A traduÃÃo do fluxo de consciÃncia literÃrio na trilha musical do filme The Hours

• Autor(a) principal: Isadora Meneses Rodrigues
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16489
• topic: Fluxo de ConsciÃncia; Cinema; Literatura; TraduÃÃo; Trilha Musical; Stream of Consciousness; Cinema; Literature; Translation; Score; COMUNICACAO

Este trabalho tem por objetivo analisar o filme The Hours (2002), adaptaÃÃo cinematogrÃfica do romance homÃnimo de Michael Cunningham (1998). No livro, o fluxo de consciÃncia à utilizado para representar a percepÃÃo interior dos personagens. Para a traduÃÃo da tÃcnica, principal desafio do processo de adaptaÃÃo segundo o roteirista David Hare (2002), evitou-se o flashback e voice-over. No lugar da descriÃÃo do pensamento, o filme transforma a subjetividade dos personagens em aÃÃo exterior, por meio dos diÃlogos e da caracterizaÃÃo dos atores. O nosso pressuposto à de que a trilha musical, composta pelo mÃsico norte-americano Philip Glass, à o elemento fÃlmico que sugere a expressÃo de um fluxo de consciÃncia na pelÃcula. NÃo sà pelo estilo da composiÃÃo, pÃs-minimalista, se aproximar de conceitos estÃticos da ficÃÃo de fluxo de consciÃncia, mas tambÃm pelo modo como essa mÃsica se entrelaÃa Ãs imagens. Nesse sentido, procuramos articular autores da teoria literÃria (Wood, 2012; Humphrey, 1979), dos estudos musicais (Gorbman, 1987; Ross,2009) e da cultura visual (Mitchell, 1986; RanciÃre, 2009) para tratar da relaÃÃo entre texto, imagem em movimento e som. Consideramos que esses elementos estÃo em constante convergÃncia na contemporaneidade, jà que a literatura, o cinema e a mÃsica estÃo inseridos em um mundo onde hà um deslocamento contÃnuo entre as instÃncias do dizÃvel e do visÃvel.