Programa Brasil Alfabetizado na UECE: a alfabetizaÃÃo como mediaÃÃo de inclusÃo social

• Autor(a) principal: Rejane Mary Moreira
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5566
• topic: PolÃtica de EJA; InclusÃo Social; AlfabetizaÃÃo; Social Inclusion; EJA Policy; Literacy; CIENCIAS HUMANAS

O objetivo desta pesquisa foi analisar a contribuiÃÃo do Programa Brasil Alfabetizado executado pela UECE quanto à inclusÃo social dos alunos da quinta turma â perÃodo 2007/2008. Com base nesse objetivo verificamos se essa experiÃncia de alfabetizaÃÃo levou os egressos dessa turma a permanecer lendo e escrevendo com a devida compreensÃo. Optou-se pela pesquisa de carÃter descritivo, de natureza qualitativa, e como tÃcnica uma entrevista semi-estruturada da qual participaram 13 alfabetizados de trÃs turmas do Programa, que funcionaram nos bairros do Jardim das Oliveiras, do Pio XII e da AerolÃndia. Foi aplicado um questionÃrio com as educadoras dessas turmas e outro com a coordenadora pedagÃgica do projeto. Os resultados indicam que a experiÃncia de alfabetizaÃÃo executada pela UECE nÃo levou os alfabetizados da quinta turma a permanecer lendo e escrevendo. Isso deixou a desejar no que concerne à aquisiÃÃo da leitura, escrita e noÃÃes de AritmÃtica e da continuidade do uso dessas habilidades no cotidiano, como tambÃm dos estudos na EJA. Ressaltam-se como positivos desse Programa âpequenos avanÃosâ como aprender a assinar o nome e o desenvolvimento da oralidade, o que significa apropriar-se de uma nova visÃo de vida, fato que os levou a elevar a auto-estima. Os resultados da pesquisa sugerem que, para se buscar os caminhos ou soluÃÃes favorÃveis à inclusÃo pela alfabetizaÃÃo, deve-se considerar as condiÃÃes concretas de vida dos alfabetizandos e adotar medidas de seleÃÃo para os educadores no sentido de que a formaÃÃo inicial, continuada e permanente destes, caminhem para a constituiÃÃo de uma nova didÃtica com profissionais comprometidos, qualificados e habilitados ao magistÃrio na Ãrea de EJA; uma oferta que nÃo seja de polÃticas compensatÃrias, mas uma proposta de PolÃtica de EJA capaz de romper com as prÃticas das antigas campanhas de carÃter assistencialista, descomprometidas em relaÃÃo à continuidade da escolarizaÃÃo e com a transformaÃÃo da sociedade; uma proposta de educaÃÃo que considere e respeite a diversidade como valor, que seja continuada e libertadora.