Entre se dizer e ser dito crianÃa: significados e sentidos construÃdos pelas crianÃas acerca da aÃÃo de participaÃÃo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8601 |
Resumo: | O presente trabalho objetivou compreender os significados e sentidos construÃdos pelas crianÃas acerca da aÃÃo de participaÃÃo. Dos diversos lugares que crianÃas ocupam na sociedade brasileira constata-se que junto aos discursos e prÃticas sociais que enaltecem seu direito à participaÃÃo e à voz na vida social e polÃtica, coerentes com o fato de as crianÃas serem facultados direitos e deveres, coexistem aqueles que a afirmam em um lugar de incapacidade e inferioridade no percurso de desenvolvimento do sujeito racional de uma sociedade eminentemente adultocÃntrica. Desde uma perspectiva histÃrico-cultural da constituiÃÃo humana, compreende-se que as crianÃas se constroem como tais nas tensÃes caracterÃsticas desse contexto. A participaÃÃo à compreendida no presente trabalho como uma aÃÃo que se concretiza na interaÃÃo com o(s) outro(s), em contextos social e culturalmente carregados de valores, sendo focadas as situaÃÃes cotidianas, com sua diversidade de modos possÃveis de participar. A pesquisa, de carÃter qualitativo, foi desenvolvida junto a um grupo de crianÃas e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, participantes de um projeto social no nordeste brasileiro. Como tÃcnicas de geraÃÃo de dados, foram utilizadas a metodologia das Oficinas, caracterizando uma pesquisa-intervenÃÃo, e a observaÃÃo participante. As formas de registros adotadas foram o diÃrio de campo e a gravaÃÃo dos encontros em vÃdeo, seguida de transcriÃÃo. Os dados construÃdos foram analisados a partir do referencial da Rede de SignificaÃÃes e de uma anÃlise microgenÃtica na matriz histÃrico-cultural. As crianÃas e os adolescentes criaram estratÃgias participativas para lidar com a tensÃo entre o instituÃdo e a experiÃncia, produzindo sentidos em torno de significados hegemonicamente compartilhados acerca de sua participaÃÃo. Assim, a participaÃÃo destes sujeitos acontece em seu cotidiano, nas situaÃÃes mais simples de interaÃÃo, nos microespaÃos das relaÃÃes, assim como, em prÃticas participativas socialmente reconhecidas para que esse processo se concretize. Entretanto, as imagens de infÃncia presentes nas prÃticas com crianÃas muitas vezes acabam por (for)matar as experiÃncias de ser crianÃa e de participar, desconsiderando os contextos, as demandas e as possibilidades de um tempo que està sendo sempre desfeito, refeito e construÃdo. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEntre se dizer e ser dito crianÃa: significados e sentidos construÃdos pelas crianÃas acerca da aÃÃo de participaÃÃoAmong say and be told child: significances and meanings constructed by children regarding the action of participation. 2012-06-15Veriana de FÃtima Rodrigues ColaÃo16729196491http://lattes.cnpq.br/4052574912000577Ãngela de Alencar Araripe Pinheiro08186430300http://lattes.cnpq.br/7179410729216916Lucia Rabello de Castro38503085704http://lattes.cnpq.br/1214581491021739 93139683391http://lattes.cnpq.br/6081243444199320Lis Albuquerque MeloUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRInfÃncias ParticipaÃÃo de CrianÃas Desenvolvimento Cultural Processos de SignificaÃÃo. Childhood Children Participation Cultural Development Processes of Signification. PSICOLOGIAO presente trabalho objetivou compreender os significados e sentidos construÃdos pelas crianÃas acerca da aÃÃo de participaÃÃo. Dos diversos lugares que crianÃas ocupam na sociedade brasileira constata-se que junto aos discursos e prÃticas sociais que enaltecem seu direito à participaÃÃo e à voz na vida social e polÃtica, coerentes com o fato de as crianÃas serem facultados direitos e deveres, coexistem aqueles que a afirmam em um lugar de incapacidade e inferioridade no percurso de desenvolvimento do sujeito racional de uma sociedade eminentemente adultocÃntrica. Desde uma perspectiva histÃrico-cultural da constituiÃÃo humana, compreende-se que as crianÃas se constroem como tais nas tensÃes caracterÃsticas desse contexto. A participaÃÃo à compreendida no presente trabalho como uma aÃÃo que se concretiza na interaÃÃo com o(s) outro(s), em contextos social e culturalmente carregados de valores, sendo focadas as situaÃÃes cotidianas, com sua diversidade de modos possÃveis de participar. A pesquisa, de carÃter qualitativo, foi desenvolvida junto a um grupo de crianÃas e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, participantes de um projeto social no nordeste brasileiro. Como tÃcnicas de geraÃÃo de dados, foram utilizadas a metodologia das Oficinas, caracterizando uma pesquisa-intervenÃÃo, e a observaÃÃo participante. As formas de registros adotadas foram o diÃrio de campo e a gravaÃÃo dos encontros em vÃdeo, seguida de transcriÃÃo. Os dados construÃdos foram analisados a partir do referencial da Rede de SignificaÃÃes e de uma anÃlise microgenÃtica na matriz histÃrico-cultural. As crianÃas e os adolescentes criaram estratÃgias participativas para lidar com a tensÃo entre o instituÃdo e a experiÃncia, produzindo sentidos em torno de significados hegemonicamente compartilhados acerca de sua participaÃÃo. Assim, a participaÃÃo destes sujeitos acontece em seu cotidiano, nas situaÃÃes mais simples de interaÃÃo, nos microespaÃos das relaÃÃes, assim como, em prÃticas participativas socialmente reconhecidas para que esse processo se concretize. Entretanto, as imagens de infÃncia presentes nas prÃticas com crianÃas muitas vezes acabam por (for)matar as experiÃncias de ser crianÃa e de participar, desconsiderando os contextos, as demandas e as possibilidades de um tempo que està sendo sempre desfeito, refeito e construÃdo. This study aimed to understand the significances and meanings constructed by children regarding the action of participation. From the many places that children occupy in Brazilian society, it appears that, among the discourses and social practices that enhance their right to participation and voice in social and political life, consistent with the fact that rights and duties are assigned to the children, it coexists those that claim a place of inadequacy and inferiority in the course of development of the rational subject of an eminently adultocentric society. From a historical-cultural perspective of the human constitution, it is understood that children are constructed as such by the context characteristics tensions. Participation in this study is understood as an action that is realized in the interaction with the other (s) in cultural and social contexts filled with values, focusing on everyday situations, with their diversity of possible ways to participate. This qualitative research was developed with a group of children and adolescents aged between 7 and 17 years, participants in a social project in northeastern Brazil. As techniques for generating data, we used the methodology of the Workshops, characterizing an intervention research, and participant observation. The registers adopted were the field diary and video recording of meetings, followed by transcription. The constructed data was analyzed from the reference of Network of Significations and the microgenetic analysis by the historical-cultural matrix. The children and the adolescents created participatory strategies to deal with the tension between the instituted and the experience, producing meanings around shared hegemonic significances about their participation. Thus, the participation of these subjects happens in their daily lives, on most simple interaction, in micro-spaces of relations, as participatory practices socially recognized for this process to take place. However, images of children present in practices with children often end up formatting the experience of being a child and to participate, disregarding the contexts, needs and possibilities of a time that is always being undone, redone and built.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8601application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:48Zmail@mail.com - |
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This study aimed to understand the significances and meanings constructed by children regarding the action of participation. From the many places that children occupy in Brazilian society, it appears that, among the discourses and social practices that enhance their right to participation and voice in social and political life, consistent with the fact that rights and duties are assigned to the children, it coexists those that claim a place of inadequacy and inferiority in the course of development of the rational subject of an eminently adultocentric society. From a historical-cultural perspective of the human constitution, it is understood that children are constructed as such by the context characteristics tensions. Participation in this study is understood as an action that is realized in the interaction with the other (s) in cultural and social contexts filled with values, focusing on everyday situations, with their diversity of possible ways to participate. This qualitative research was developed with a group of children and adolescents aged between 7 and 17 years, participants in a social project in northeastern Brazil. As techniques for generating data, we used the methodology of the Workshops, characterizing an intervention research, and participant observation. The registers adopted were the field diary and video recording of meetings, followed by transcription. The constructed data was analyzed from the reference of Network of Significations and the microgenetic analysis by the historical-cultural matrix. The children and the adolescents created participatory strategies to deal with the tension between the instituted and the experience, producing meanings around shared hegemonic significances about their participation. Thus, the participation of these subjects happens in their daily lives, on most simple interaction, in micro-spaces of relations, as participatory practices socially recognized for this process to take place. However, images of children present in practices with children often end up formatting the experience of being a child and to participate, disregarding the contexts, needs and possibilities of a time that is always being undone, redone and built. |
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O presente trabalho objetivou compreender os significados e sentidos construÃdos pelas crianÃas acerca da aÃÃo de participaÃÃo. Dos diversos lugares que crianÃas ocupam na sociedade brasileira constata-se que junto aos discursos e prÃticas sociais que enaltecem seu direito à participaÃÃo e à voz na vida social e polÃtica, coerentes com o fato de as crianÃas serem facultados direitos e deveres, coexistem aqueles que a afirmam em um lugar de incapacidade e inferioridade no percurso de desenvolvimento do sujeito racional de uma sociedade eminentemente adultocÃntrica. Desde uma perspectiva histÃrico-cultural da constituiÃÃo humana, compreende-se que as crianÃas se constroem como tais nas tensÃes caracterÃsticas desse contexto. A participaÃÃo à compreendida no presente trabalho como uma aÃÃo que se concretiza na interaÃÃo com o(s) outro(s), em contextos social e culturalmente carregados de valores, sendo focadas as situaÃÃes cotidianas, com sua diversidade de modos possÃveis de participar. A pesquisa, de carÃter qualitativo, foi desenvolvida junto a um grupo de crianÃas e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, participantes de um projeto social no nordeste brasileiro. Como tÃcnicas de geraÃÃo de dados, foram utilizadas a metodologia das Oficinas, caracterizando uma pesquisa-intervenÃÃo, e a observaÃÃo participante. As formas de registros adotadas foram o diÃrio de campo e a gravaÃÃo dos encontros em vÃdeo, seguida de transcriÃÃo. Os dados construÃdos foram analisados a partir do referencial da Rede de SignificaÃÃes e de uma anÃlise microgenÃtica na matriz histÃrico-cultural. As crianÃas e os adolescentes criaram estratÃgias participativas para lidar com a tensÃo entre o instituÃdo e a experiÃncia, produzindo sentidos em torno de significados hegemonicamente compartilhados acerca de sua participaÃÃo. Assim, a participaÃÃo destes sujeitos acontece em seu cotidiano, nas situaÃÃes mais simples de interaÃÃo, nos microespaÃos das relaÃÃes, assim como, em prÃticas participativas socialmente reconhecidas para que esse processo se concretize. Entretanto, as imagens de infÃncia presentes nas prÃticas com crianÃas muitas vezes acabam por (for)matar as experiÃncias de ser crianÃa e de participar, desconsiderando os contextos, as demandas e as possibilidades de um tempo que està sendo sempre desfeito, refeito e construÃdo. |
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