Acessibilidade e inclusão de alunos surdos na educação infantil: perspectivas docentes no fazer pedagógico

• Autor(a) principal: Sales, Maria Elaine
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/9468
• topic: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS LIBRAS; Inclusão de surdos; acessibilidade; Educação infantil; Libras.

A educação infantil é a etapa de ensino em que as crianças tem os primeiros contatos com as características de sua língua materna de forma institucionalizada. O sujeito surdo, que tem a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua, enfrenta grande dificuldades nesse período, uma vez que, faltam políticas educacionais inclusivas para contribuir nesse processo. O contato inicial do surdo com a Libras se dá quase sempre na escola, de forma tardia e na maioria das vezes descontextualizada da realidade de língua e processo comunicativo que estes indivíduos tem. Essa insuficiência no ensino de Libras ocorre, sobretudo, em escolas públicas. Nesse sentido, esta pesquisa justificou-se pela necessidade de compreender a acessibilidade e inclusão de alunos surdos na rede pública de ensino, bem como, a metodologia, recursos e estratégias utilizadas pelos professores e intérpretes atuantes em sala de aula. Tivemos como objetivo analisar a acessibilidade e inclusão de alunos surdos na educação infantil em um CMEI da cidade de Caraúbas, no estado do Rio Grande do Norte, levando em consideração o processo de inclusão, a perspectiva dos professores e as estratégias de ensino empregadas. Logo, com uma análise de natureza qualitativa do tipo exploratória (GIL, 2002) e apoiados nas ideias de Vitorino e Souza (2020), De Vitta, Vitta e Monteiro (2010), Santos e Miguel (2019) e nas leis e decretos que visam garantir o acesso à educação inclusiva (BRASIL, 2000, 2002, 2015), realizamos a aplicação de questionários com a direção e duas professoras da escola. Dessa forma, os dados mostraram que na instituição, onde tem uma aluna surda, de modo geral, não apresenta uma inclusão significativa. Nessa lógica, o que se tem, na verdade, são tentativas de incluir uma criança surda em uma sala de aula regular através do auxílio de uma tradutora/intérprete de Libras e de cursos básicos de Libras das professoras. Portanto, acreditamos que estudos nessa perspectiva podem servir como base para que a inclusão e a acessibilidade venham a ser pensadas. Além disso, essas pesquisas podem ser aprofundadas e também aplicadas em outros contextos e podem ainda servir como um ponto de partida para dar continuidade aos estudos sobre a necessidade da inclusão e acessibilidade da língua de sinais no ensino infantil com professores bilíngues, buscando melhorar as estratégias e metodologias que auxiliem a prática pedagógica.