pÃblica estadual do PiauÃ, localizada na cidade de Teresina, considerando a relaÃÃo currÃculo, prÃtica alimentar, cotidiano escolar e educaÃÃo para o gosto alimentar. A metodologia teve base etnogrÃfica, conjugando abordagens de natureza qualitativa e quantitativa. Ocorreu em uma escola da rede pÃblica estadual de ensino, em Teresina/PI, da qual participaram alunos e pais de alunos, docentes e funcionÃrios, alÃm de moradores e comerciantes da alimentaÃÃo da regiÃo prÃxima à escola. A coleta de dados se deu por meio de: observaÃÃo do cotidiano escolar; entrevistas semi-estruturadas, fundamentadas na HistÃria Oral; QuestionÃrio de FreqÃÃncia do Consumo Alimentar (QFCA). Os dados quantitativos foram prÃ-analisados, estatisticamente pelo programa GraphPad Prism para estimar aspectos da educaÃÃo do gosto alimentar, especificando os variados gÃneros alimentÃcios consumidos; os dados qualitativos foram examinados a partir dos fundamentos da HermenÃutica de Profundidade que consta de: anÃlise sÃcio-histÃrica; anÃlise formal ou discursiva; e interpretaÃÃo/ reinterpretaÃÃo. Os resultados indicam: duas dimensÃes da educaÃÃo do gosto alimentar, sendo uma relacionada ao currÃculo instituÃdo na escola e outra voltada para o currÃculo oculto, expresso no cotidiano escolar; a disciplina Horta Escolar no currÃculo da escola estudada, ensejou experiÃncias sensoriais, lÃdicas e de vÃnculo com os alimentos naturalmente cultivados na escola, como estratÃgia para estimular o consumo de alimentos saudÃveis e de ampliaÃÃo do conhecimento acerca da procedÃncia dos gÃneros alimentÃcios a serem consumidos. No cotidiano escolar, as prÃticas alimentares se destacam, uma vez que nÃo alÃm de serem apresentados modelos saudÃveis de alimentaÃÃo nas quatro refeiÃÃes oferecidas da escola, priorizam as socializaÃÃes realizadas e mediadas pelas prÃticas alimentares, os vÃnculos construÃdos, as aplicaÃÃes prÃticas dos conhecimentos estudados acerca da alimentaÃÃo, preconizando a sensibilizaÃÃo dos alunos para um consumo alimentar consciente e promotor do bem-estar por meio da alimentaÃÃo saudÃvel. As vertentes identificadas constituem um processo formativo da educaÃÃo do gosto alimentar nos escolares, fomentando, sobretudo, o consumo de hortaliÃas e frutas, que quase dobra com a experiÃncia vivida de um ano letivo. Constatou-se a reduÃÃo de mais de 50% do consumo semanal de aÃÃcares e frituras, com substancial aumento do consumo de carne branca. Houve diminuiÃÃo da predisposiÃÃo por alimentos enlatados e progressiva minimizaÃÃo do consumo de carne vermelha, salgadinhos, vÃsceras e Ãleos. Enfim, evidenciou-se que para desenvolver a educaÃÃo do gosto alimentar como processo formativo a ser construÃdo tambÃm na escola, à indispensÃvel a integraÃÃo de trÃs Ãreas: educaÃÃo/currÃculo, alimentaÃÃo/nutriÃÃo e ambiente escolar/comunidade.