ViolÃncia no trabalho na equipe de enfermagem: prevalÃncia e fatores associados nas emergÃncias de hospitais de referÃncia para causas externas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Naianny Rodrigues de Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17971
Resumo: Objetivou-se caracterizar a prevalÃncia, tipologia e fatores associados à violÃncia no local de trabalho contra profissionais de enfermagem. Estudo de corte transversal analÃtico com abordagem quantitativa realizado nos setores de emergÃncia de quatro hospitais municipais de referÃncia para causas externas em Fortaleza. A amostra foi composta por 217 profissionais de enfermagem. A coleta de dados se deu atravÃs de questionÃrio com perguntas fechadas sobre dados sociodemogrÃficos e profissionais, impressÃes sobre a violÃncia no trabalho e ocorrÃncia da mesma. Os dados foram tabulados no programa Epi Info versÃo 3.5.3 e posteriormente submetidos à anÃlise estatÃstica atravÃs do software STATA versÃo 13. Realizou-se anÃlise descritiva e bivariada. As variÃveis foram confrontadas com o(s) desfecho(s) utilizando o teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher e ainda atravÃs do Teste de Wilcoxon Mann-Whitney a fim de verificar possÃveis associaÃÃes estatÃsticas significantes. A prevalÃncia de violÃncia no trabalho foi de 79,3% (172); agressÃo verbal, 73,7% (160); assÃdio moral, 26,7% (58); agressÃo fÃsica e assÃdio sexual, ambos 6,5% (14). Quanto aos profissionais que sofreram violÃncia, predominaram os de 31 a 40 anos, 29,1% (50); sexo feminino, 83,7% (144); solteiros, 41,3% (71); pardos, 54,1% (93); sem turno fixo de trabalho, 52,3% (90); tÃcnicos de enfermagem, 66,9% (115); tinham de um a cinco anos de experiÃncia profissional, 25,6% (44); e trabalhavam de 31 a 60 horas semanais, 64% (110). As formas de violÃncia que mais se repetiram foram agressÃo verbal, 70% (160) e assÃdio moral, 50% (29). Na agressÃo fÃsica e assÃdio sexual, os principais agressores foram pacientes, 42,9% (6). Acompanhantes ou familiares perpetraram 71,9% (115) dos casos de agressÃo verbal. No assÃdio moral, 43,1% (25) dos agressores foram colegas de trabalho da mesma profissÃo da vÃtima. O horÃrio da manhà concentrou 43,8% (70) da agressÃo fÃsica, 50% (7) da agressÃo verbal, 50% (29) do assÃdio moral e 57,1% (8) do assÃdio sexual. Identificou-se associaÃÃo estatÃstica entre faixa etÃria jovem e sofrer assÃdio sexual (p=0,010); ser divorciado e sofrer agressÃo verbal (p=0,048); trabalho diurno e o sofrer agressÃo verbal (p=0,042); menor tempo de experiÃncia e sofrer agressÃo verbal (p=0,030); avaliaÃÃo do local de trabalho como inseguro e sofrer violÃncia ocupacional (p=0,000) e sofrer agressÃo verbal (p=0,004); relatar chefia violenta e sofrer violÃncia ocupacional (p=0,048) e agressÃo fÃsica (p=0,018); relatar acompanhantes violentos e sofrer agressÃo verbal (p=0,037); relatar mÃdicos violentos e sofrer assÃdio moral (p=0,001) e assÃdio sexual (p=0,000); falta de seguranÃas ou policiais e sofrer agressÃo verbal (p=0,031); falta de treinamento sobre violÃncia e sofrer assÃdio sexual (p=0,035); presenciar violÃncia e sofrer violÃncia ocupacional (p=0,000) e agressÃo verbal (p=0,000). Para implementaÃÃo de medidas e intervenÃÃes voltadas para a saÃde do trabalhador, devem ser considerados nÃo somente os elementos intrinsecamente ligados ao processo de trabalho, mas tambÃm os elementos externos; faz-se necessÃrio um conjunto de aÃÃes que englobem os profissionais de saÃde, administradores e gestores, polÃticas pÃblicas, fatores econÃmicos, sociais e culturais.
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