Juventudes e Ensino MÃdio: transiÃÃes, trajetÃrias e projetos de futuro

• Autor(a) principal: Maria Alda de Sousa Alves
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18282
• topic: Juventudes; Ensino mÃdio; TrajetÃrias de escolarizaÃÃo; Projetos de futuro; TransiÃÃes para a vida adulta; Youth; High school; Trajectories of schooling; Projects of future; Transition to adulthood; SOCIOLOGIA DA EDUCACAO

Nesta pesquisa intento trazer uma problematizaÃÃo sobre os sentidos de transiÃÃo no ensino mÃdio para os jovens. Trata-se de uma discussÃo que tem como campo duas escolas pÃblicas, uma de ensino mÃdio profissionalizante e outra de ensino mÃdio regular, localizadas na cidade de Fortaleza-Ce. A imagem de juventude como um processo de diferentes transiÃÃes à uma ideia partilhada por autores como Pais (2009) e Marques (2003), ao acentuarem que, na passagem para a chamada idade adulta, continua a predominar a valorizaÃÃo de determinados marcadores como a obtenÃÃo do primeiro emprego, o casamento e o nascimento dos filhos, embora tais rituais (Goffman 2011, McLaren, 1991), nas sociedades contemporÃneas, nÃo se apresentem sob a lÃgica do tempo linear. Um dos principais espaÃos de socializaÃÃo e campo no qual se à legitimado tal rito de passagem à a escola, embora atualmente se reconheÃa a existÃncia de uma crise das instituiÃÃes modernas ou uma âdesinstitucionalizaÃÃo do socialâ (Abad, 2003, Dubet, 2007). Esta investigaÃÃo intenta captar os sentidos atribuÃdos pelos jovens Ãs transiÃÃes experimentadas no ensino mÃdio visando compreender a relaÃÃo existente entre esse nÃvel de ensino e seus projetos de futuro. AtravÃs de observaÃÃes, anÃlises de perfis, conversas em grupo, entrevistas individuais e notas etnogrÃficas de campo, realizadas nas duas escolas entre 2014 e 2015, bem como por meio do registro das trajetÃrias de escolarizaÃÃo de dois jovens interlocutores, procuro analisar aspectos relativos à suas configuraÃÃes familiares, lugar social, percepÃÃes sobre a escola, o ENEM, o estÃgio ao final do ensino mÃdio profissionalizante, a fruiÃÃo do tempo e os deslocamentos pela cidade. Cotejando os achados de campo com teorias sÃcias antropolÃgicas, lanÃo mÃo de conceitos como âcapital culturalâ (Bourdieu, 2015, Lahire, 1995), âtransiÃÃes para a vida adultaâ (Pais, 2003, Guerreiro e Abrantes, 2005), âdesinstitucionalizaÃÃo do socialâ (Abad, 2003, Dubet, 2007) âcampo de possibilidadesâ e âprojetoâ (Velho, 1994), alÃm de consideraÃÃes significativas de autoras como SpÃsito (2005), Dayrell (1996, 2007, 2009), Abramo (1994) e DiÃgenes (1998).