Arquitetura e instruÃÃo pÃblica: a reforma de 1922, concepÃÃo de espaÃos e formaÃÃo de grupos escolares no CearÃ

• Autor(a) principal: Zilsa Maria Pinto Santiago
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6330
• topic: HistÃria da EducaÃÃo; Arquitetura escolar; Reforma educacional; Grupos Escolares; History of Education; Educational architecture; Educational reform; School Groups; EDUCACAO

O presente trabalho integra o campo da HistÃria da EducaÃÃo, sob o prisma da cultura material escolar. Trata da formaÃÃo de concepÃÃes de prÃdios escolares no Brasil, no perÃodo compreendido entre o final do sÃculo XIX e as primeiras dÃcadas do sÃculo XX, com Ãnfase nas dÃcadas de 1920 e 1930, quando o quadro social era de conflito entre tendÃncias tradicionais e modernas, tanto na Arquitetura, quanto na Pedagogia e mesmo na Economia e na PolÃtica. Focaliza o processo de reforma da instruÃÃo pÃblica de 1922 no CearÃ, como condiÃÃo para a criaÃÃo de espaÃos escolares. Destaca as contribuiÃÃes e mudanÃas desta reforma para o entendimento do sentido de escola, indagando atà que ponto os prÃdios das escolas construÃdas neste perÃodo, particularmente as de Fortaleza, atenderam ao ideÃrio da educaÃÃo moderna. Analisa os perÃodos antecedentes da Reforma da InstruÃÃo PÃblica de 1922, em perspectiva comparada, no que diz respeito a vÃrios aspectos e procedimentos, que envolvem uma tipologia de escolas e prÃdios escolares mais representativos; reconstituiÃÃo da memÃria material das instituiÃÃes pÃblicas de ensino primÃrio no CearÃ; identificaÃÃo de mudanÃa nos padrÃes arquitetÃnicos de escola, bem como nos fatores de localizaÃÃo destes equipamentos educacionais na Cidade. Revela que o tipo de organizaÃÃo escolar denominada escola graduada de ensino primÃrio, caracterizado por mÃltiplas salas de aula, com turmas em vÃrios nÃveis e um professor para cada turma, veio aparecer pela primeira vez no Cearà na dÃcada de 1900, cuja materializaÃÃo arquitetÃnica se deu com a criaÃÃo dos grupos escolares, emergentes nas duas primeiras dÃcadas da fase republicana, tendo maior intensificaÃÃo na dÃcada de 1930. Utiliza-se principalmente de fontes documentais impressas e imagÃticas, de legislaÃÃo, regulamentos, regimentos e cÃdigos, mas tambÃm fez uso de bibliografia referente à HistÃria da EducaÃÃo e da Arquitetura, alÃm de recorrer, quando foi possÃvel, à fonte oral. Constata a existÃncia de trÃs tipos de concepÃÃes arquitetÃnicas escolares: 1. prÃdios como representaÃÃo de uma arquitetura erudita; 2. prÃdios convenientes e 3. prÃdios de tipologia funcional ou projeto-padrÃo. Percebe uma articulaÃÃo do espaÃo-escola com aspectos e mÃtodos de ensino, embora haja evidÃncias de uma oscilaÃÃo, no Ãmbito do ensino, entre a influÃncia da Pedagogia Tradicional e da Escola Ativa, sendo esta Ãltima tendÃncia modernizadora a que corrobora um novo projeto nacional republicano, que nasceria, portanto, juntamente com a luta por uma Escola Nova, mas nÃo ficaria a esta reduzida, em especial, a razÃo de disputa travada entre defensores do ensino laico e confessional.